Poesia Portuguesa: Morre-se de solidão no meu país

21-01-2012
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A solidão prolongadaEm forma de sombrasNeutrasEsbatidasInfiltrada nas paredesdas casas fechadas – com gente dentroe a noite a fechar o dia mais uma vezduas vezes – muitas vezese morre-se devagar no meu paísas árvores no Outono estão nuas – esquálidasno Inverno o frio magoa os ossos e a almamas talvez os melros cantem antes da próxima primaverase o verão chegar todos os diasno sol de uma tigela de sopa fraternamorre-se devagar no meu paíse depressa tudo se esquecePoema de Piedade Araújo SolNota da Autora: faltam dados estatísticos para idosos que morrem sós em casa1ª. imagem de Gonçalo Lobo Pinheiro2ª. imagem foto pessoal

A solidão prolongadaEm forma de sombrasNeutrasEsbatidasInfiltrada nas paredesdas casas fechadas – com gente dentroe a noite a fechar o dia mais uma vezduas vezes – muitas vezese morre-se devagar no meu paísas árvores no Outono estão nuas – esquálidasno Inverno o frio magoa os ossos e a almamas talvez os melros cantem antes da próxima primaverase o verão chegar todos os diasno sol de uma tigela de sopa fraternamorre-se devagar no meu paíse depressa tudo se esquecePoema de Piedade Araújo SolNota da Autora: faltam dados estatísticos para idosos que morrem sós em casa1ª. imagem de Gonçalo Lobo Pinheiro2ª. imagem foto pessoal

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