ER – Review: A Hopeless Wound (05/22)

08-07-2011
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Episódio: A Hopeless Wound

Temporada: 9.ª temporada

Canal: RTP 2

Primeira transmissão Portugal: 20 de Março de 2007

Primeira transmissão EUA: 31 de Outubro de 2002

As noites de Halloween são famosas neste serviço de urgência e, mais uma vez, este acontecimento não foi deixado ao acaso. Infelizmente, teve o pior dos protagonismos, uma vez que um estranho incêndio numa festa atinge um grande número de pessoas e lança o caos no County General. Os médicos têm de enfrentar o mais bizarro dos cenários, ao acudirem os feridos nos seus trajes festivos, dificultando, sobretudo, a sua identificação. Esta situação provoca alguma desorientação, sendo Pratt (Mekhi Phifer) o médico que mais se sente incomodado.

É no meio deste cenário grotesco e perturbador que surge Paul Nathan (participação especial de Don Cheadle, Crash; Ocean’s Eleven), um estudante de medicina talentoso, mas já com alguma idade, que se vê subitamente obrigado a ajudar a equipa médica, inicialmente a pedido de Susan (Sherry Stringfield). Terá aqui um papel crucial no diagnóstico de um doente com uma infecção grave e galopante (participação de Shane Johnson).

Será também Susan a primeira a saber da sua enfermidade, a doença de Parkinson, quando a forte pressão sobre Nathan o obriga a desvendar o seu “segredo”. Será um assunto a que todos farão referência. Corday (Alex Kingston), que será a sua chefe no estágio de cirurgia, estava de saída para festejar o Halloween com a sua filha Ella, mas vai permanecendo, à medida que uma série de casos exigem a sua intervenção. É durante esta correria desenfreada que gradualmente vai conhecendo Nathan, mostrando sempre alguma arrogância, algo recorrente desde a morte de Mark (Anthony Edwards), mas de uma forma mais acentuada assim que se apercebe do estado de saúde do seu novo aluno, manifestando uma firme vontade em afastá-lo do processo normal de aprendizagem.No entanto, nada disto surtirá efeito, uma vez que Nathan aparecerá no dia seguinte de manhã, para surpresa e, a meu ver, algum contentamento de Corday.

A figura central deste episódio é, sem dúvida, Romano (Paul McCrane), que, tal como tinha referido na semana passada, regressa ao hospital, fazendo o possível para ultrapassar as dificuldades resultantes do acidente que afectou o seu instrumento de trabalho mais precioso, um dos seus braços. Encontramos um lutador, que persiste arduamente à derrota, às contrariedades, que enfrenta com tenacidade tudo e todos, a protagonizar umas das cenas mais surreais desta série, ao praticar as suas capacidades de cirurgia num porco, uma situação que revela a coragem de Romano, mas desvirtua, na minha opinião, a realidade de um hospital, mesmo que este seja universitário. Esta cena fez-me recordar o episódio, em que Romano operava a sua cadela, também com a ajuda de Corday (6.ª temporada – episódio 13: “Be still my heart”). Estranho, não?

É com amargura e desapontamento que Romano vê a sua recuperação a processar-se lentamente, sendo isso visível quando faz os testes regulares com Dr. Marty Kline (participação de Christopher Grove) e este lhe apresenta um prognóstico nada favorável à continuação da sua carreira como cirurgião.

Esta realidade começa a fazer sentido quando se vê incapaz de ajudar Corday a assistir uma vítima do incêndio, Wynn Mathison (participação de Butch Klein), cuja máscara de Halloween derretera na cara. Será, todavia, na tentativa de dissipar essa incapacidade que Romano supervisiona Corday, tentando, contra a opinião de todos, salvar a perna do rapaz com uma infecção misteriosa. Será neste momento que o título deste episódio “A Hopeless Wound” (“uma ferida irreparável”) será proferido por Corday, ao alegar a impossibilidade de recuperação da perna do seu paciente, facto que abala pessoalmente Romano, que queria a todo custo inverter a situação.

