Fazer Associativismo: agosto 2004 Archives

25-12-2009
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Na Verderena em debate

Na Verderena em debate

O Papel das Associações Culturais e Desportivas no Desenvolvimento Local

No âmbito das comemorações do 18º aniversário da Freguesia da Verderena foi promovido um debate tendo como objectivo proporcionar uma reflexão sobre o papel do associativismo no desenvolvimento local.

“Há, no concelho do Barreiro, colectividades que podem ser referenciadas como espaços de grande qualidade” – salientou Amílcar Romano.

Participaram neste debate como convidados Susana Martins, Investigadora do Associativismo; Amílcar Romano, Vereador do Pelouro do Associativismo da Câmara Municipal do Barreiro e Carlos Duarte, do executivo da Junta de Freguesia da Verderena responsável pelo Movimento Associativo. O Debate foi moderado Por Manuel Galego, sociólogo, especializado em Políticas de Recursos Humanos.

Na opinião de Amílcar Romano, no concelho do Barreiro, não se justificam estratégias diferenciadas na intervenção que deve ser desenvolvida com o objectivo de contribuir para o desenvolvimento do Movimento Associativo no concelho do Barreiro, sublinhando que as colectividades são a rede mais completa de integração e de dinamização de actividades recreativas, desportivas e culturais.

Segundo Amílcar Romano, ao longo dos anos, “não tem havido um cultura de valorização do trabalho voluntário” que caracteriza a acção do associativismo no Barreiro.

Os jovens e as colectividades

O autarca defendeu que é necessário verificar-se um salto qualitativo que contribua para que os jovens possam sentir que podem encontrar no Movimento Associativo respostas às suas expectativas.

“No Movimento Associativo do Barreiro há um défice de estruturas que possam responder às expectativas dos jovens, mas tal não significa que não há jovens no Movimento Associativo” – disse Amílcar Romano.

Segundo o autarca hoje “há colectividades que podem ser referenciadas como espaços de qualidade no concelho do Barreiro”, mas, acrescentou – “ainda há muito por fazer na requalificação das sedes sociais”.

Amílcar Romano defendeu que deve ser aprofundado o debate sobre o papel do Movimento Associativo e o seu contributo para o desenvolvimento local – “este debate deve ser pacífico, na perspectiva de criar consensos, envolver os velhos dirigentes, que não têm ideias velhas, mas têm uma mentalidade de compreender o presente”, porque, referiu – “o associativismo é um forte Agente de Desenvolvimento Local e é uma voz na cidade”.

Associativismo cresceu

Suasana Martins, defendeu que as associações devem preservar e afirmar as suas identidades e assumir autoflexibilidade que as conduzam á acompanhar os processos de evolução da sociedade.

Na sua opinião o movimento associativo tem crescido e continua a afirmar-se como espaços de sociabilidade, mas tem vindo a diminuir a sua capacidade de intervenção.

Em Portugal em 1986, ano da integração Europeia, existiam 11.950 associações sem fins lucrativos, este número no ano 2000 atingiu 36.2181 associações.

As associações, em Portugal, estão distribuídas um pouco por todo o país, sendo o Distrito de Lisboa onde se regista a maior percentagem – 22.6 %, seguindo-se o Porto com -. 12.0%; Aveiro – 6.2%; Coimbra – 6.0%; Braga- 5.6% e Setúbal com 5.5%.

No que diz respeito à caracterização das associações – 27,5% são do âmbito de cultura popular – colectividades de cultura e recreio; 11.4 % de Solidariedade e 29.1% Sócio Económicas – neste caso 10.6% - Sindicatos; 14.8% - Patronais e 3.7 % - Profissionais.

Na opinião de Susana Martins o Movimento Associativo ou, antes, Associativismo – como prefere designar – “não é um sector homogéneo”, é, sem dúvida, um movimento integrador das populações e uma rede de influências e de poder.

Pálida intervenção

Segundo a investigadora no associativismo verifica-se a existência de uma “lógica de preservação e conservação das tradições populares” e “uma pálida criatividade cultural, pouco investimento e uma prestação de serviços residuais”.

Na opinião de Susana Martins o associativismo é um espaço onde continua a registar-se “uma vontade de participação” sendo necessário valorizar o seu “reconhecimento como área de intervenção” assumindo-se que o “hamburger pode conviver com a feijoada”.

Após estas intervenções segui-se um debate animado no decorrer do qual Amílcar Romano que é necessário valorizar as “colectividades enquanto espaços de diálogo” e dinamizar acções que contribuam para a independência económica do Movimento Associativo, referenciando que a Câmara Municipal do Barreiro assume responsabilidades que o Estado não assume.

Segundo o autarca há um défice de participação dos jovens no Movimento Associativo, defendendo a necessidade de serem criadas condições para a sua participação na vida da cidade.

