O Cachimbo de Magritte: Financial Times considera «teste crucial» para Portugal o próximo orçamento

30-05-2010
marcar artigo


«O Orçamento de Portugal para 2010, a ser debatido este mês no Parlamento, é visto como um teste crucial para se saber se Governo socialista recentemente eleito é capaz de mostrar um forte empenhamento no rigor orçamental», diz a melga do Financial Times, na edição de ontem.«Se Portugal quiser evitar uma baixa na sua notação de risco, vai ter de dar passos significativos e credíveis para pôr o défice sob controle», diz, no mesmo jornal, Anthony Thomas, da Moody's, a próxima das três agências de notação a emitir, ainda este trimestre, já melhor conhecido, mas ainda bastante indeterminado o grau de descalabro do ano orçamental passado, uma avaliação à qualidade da dívida portuguesa. As outras duas já a baixaram em 2009. É mesmo chata, esta gente. Não há maneira de se convencer que 2+2=22. E a malta, pá, que até tinha ideias tão giras. Tipo anunciar investimento à brava & tal, pa ver sisto anda.Ah, e já agora, uma vez que nos últimos relatórios de execução orçamental a despesa de capital estava com níveis de quebra superiores a 30% face ao programado, e o Governo já anunciou, coitado, que vai cortar mais 10 a 15% no investimento público (cortar em relação a quê? ao executado? ao orçamentado?), vamos parar a onde? Não me confundam: estou longe de ter alguma afeição pelo que tantas vezes é chamado eufemisticamente investimento público. Mas, que diabo, a coisa tende para zero?


«O Orçamento de Portugal para 2010, a ser debatido este mês no Parlamento, é visto como um teste crucial para se saber se Governo socialista recentemente eleito é capaz de mostrar um forte empenhamento no rigor orçamental», diz a melga do Financial Times, na edição de ontem.«Se Portugal quiser evitar uma baixa na sua notação de risco, vai ter de dar passos significativos e credíveis para pôr o défice sob controle», diz, no mesmo jornal, Anthony Thomas, da Moody's, a próxima das três agências de notação a emitir, ainda este trimestre, já melhor conhecido, mas ainda bastante indeterminado o grau de descalabro do ano orçamental passado, uma avaliação à qualidade da dívida portuguesa. As outras duas já a baixaram em 2009. É mesmo chata, esta gente. Não há maneira de se convencer que 2+2=22. E a malta, pá, que até tinha ideias tão giras. Tipo anunciar investimento à brava & tal, pa ver sisto anda.Ah, e já agora, uma vez que nos últimos relatórios de execução orçamental a despesa de capital estava com níveis de quebra superiores a 30% face ao programado, e o Governo já anunciou, coitado, que vai cortar mais 10 a 15% no investimento público (cortar em relação a quê? ao executado? ao orçamentado?), vamos parar a onde? Não me confundam: estou longe de ter alguma afeição pelo que tantas vezes é chamado eufemisticamente investimento público. Mas, que diabo, a coisa tende para zero?

marcar artigo