Como espectadores, presenciamos a impotência de um médico, mas, sobretudo, a consciencialização do seu estado e da “ferida irreparável” que também o atingiu. Este conjunto de vivências resultará numa cena comovente de Romano, quando este mostra à sua Lizzie a insegurança e tristeza que sente! Para quem acompanha com atenção Dr. Robert Romano, saberá que são raros estes momentos.

Outro momento único foi protagonizado por Corday e Ella (sua filha na vida real), durante as viagens no metropolitano ao som da belíssima música de Tracy Chapman, “Promise”.

Carter (Noah Wyle) e Abby (Maura Tierney) são os únicos mascarados da noite, ele de esqueleto e ela de enfermeira à antiga e serão os protagonistas de alguns momentos e diálogos divertidos entre os vários elementos do ER! Abby terá, como enfermeira-chefe, de lidar com problemas internos entre Kovac (Goran Visnjic) e algumas enfermeiras, nomeadamente Chuny (participação de Laura Céron), quando esta o acusa de desrespeito e de falta de profissionalismo. A postura correcta e sensível de Kovac tem mudado progressivamente, talvez devido à solidão que o assola, tornando-o irónico e inconsequente nos seus actos.

Neste episódio aparecem pontualmente Chen (Ming–Na), que assiste uma das vítimas do incêndio; Gallant (Sharif Atkins) e Kerry (Laura Innes), que fazem o diagnóstico de Simone (participação de Ashley Gardner), uma mulher que acabou de dar à luz um bebé com uma doença incurável. Kerry continua, tal como em episódios anteriores, a demonstrar um comportamento instável e estranho e que será posto em causa por alguns dos elementos da equipa.

É importante realçar que este episódio foi dirigido por Laura Innes (Kerry Weaver), tal como acontecera, por exemplo, na 6.ª temporada no episódio 13 “Be still my heart”, ou na 7.ª temporada no episódio 19 “Sailing away”. Até 2006 dirigiu dez episódios de ER.

Estarei cá para a semana com mais desta equipa de urgência. Até lá!

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Episódio: A Hopeless Wound

Temporada: 9.ª temporada

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Primeira transmissão Portugal: 20 de Março de 2007

Primeira transmissão EUA: 31 de Outubro de 2002

As noites de Halloween são famosas neste serviço de urgência e, mais uma vez, este acontecimento não foi deixado ao acaso. Infelizmente, teve o pior dos protagonismos, uma vez que um estranho incêndio numa festa atinge um grande número de pessoas e lança o caos no County General. Os médicos têm de enfrentar o mais bizarro dos cenários, ao acudirem os feridos nos seus trajes festivos, dificultando, sobretudo, a sua identificação. Esta situação provoca alguma desorientação, sendo Pratt (Mekhi Phifer) o médico que mais se sente incomodado.

É no meio deste cenário grotesco e perturbador que surge Paul Nathan (participação especial de Don Cheadle, Crash; Ocean’s Eleven), um estudante de medicina talentoso, mas já com alguma idade, que se vê subitamente obrigado a ajudar a equipa médica, inicialmente a pedido de Susan (Sherry Stringfield). Terá aqui um papel crucial no diagnóstico de um doente com uma infecção grave e galopante (participação de Shane Johnson).

Será também Susan a primeira a saber da sua enfermidade, a doença de Parkinson, quando a forte pressão sobre Nathan o obriga a desvendar o seu “segredo”. Será um assunto a que todos farão referência. Corday (Alex Kingston), que será a sua chefe no estágio de cirurgia, estava de saída para festejar o Halloween com a sua filha Ella, mas vai permanecendo, à medida que uma série de casos exigem a sua intervenção. É durante esta correria desenfreada que gradualmente vai conhecendo Nathan, mostrando sempre alguma arrogância, algo recorrente desde a morte de Mark (Anthony Edwards), mas de uma forma mais acentuada assim que se apercebe do estado de saúde do seu novo aluno, manifestando uma firme vontade em afastá-lo do processo normal de aprendizagem.No entanto, nada disto surtirá efeito, uma vez que Nathan aparecerá no dia seguinte de manhã, para surpresa e, a meu ver, algum contentamento de Corday.