Na Verderena em debate

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O Papel das Associações Culturais e Desportivas no Desenvolvimento Local

No âmbito das comemorações do 18º aniversário da Freguesia da Verderena foi promovido um debate tendo como objectivo proporcionar uma reflexão sobre o papel do associativismo no desenvolvimento local.

“Há, no concelho do Barreiro, colectividades que podem ser referenciadas como espaços de grande qualidade” – salientou Amílcar Romano.

Participaram neste debate como convidados Susana Martins, Investigadora do Associativismo; Amílcar Romano, Vereador do Pelouro do Associativismo da Câmara Municipal do Barreiro e Carlos Duarte, do executivo da Junta de Freguesia da Verderena responsável pelo Movimento Associativo. O Debate foi moderado Por Manuel Galego, sociólogo, especializado em Políticas de Recursos Humanos.

Na opinião de Amílcar Romano, no concelho do Barreiro, não se justificam estratégias diferenciadas na intervenção que deve ser desenvolvida com o objectivo de contribuir para o desenvolvimento do Movimento Associativo no concelho do Barreiro, sublinhando que as colectividades são a rede mais completa de integração e de dinamização de actividades recreativas, desportivas e culturais.

Segundo Amílcar Romano, ao longo dos anos, “não tem havido um cultura de valorização do trabalho voluntário” que caracteriza a acção do associativismo no Barreiro.

Os jovens e as colectividades

O autarca defendeu que é necessário verificar-se um salto qualitativo que contribua para que os jovens possam sentir que podem encontrar no Movimento Associativo respostas às suas expectativas.

“No Movimento Associativo do Barreiro há um défice de estruturas que possam responder às expectativas dos jovens, mas tal não significa que não há jovens no Movimento Associativo” – disse Amílcar Romano.

Segundo o autarca hoje “há colectividades que podem ser referenciadas como espaços de qualidade no concelho do Barreiro”, mas, acrescentou – “ainda há muito por fazer na requalificação das sedes sociais”.

Amílcar Romano defendeu que deve ser aprofundado o debate sobre o papel do Movimento Associativo e o seu contributo para o desenvolvimento local – “este debate deve ser pacífico, na perspectiva de criar consensos, envolver os velhos dirigentes, que não têm ideias velhas, mas têm uma mentalidade de compreender o presente”, porque, referiu – “o associativismo é um forte Agente de Desenvolvimento Local e é uma voz na cidade”.

Associativismo cresceu

Suasana Martins, defendeu que as associações devem preservar e afirmar as suas identidades e assumir autoflexibilidade que as conduzam á acompanhar os processos de evolução da sociedade.

Na sua opinião o movimento associativo tem crescido e continua a afirmar-se como espaços de sociabilidade, mas tem vindo a diminuir a sua capacidade de intervenção.

Em Portugal em 1986, ano da integração Europeia, existiam 11.950 associações sem fins lucrativos, este número no ano 2000 atingiu 36.2181 associações.

As associações, em Portugal, estão distribuídas um pouco por todo o país, sendo o Distrito de Lisboa onde se regista a maior percentagem – 22.6 %, seguindo-se o Porto com -. 12.0%; Aveiro – 6.2%; Coimbra – 6.0%; Braga- 5.6% e Setúbal com 5.5%.

No que diz respeito à caracterização das associações – 27,5% são do âmbito de cultura popular – colectividades de cultura e recreio; 11.4 % de Solidariedade e 29.1% Sócio Económicas – neste caso 10.6% - Sindicatos; 14.8% - Patronais e 3.7 % - Profissionais.

Na opinião de Susana Martins o Movimento Associativo ou, antes, Associativismo – como prefere designar – “não é um sector homogéneo”, é, sem dúvida, um movimento integrador das populações e uma rede de influências e de poder.

Pálida intervenção

Segundo a investigadora no associativismo verifica-se a existência de uma “lógica de preservação e conservação das tradições populares” e “uma pálida criatividade cultural, pouco investimento e uma prestação de serviços residuais”.

Na opinião de Susana Martins o associativismo é um espaço onde continua a registar-se “uma vontade de participação” sendo necessário valorizar o seu “reconhecimento como área de intervenção” assumindo-se que o “hamburger pode conviver com a feijoada”.

Após estas intervenções segui-se um debate animado no decorrer do qual Amílcar Romano que é necessário valorizar as “colectividades enquanto espaços de diálogo” e dinamizar acções que contribuam para a independência económica do Movimento Associativo, referenciando que a Câmara Municipal do Barreiro assume responsabilidades que o Estado não assume.

Segundo o autarca há um défice de participação dos jovens no Movimento Associativo, defendendo a necessidade de serem criadas condições para a sua participação na vida da cidade.

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