Continuamos em desacordo, de facto [A Arte da Fuga].Escreve AMN: «Será que a expressão das ideias, apenas escritas, encerra um gesto anti-semita que deve se combatido, porque ameaçador? Não posso concordar.»Esse é o ponto central sobre o qual discordamos. Eu penso que as ideias, os escritos, podem ser tão perigosos quanto os actos.E escreve AMN: «E a bem dizer, a propagação das ideias do senhor faz mais pelo seu descrédito do que o seu silêncio bem comportado.»Pois... mas isso é o AMN. Acho exactamente o contrário. A História e a realidade mostram-nos todos os dias que as piores ideias se propagam mais rapidamente que as melhores. Uma pessoa, como o AMN, a quem o Holocausto repugna, verá nos escritos do Irving um disparate sem nome. Aqueles que nutrem ódio pelos judeus verão nas teses (nas ideias...) de Irving uma sustentação dos seus actos.Obviamente, eu tenho um dilema. Prezo a liberdade. A de expressão, por exemplo. Mas teimo em pensar que a vida em sociedade se baseia em regras aceites por todos. E que, para que todos convivamos, é sempre necessário abdicar de algo. É esse equilíbrio que, em minha opinião, se está a perder com esta história dos cartoons e do senhor Irving.
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Continuamos em desacordo, de facto [A Arte da Fuga].Escreve AMN: «Será que a expressão das ideias, apenas escritas, encerra um gesto anti-semita que deve se combatido, porque ameaçador? Não posso concordar.»Esse é o ponto central sobre o qual discordamos. Eu penso que as ideias, os escritos, podem ser tão perigosos quanto os actos.E escreve AMN: «E a bem dizer, a propagação das ideias do senhor faz mais pelo seu descrédito do que o seu silêncio bem comportado.»Pois... mas isso é o AMN. Acho exactamente o contrário. A História e a realidade mostram-nos todos os dias que as piores ideias se propagam mais rapidamente que as melhores. Uma pessoa, como o AMN, a quem o Holocausto repugna, verá nos escritos do Irving um disparate sem nome. Aqueles que nutrem ódio pelos judeus verão nas teses (nas ideias...) de Irving uma sustentação dos seus actos.Obviamente, eu tenho um dilema. Prezo a liberdade. A de expressão, por exemplo. Mas teimo em pensar que a vida em sociedade se baseia em regras aceites por todos. E que, para que todos convivamos, é sempre necessário abdicar de algo. É esse equilíbrio que, em minha opinião, se está a perder com esta história dos cartoons e do senhor Irving.