A figura central deste episódio é, sem dúvida, Romano (Paul McCrane), que, tal como tinha referido na semana passada, regressa ao hospital, fazendo o possível para ultrapassar as dificuldades resultantes do acidente que afectou o seu instrumento de trabalho mais precioso, um dos seus braços. Encontramos um lutador, que persiste arduamente à derrota, às contrariedades, que enfrenta com tenacidade tudo e todos, a protagonizar umas das cenas mais surreais desta série, ao praticar as suas capacidades de cirurgia num porco, uma situação que revela a coragem de Romano, mas desvirtua, na minha opinião, a realidade de um hospital, mesmo que este seja universitário. Esta cena fez-me recordar o episódio, em que Romano operava a sua cadela, também com a ajuda de Corday (6.ª temporada – episódio 13: “Be still my heart”). Estranho, não?

É com amargura e desapontamento que Romano vê a sua recuperação a processar-se lentamente, sendo isso visível quando faz os testes regulares com Dr. Marty Kline (participação de Christopher Grove) e este lhe apresenta um prognóstico nada favorável à continuação da sua carreira como cirurgião.

Esta realidade começa a fazer sentido quando se vê incapaz de ajudar Corday a assistir uma vítima do incêndio, Wynn Mathison (participação de Butch Klein), cuja máscara de Halloween derretera na cara. Será, todavia, na tentativa de dissipar essa incapacidade que Romano supervisiona Corday, tentando, contra a opinião de todos, salvar a perna do rapaz com uma infecção misteriosa. Será neste momento que o título deste episódio “A Hopeless Wound” (“uma ferida irreparável”) será proferido por Corday, ao alegar a impossibilidade de recuperação da perna do seu paciente, facto que abala pessoalmente Romano, que queria a todo custo inverter a situação.

Como espectadores, presenciamos a impotência de um médico, mas, sobretudo, a consciencialização do seu estado e da “ferida irreparável” que também o atingiu. Este conjunto de vivências resultará numa cena comovente de Romano, quando este mostra à sua Lizzie a insegurança e tristeza que sente! Para quem acompanha com atenção Dr. Robert Romano, saberá que são raros estes momentos.

Outro momento único foi protagonizado por Corday e Ella (sua filha na vida real), durante as viagens no metropolitano ao som da belíssima música de Tracy Chapman, “Promise”.

Carter (Noah Wyle) e Abby (Maura Tierney) são os únicos mascarados da noite, ele de esqueleto e ela de enfermeira à antiga e serão os protagonistas de alguns momentos e diálogos divertidos entre os vários elementos do ER! Abby terá, como enfermeira-chefe, de lidar com problemas internos entre Kovac (Goran Visnjic) e algumas enfermeiras, nomeadamente Chuny (participação de Laura Céron), quando esta o acusa de desrespeito e de falta de profissionalismo. A postura correcta e sensível de Kovac tem mudado progressivamente, talvez devido à solidão que o assola, tornando-o irónico e inconsequente nos seus actos.

Neste episódio aparecem pontualmente Chen (Ming–Na), que assiste uma das vítimas do incêndio; Gallant (Sharif Atkins) e Kerry (Laura Innes), que fazem o diagnóstico de Simone (participação de Ashley Gardner), uma mulher que acabou de dar à luz um bebé com uma doença incurável. Kerry continua, tal como em episódios anteriores, a demonstrar um comportamento instável e estranho e que será posto em causa por alguns dos elementos da equipa.

É importante realçar que este episódio foi dirigido por Laura Innes (Kerry Weaver), tal como acontecera, por exemplo, na 6.ª temporada no episódio 13 “Be still my heart”, ou na 7.ª temporada no episódio 19 “Sailing away”. Até 2006 dirigiu dez episódios de ER.

Estarei cá para a semana com mais desta equipa de urgência. Até lá!

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