Mau Tempo no Canil: Jornalismo policial de microfone

28-05-2010
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O JPH escreveu aqui sobre jornalismo de antecipação. Revejo-me em tudo o que ele escreveu (sim, eu sei que é um hábito) e não tenho nada a acrescentar a não ser uma discussão para a qual fui alertado há pouco tempo: a do jornalismo policial de microfone. A este respeito só tenho uma confidência a fazer: não me interessa, nem nunca me interessou. Não tenho nada contra jornalistas que - aproveitando as cisões do Ministério Público com a PJ, da PJ contra a PJ, da Procuradoria contra os políticos e dos políticos contra tudo e contra todos - recebem informações que reproduzem e que, depois, são reproduzidas, com a devida dose de espectáculo, pelas televisões. Repito, não tenho nada contra esses jornalistas mas começo a ficar muito farto de grandes escândalos que não dão em nada. Só para citar alguns casos recentes: Operação Furacão, Valentim Loureiro, Felgueiras e o PS, Pinto da Costa e muitas das incidências do processo Casa Pia. E sim, é verdade que eu próprio já fiz histórias do genéro. Com uma pequena diferença: sabia muito bem que estava a ser manipulado, só as fiz porque fui obrigado (directamente ou pela pressão de ter de produzir grandes cachas) e defendo, desde há muito, que as primeiras páginas dos jornais não devem viver destas histórias. Não gosto de ser marioneta. Muito menos dos agentes de justiça que por aí abundam. Nota tranquilizadora para os que se preocupam que os grandes escândalos fiquem por contar: não faltam candidatos aos lugares de jornalista policial de microfone...

O JPH escreveu aqui sobre jornalismo de antecipação. Revejo-me em tudo o que ele escreveu (sim, eu sei que é um hábito) e não tenho nada a acrescentar a não ser uma discussão para a qual fui alertado há pouco tempo: a do jornalismo policial de microfone. A este respeito só tenho uma confidência a fazer: não me interessa, nem nunca me interessou. Não tenho nada contra jornalistas que - aproveitando as cisões do Ministério Público com a PJ, da PJ contra a PJ, da Procuradoria contra os políticos e dos políticos contra tudo e contra todos - recebem informações que reproduzem e que, depois, são reproduzidas, com a devida dose de espectáculo, pelas televisões. Repito, não tenho nada contra esses jornalistas mas começo a ficar muito farto de grandes escândalos que não dão em nada. Só para citar alguns casos recentes: Operação Furacão, Valentim Loureiro, Felgueiras e o PS, Pinto da Costa e muitas das incidências do processo Casa Pia. E sim, é verdade que eu próprio já fiz histórias do genéro. Com uma pequena diferença: sabia muito bem que estava a ser manipulado, só as fiz porque fui obrigado (directamente ou pela pressão de ter de produzir grandes cachas) e defendo, desde há muito, que as primeiras páginas dos jornais não devem viver destas histórias. Não gosto de ser marioneta. Muito menos dos agentes de justiça que por aí abundam. Nota tranquilizadora para os que se preocupam que os grandes escândalos fiquem por contar: não faltam candidatos aos lugares de jornalista policial de microfone...

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