o tempo das cerejas*: O PS no seu melhor

24-12-2009
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Três inesquecíveis pérolas No dia de hoje, o sítio do PS ostenta em rodapé um «destaque» para três textos de opinião de António Costa, Alberto Martins e José Sócrates que são objecto de notáveis e inesquecíveis sínteses que, em conjunto, desvendam toda uma «cultura» política e todo um programa. Porque não me apetece (má disposição matinal) tratar do assunto a sério aqui ficam para cada uma das sínteses ou destaques algumas observações ligeiras e soltas.António Costa está com um pensamento muito pouco flexível e antes muito rígido. Com efeito, ainda que alinhavando de passagem que é deste pobre e inventado dilema que o país mais precisa de se libertar, até eu consigo descobrir um terceiro tipo de governo que António Costa não vislumbrou: um governo com uma política de direita, seja ela executada pelo PS ou pelo PSD e/ou CDS.Não é «fundadores», é «OS» fundadores, diz Alberto Martins, um dos candidatos pelo PS que é especialmente apoiado por Manuel Alegre. Quais militares de Abril, quais outras forças democráticas para já não falar, quais outros cidadãos de outros quadrantes políticos, qual carapuça ! Talvez assim se perceba que é rapido o caminho entre os do PS se considerarem «os» fundadores e agirem como os donos da democracia. A contrario sensu, segundo o semi-engenheiro, já as privatizações devem acabar sempre bem e quem sou eu para duvidar disso sabendo como sei que foi graças a elas e, em prejuízo directo do interesse e dos dinheiros públicos, que se formou o núcleo das grandes fortunas actuais e que centenas de milhões de contos foram transferidos do Estado para o grande capital nacional. Entretanto, talvez se possa dizer que José Sócrates e o PS são uns ingratos. É que ele, mesmo do seu ponto de vista ideológico, também podia afirmar que, no caso português, as nacionalizações «acabaram bem». É que, sem as nacionalizações de 1975, não teria havido as subsequentes privatizações e sem as receitas delas (embora num negócio ruinoso para o Estado) nunca Portugal teria conseguido cumprir os critérios para a adesão à moeda única.


Três inesquecíveis pérolas No dia de hoje, o sítio do PS ostenta em rodapé um «destaque» para três textos de opinião de António Costa, Alberto Martins e José Sócrates que são objecto de notáveis e inesquecíveis sínteses que, em conjunto, desvendam toda uma «cultura» política e todo um programa. Porque não me apetece (má disposição matinal) tratar do assunto a sério aqui ficam para cada uma das sínteses ou destaques algumas observações ligeiras e soltas.António Costa está com um pensamento muito pouco flexível e antes muito rígido. Com efeito, ainda que alinhavando de passagem que é deste pobre e inventado dilema que o país mais precisa de se libertar, até eu consigo descobrir um terceiro tipo de governo que António Costa não vislumbrou: um governo com uma política de direita, seja ela executada pelo PS ou pelo PSD e/ou CDS.Não é «fundadores», é «OS» fundadores, diz Alberto Martins, um dos candidatos pelo PS que é especialmente apoiado por Manuel Alegre. Quais militares de Abril, quais outras forças democráticas para já não falar, quais outros cidadãos de outros quadrantes políticos, qual carapuça ! Talvez assim se perceba que é rapido o caminho entre os do PS se considerarem «os» fundadores e agirem como os donos da democracia. A contrario sensu, segundo o semi-engenheiro, já as privatizações devem acabar sempre bem e quem sou eu para duvidar disso sabendo como sei que foi graças a elas e, em prejuízo directo do interesse e dos dinheiros públicos, que se formou o núcleo das grandes fortunas actuais e que centenas de milhões de contos foram transferidos do Estado para o grande capital nacional. Entretanto, talvez se possa dizer que José Sócrates e o PS são uns ingratos. É que ele, mesmo do seu ponto de vista ideológico, também podia afirmar que, no caso português, as nacionalizações «acabaram bem». É que, sem as nacionalizações de 1975, não teria havido as subsequentes privatizações e sem as receitas delas (embora num negócio ruinoso para o Estado) nunca Portugal teria conseguido cumprir os critérios para a adesão à moeda única.

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