bem pelo contrário: Muda-se para ficar tudo na mesma

20-01-2012
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A saída de Isabel Pires de Lima não surpreende ninguém. Várias vezes desautorizada por Sócrates e Cavaco Silva, insistindo em declarações arrogantes e comportamentos erráticos, Pires de Lima cedo cavou a sua sepultura. Mas desenganem-se os mais optimistas: Portugal não tem uma política de cultura há décadas (se é que alguma vez a teve). Sai uma figura incompetente, mas os obstáculos de fundo subsistem.Adivinhava-se igualmente a saída de Correia de Campos, dada a recente pressão da comunicação social e o desnorte revelado pelo próprio ministro. Estranho até que este não tenha invocado problemas de saúde para pedir a demissão – tantas entrevistas em tão curto espaço de tempo devem causar danos irreversíveis ao sistema nervoso.Há muita gente que ficará satisfeita, mas, mais uma vez, é cedo para lançar foguetes. A substituta, Ana Jorge, já expressou admiração pelos ideais do seu predecessor (aqui), e não é crível que haja uma mudança de política na saúde. Sócrates sabe que mais um recuo iria abalar em definitivo a sua imagem de “político reformista”. E sem esse mito, Sócrates não pode ganhar as eleições de 2009.

A saída de Isabel Pires de Lima não surpreende ninguém. Várias vezes desautorizada por Sócrates e Cavaco Silva, insistindo em declarações arrogantes e comportamentos erráticos, Pires de Lima cedo cavou a sua sepultura. Mas desenganem-se os mais optimistas: Portugal não tem uma política de cultura há décadas (se é que alguma vez a teve). Sai uma figura incompetente, mas os obstáculos de fundo subsistem.Adivinhava-se igualmente a saída de Correia de Campos, dada a recente pressão da comunicação social e o desnorte revelado pelo próprio ministro. Estranho até que este não tenha invocado problemas de saúde para pedir a demissão – tantas entrevistas em tão curto espaço de tempo devem causar danos irreversíveis ao sistema nervoso.Há muita gente que ficará satisfeita, mas, mais uma vez, é cedo para lançar foguetes. A substituta, Ana Jorge, já expressou admiração pelos ideais do seu predecessor (aqui), e não é crível que haja uma mudança de política na saúde. Sócrates sabe que mais um recuo iria abalar em definitivo a sua imagem de “político reformista”. E sem esse mito, Sócrates não pode ganhar as eleições de 2009.

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