Debaixo dos Arcos: É a Justiça, estúpido!

18-12-2009
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Ao cair do dia 4 de Março de 2001, ruía a ponte sobre o rio Douro em Entre-os-Rios.Com este acontecimento, assistia-mos à tragédia inqualificável da morte de 53 passageiros de um autocarro e mais seis passageiros de três viaturas ligeiras.Muitas destas vítimas continuam sem que os seus familiares os possam, ou pudessem, sepultar condignamente.Famílias inteiras foram destroçadas.Um relatório, anexo a um dos processos que decorre em tribunal, confirma que a queda da ponte se deveu à ruptura de um dos pilares (o quarto, mais concretamente).Neste processo, são acusados por negligência 4 ex-técnicos e 2 de uma empresa privada.A acusação é fundamentada no comportamento desleixado dos arguidos, falta de responsabilidade e incompetência, omissão de elementares regras técnicas e a ocorrência de erros grosseiros.Para os advogados de defesa dos arguidos, esta acusação é patética e o caso serve para encontrar “bodes expiatórios”. Só falta dizer (com paralelismo no 11 de Setembro) que a queda da ponte foi uma ilusão. Eventualmente, os desaparecidos nas águas do Douro emigraram para algures.Mais grave e inqualificável é, após todas as acusações, o procurador do Ministério Público (uma das faces da acusação) afirmar que a idoneidade, o facto de os arguidos serem “pessoas de bem” (seja lá o que isso signifique), a idade e a saúde, poderem servir com atenuantes ou mesmo (pasme-se) de amnistia dos crimes.Mas e as vitimas?! E as suas famílias?!Com se ousa dizer: É a justiça, estúpido!Razão tem o advogado das famílias das vítimas – Dr. João Nabais.Em Portugal é hábito, tradição secular e intocável que a culpabilização de responsáveis por actos criminosos (seja por incúria, desleixo ou irresponsabilidade técnica e profissional), seja a norma do arquivamento e da impunidade.Por isso é que muito pouca gente acredita na justiça.Por isso é que temos uma justiça injusta e indigente.É a tendência habitual de não se responsabilizar ninguém.É a “Casa Pia”, o “Apito Dourado”, a corrupção, etc.É o estúpido da justiça.


Ao cair do dia 4 de Março de 2001, ruía a ponte sobre o rio Douro em Entre-os-Rios.Com este acontecimento, assistia-mos à tragédia inqualificável da morte de 53 passageiros de um autocarro e mais seis passageiros de três viaturas ligeiras.Muitas destas vítimas continuam sem que os seus familiares os possam, ou pudessem, sepultar condignamente.Famílias inteiras foram destroçadas.Um relatório, anexo a um dos processos que decorre em tribunal, confirma que a queda da ponte se deveu à ruptura de um dos pilares (o quarto, mais concretamente).Neste processo, são acusados por negligência 4 ex-técnicos e 2 de uma empresa privada.A acusação é fundamentada no comportamento desleixado dos arguidos, falta de responsabilidade e incompetência, omissão de elementares regras técnicas e a ocorrência de erros grosseiros.Para os advogados de defesa dos arguidos, esta acusação é patética e o caso serve para encontrar “bodes expiatórios”. Só falta dizer (com paralelismo no 11 de Setembro) que a queda da ponte foi uma ilusão. Eventualmente, os desaparecidos nas águas do Douro emigraram para algures.Mais grave e inqualificável é, após todas as acusações, o procurador do Ministério Público (uma das faces da acusação) afirmar que a idoneidade, o facto de os arguidos serem “pessoas de bem” (seja lá o que isso signifique), a idade e a saúde, poderem servir com atenuantes ou mesmo (pasme-se) de amnistia dos crimes.Mas e as vitimas?! E as suas famílias?!Com se ousa dizer: É a justiça, estúpido!Razão tem o advogado das famílias das vítimas – Dr. João Nabais.Em Portugal é hábito, tradição secular e intocável que a culpabilização de responsáveis por actos criminosos (seja por incúria, desleixo ou irresponsabilidade técnica e profissional), seja a norma do arquivamento e da impunidade.Por isso é que muito pouca gente acredita na justiça.Por isso é que temos uma justiça injusta e indigente.É a tendência habitual de não se responsabilizar ninguém.É a “Casa Pia”, o “Apito Dourado”, a corrupção, etc.É o estúpido da justiça.

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