OEIRAS LOCAL: Quinta de Santa Sofia (Cruz Quebrada)

31-05-2010
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Património arquitectónico único a conservar! Foto 1 – Quinta de Santa Sofia (Cruz Quebrada)A Quinta de Santa Sofia, antiga propriedade dos Condes de Tomar, é um património arquitectónico único existente na freguesia da Cruz Quebrada, sendo um dos poucos restantes de elevada importância histórica e arquitectónica e que está em risco de desaparecer caso a população não se manifeste!O Palacete de Santa Sofia (1896) é de autoria do Arquitecto José Luíz Monteiro detentor de obra notável na região de Lisboa sendo autor de obras como a Estação do Rossio em Lisboa (1886) e o Chalet Biester em Sintra (1890) entre outras de referência arquitectónica. O Arquitecto José Luíz Monteiro, conhecido como Mestre Monteiro, esteve fortemente associado a uma tipologia construtiva da época - o Chalet.Com mestria e baseado numa escolha estilística particular, o Arquitecto José Luíz Monteiro projectou o Palacete de Santa Sofia tornando-o numa obra única caracterizada pelo estilo neo-árabe com frisos de azulejo sobre as janelas e varandas, diversos elementos em ferro forjado e cúpulas mouriscas.Por outro lado, os magníficos jardins da Quinta de Santa Sofia representam uma reprodução da cerca do Convento de Cristo (Tomar), que também foi propriedade dos Condes de Tomar, e complementam a beleza do Palacete em harmonia, realçando a sua arquitectura singular.O Plano de Salvaguarda do Património Construído e Ambiental do Concelho de Oeiras identifica o Palacete de Santa Sofia como edifício representativo da tecnologia construtiva da época considerando um raio de protecção de 50 metros.O projecto de urbanização da Quinta de Santa Sofia promovido pelos actuais proprietários e pelos promotores imobiliários CB Richard Ellis Portugal e em fase de análise pela Câmara Municipal de Oeiras constitui um grave atentado a este património, propondo a destruição dos jardins da Quinta de Santa Sofia e a total descaracterização do Palacete e da zona histórica e arquitectónica envolvente Viola tanto o raio de protecção do palacete propriamente dito, como o raio de protecção da ponte sobre o Jamor.A título meramente exemplificativo, este projecto prevê “vivendas geminadas” em blocos de 1.200m2 cada, ao passo que o palacete tem uma área que ronda os 800m2, ou seja, apenas 2/3 da área de cada um dos 3 blocos de “vivendas” que pretendem implantar nos seus terrenos. Além desses 3 blocos, o projecto prevê ainda a construção de mais uma “moradia” de 600m2 e uma outra, mais pequena, por trás do palacete.Esta urbanização terá ainda graves consequências no já muito congestionado tráfego da rua Sacadura Cabral, no sossego e qualidade de vida dos habitantes das ruas envolventes e não se vê como ficará assegurada a segurança contra incêndios, tendo em conta que nenhum dos acessos previstos permite a circulação de carros de bombeiros.Como se isto não fosse suficiente, o projecto em análise na Câmara Municipal de Oeiras pouco ou nada diz sobre a recuperação do palacete. Os promotores fizeram apenas um pedido de informação prévia para os blocos de elevada volumetria que pretendem construir, tendo-se limitado a dizer que o palacete seria “recuperado”. Para bom entendedor, meia palavra basta...A população da freguesia da Cruz Quebrada está a mobilizar-se contra este projecto catastrófico de forma a salvaguardar este património único através de abaixo-assinados e outras iniciativas e conta com o apoio de todos para se manifestarem contra mais um atentado que visa apenas defender o benefício de poucos em detrimento dos valores patrimoniais arquitectónicos e históricos que valorizam e que dignificam a freguesia.Amigos da Cruz Quebrada


Património arquitectónico único a conservar! Foto 1 – Quinta de Santa Sofia (Cruz Quebrada)A Quinta de Santa Sofia, antiga propriedade dos Condes de Tomar, é um património arquitectónico único existente na freguesia da Cruz Quebrada, sendo um dos poucos restantes de elevada importância histórica e arquitectónica e que está em risco de desaparecer caso a população não se manifeste!O Palacete de Santa Sofia (1896) é de autoria do Arquitecto José Luíz Monteiro detentor de obra notável na região de Lisboa sendo autor de obras como a Estação do Rossio em Lisboa (1886) e o Chalet Biester em Sintra (1890) entre outras de referência arquitectónica. O Arquitecto José Luíz Monteiro, conhecido como Mestre Monteiro, esteve fortemente associado a uma tipologia construtiva da época - o Chalet.Com mestria e baseado numa escolha estilística particular, o Arquitecto José Luíz Monteiro projectou o Palacete de Santa Sofia tornando-o numa obra única caracterizada pelo estilo neo-árabe com frisos de azulejo sobre as janelas e varandas, diversos elementos em ferro forjado e cúpulas mouriscas.Por outro lado, os magníficos jardins da Quinta de Santa Sofia representam uma reprodução da cerca do Convento de Cristo (Tomar), que também foi propriedade dos Condes de Tomar, e complementam a beleza do Palacete em harmonia, realçando a sua arquitectura singular.O Plano de Salvaguarda do Património Construído e Ambiental do Concelho de Oeiras identifica o Palacete de Santa Sofia como edifício representativo da tecnologia construtiva da época considerando um raio de protecção de 50 metros.O projecto de urbanização da Quinta de Santa Sofia promovido pelos actuais proprietários e pelos promotores imobiliários CB Richard Ellis Portugal e em fase de análise pela Câmara Municipal de Oeiras constitui um grave atentado a este património, propondo a destruição dos jardins da Quinta de Santa Sofia e a total descaracterização do Palacete e da zona histórica e arquitectónica envolvente Viola tanto o raio de protecção do palacete propriamente dito, como o raio de protecção da ponte sobre o Jamor.A título meramente exemplificativo, este projecto prevê “vivendas geminadas” em blocos de 1.200m2 cada, ao passo que o palacete tem uma área que ronda os 800m2, ou seja, apenas 2/3 da área de cada um dos 3 blocos de “vivendas” que pretendem implantar nos seus terrenos. Além desses 3 blocos, o projecto prevê ainda a construção de mais uma “moradia” de 600m2 e uma outra, mais pequena, por trás do palacete.Esta urbanização terá ainda graves consequências no já muito congestionado tráfego da rua Sacadura Cabral, no sossego e qualidade de vida dos habitantes das ruas envolventes e não se vê como ficará assegurada a segurança contra incêndios, tendo em conta que nenhum dos acessos previstos permite a circulação de carros de bombeiros.Como se isto não fosse suficiente, o projecto em análise na Câmara Municipal de Oeiras pouco ou nada diz sobre a recuperação do palacete. Os promotores fizeram apenas um pedido de informação prévia para os blocos de elevada volumetria que pretendem construir, tendo-se limitado a dizer que o palacete seria “recuperado”. Para bom entendedor, meia palavra basta...A população da freguesia da Cruz Quebrada está a mobilizar-se contra este projecto catastrófico de forma a salvaguardar este património único através de abaixo-assinados e outras iniciativas e conta com o apoio de todos para se manifestarem contra mais um atentado que visa apenas defender o benefício de poucos em detrimento dos valores patrimoniais arquitectónicos e históricos que valorizam e que dignificam a freguesia.Amigos da Cruz Quebrada

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