o tempo das cerejas*: O problema das inteligências demasiado lisas

24-05-2011
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O envinagrado volta a atacarEm post recente no seu blogue da água envinagrada, o sujeito do costume, campeão nacional blogosférico da mesquinhez anticomunista e dos truques de manipulação, escreve desta vez em tom classista mal disfarçado: «Porque o carolino é um arroz de alta qualidade e que só exige ser bem cozinhado!». Não, esta tirada não constou de qualquer prédica culinária proferida pelo Mestre Silva. É retirada de uma charla de Jerónimo Sousa dirigida, ontem, aos orizicultores do Baixo Mondego. Quem consegue imaginar, por memória na história e recordando Bento Gonçalves, Pavel, Fogaça, Cunhal e Carvalhas, um dirigente maior do PCP a meter esta colherada num seu discurso?».É claro que o autor desta tão extraordinária quanto envenenada tirada faz, como é de boa regra, o link para o discurso integral de Jeronimo de Sousa, mas será o primeiro saber que poucos leitores irão à procura de um discurso dirigido a orizicultores do Baixo Mondego e o que fixarão é a navalhada do suposto desprestigio de um secretário-geral do PCP a falar de arroz carolino e da necessidade de ser bem cozinhado.Sobre isto, e em cima de um imenso desprezo, apenas três anotações: a primeira é para chamar a atenção para que o extracto do discurso de Jeronimo de Sousa em que se fala do arroz carolino está já aí em baixo para que os leitores o possam ler e, no fim, descobrirem sinceramente onde é que está o escândalo, o motivo de admiração e o desprestigio; a segunda é para lembrar que os citados dirigentes do PCP passaram a vida a falar também de temas concretos que alguns apantufados citadinos achavam comezinhos e que se o mesquinho titular do blogue em causa fosse ler discursos de Álvaro Cunhal sobre a Reforma Agrária lá encontrará justa e adequadamente múltiplas referências a tipos de produções agrícolas e outras «miudezas» de grande importância concreta; a terceira é que, pelos vistos, os dirigentes do PCP mantém a prudente e avisada orientação de não escreverem e falarem apenas para os media e de falarem para aqueles que directamente os estão a ouvir, não podendo haver muitas dúvidas de que os orizicultores do Baixo Mondego não terão nada ficado chocados com a referência de Jerónimo de Sousa ao arroz carolino e à necessidade de ser bem cozinhado !.Extracto da intervenção de Jéronimo de Sousa« (...) Para lá da especulação mundial e nacional dos preços, um problema evidente, é a actual grande dependência do País da importação para o seu abastecimento em arroz e o esgotamento dos estoques ainda a preços antigos!É que Portugal não importa apenas quase todo o trigo e milho que consome e uma percentagem significativa de carne de bovino e suíno, ou de uma importação de hortofrutícolas que vale quase o triplo do que exportamos.O País importa 45/50%, grosso modo metade, do arroz que consome!E tínhamos, caros amigos, todas as condições para atenuar fortemente esse défice. Bastaria que aproveitássemos bem as potencialidades deste Vale do Mondego, e também dos vales do Vouga, Liz, Tejo, Sorraia, Sado e Mira, para produzir arroz!Mas isso significava ter feito outras políticas agrícolas ao longo dos últimos 30 anos! Contrariando as reformas que foram sendo feitas na PAC, e na Organização Comum do Mercado do arroz, em particular com o desligamento das ajudas da produção a 100%.Políticas a que só o PCP se opôs!Outra política agrícola nacional que tivesse incentivado a sua produção e, também muito importante, que tivesse mantido o consumo dos portugueses, não exclusivamente, mas muito centrado no carolino, em vez das portas escancaradas para a importação e dificuldades para os nossos produtores! Porque o carolino é um arroz de alta qualidade e que só exige ser bem cozinhado! ».


O envinagrado volta a atacarEm post recente no seu blogue da água envinagrada, o sujeito do costume, campeão nacional blogosférico da mesquinhez anticomunista e dos truques de manipulação, escreve desta vez em tom classista mal disfarçado: «Porque o carolino é um arroz de alta qualidade e que só exige ser bem cozinhado!». Não, esta tirada não constou de qualquer prédica culinária proferida pelo Mestre Silva. É retirada de uma charla de Jerónimo Sousa dirigida, ontem, aos orizicultores do Baixo Mondego. Quem consegue imaginar, por memória na história e recordando Bento Gonçalves, Pavel, Fogaça, Cunhal e Carvalhas, um dirigente maior do PCP a meter esta colherada num seu discurso?».É claro que o autor desta tão extraordinária quanto envenenada tirada faz, como é de boa regra, o link para o discurso integral de Jeronimo de Sousa, mas será o primeiro saber que poucos leitores irão à procura de um discurso dirigido a orizicultores do Baixo Mondego e o que fixarão é a navalhada do suposto desprestigio de um secretário-geral do PCP a falar de arroz carolino e da necessidade de ser bem cozinhado.Sobre isto, e em cima de um imenso desprezo, apenas três anotações: a primeira é para chamar a atenção para que o extracto do discurso de Jeronimo de Sousa em que se fala do arroz carolino está já aí em baixo para que os leitores o possam ler e, no fim, descobrirem sinceramente onde é que está o escândalo, o motivo de admiração e o desprestigio; a segunda é para lembrar que os citados dirigentes do PCP passaram a vida a falar também de temas concretos que alguns apantufados citadinos achavam comezinhos e que se o mesquinho titular do blogue em causa fosse ler discursos de Álvaro Cunhal sobre a Reforma Agrária lá encontrará justa e adequadamente múltiplas referências a tipos de produções agrícolas e outras «miudezas» de grande importância concreta; a terceira é que, pelos vistos, os dirigentes do PCP mantém a prudente e avisada orientação de não escreverem e falarem apenas para os media e de falarem para aqueles que directamente os estão a ouvir, não podendo haver muitas dúvidas de que os orizicultores do Baixo Mondego não terão nada ficado chocados com a referência de Jerónimo de Sousa ao arroz carolino e à necessidade de ser bem cozinhado !.Extracto da intervenção de Jéronimo de Sousa« (...) Para lá da especulação mundial e nacional dos preços, um problema evidente, é a actual grande dependência do País da importação para o seu abastecimento em arroz e o esgotamento dos estoques ainda a preços antigos!É que Portugal não importa apenas quase todo o trigo e milho que consome e uma percentagem significativa de carne de bovino e suíno, ou de uma importação de hortofrutícolas que vale quase o triplo do que exportamos.O País importa 45/50%, grosso modo metade, do arroz que consome!E tínhamos, caros amigos, todas as condições para atenuar fortemente esse défice. Bastaria que aproveitássemos bem as potencialidades deste Vale do Mondego, e também dos vales do Vouga, Liz, Tejo, Sorraia, Sado e Mira, para produzir arroz!Mas isso significava ter feito outras políticas agrícolas ao longo dos últimos 30 anos! Contrariando as reformas que foram sendo feitas na PAC, e na Organização Comum do Mercado do arroz, em particular com o desligamento das ajudas da produção a 100%.Políticas a que só o PCP se opôs!Outra política agrícola nacional que tivesse incentivado a sua produção e, também muito importante, que tivesse mantido o consumo dos portugueses, não exclusivamente, mas muito centrado no carolino, em vez das portas escancaradas para a importação e dificuldades para os nossos produtores! Porque o carolino é um arroz de alta qualidade e que só exige ser bem cozinhado! ».

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