o tempo das cerejas*: O «caso» do Magalhães de T. Vedras

24-05-2011
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Ai, valha-nos Nossa SenhoraQuando vi em alguns blogues referências ao assunto,e mesmo depois quando li no Público online o título «Ministério Público proíbe sátira ao Magalhães no Carnaval de Torres Vedras», ainda pensei para os meus botões: «engenhoso este pessoal do Carnaval de Torres Vedras, desarrincaram uma óptima maneira de ter publicidade à borla». E só alguns minutos depois é que percebi que, havendo até declarações do Presidente da Câmara, a coisa era mesmo a sério. Nem os leitores calculam como «incidentes» como este me doem e desgostam. Eles são a triste confirmação de uma tese que sustento há vários anos e que nem devia publicamente desvendar por causa de más interpretações. Essa tese resume-se na ideia, na percepção ou no sentimento de que nos últimos anos têm vindo a crescer exponencialmente na sociedade portuguesa decisões, atitudes e tomadas de posição que, de facto, fogem à dicotomia esquerda-direita pela rasteira razão que são apenas do selvagem território da patetice. Aqui está a imagem que, ao que parece, muitoterá preocupado um delegado do Ministério Público:um ecrã de um Magalhães ( na verdade um autoclante)com uma pesquisa no Google sobre «mulheres».Enfim, um inaudito atentado público ao pudor e à moral.Adenda em 21/2 : sinal de que nem tudo está perdido, esta iniciativa judicial veio entretanto a ser anulada.


Ai, valha-nos Nossa SenhoraQuando vi em alguns blogues referências ao assunto,e mesmo depois quando li no Público online o título «Ministério Público proíbe sátira ao Magalhães no Carnaval de Torres Vedras», ainda pensei para os meus botões: «engenhoso este pessoal do Carnaval de Torres Vedras, desarrincaram uma óptima maneira de ter publicidade à borla». E só alguns minutos depois é que percebi que, havendo até declarações do Presidente da Câmara, a coisa era mesmo a sério. Nem os leitores calculam como «incidentes» como este me doem e desgostam. Eles são a triste confirmação de uma tese que sustento há vários anos e que nem devia publicamente desvendar por causa de más interpretações. Essa tese resume-se na ideia, na percepção ou no sentimento de que nos últimos anos têm vindo a crescer exponencialmente na sociedade portuguesa decisões, atitudes e tomadas de posição que, de facto, fogem à dicotomia esquerda-direita pela rasteira razão que são apenas do selvagem território da patetice. Aqui está a imagem que, ao que parece, muitoterá preocupado um delegado do Ministério Público:um ecrã de um Magalhães ( na verdade um autoclante)com uma pesquisa no Google sobre «mulheres».Enfim, um inaudito atentado público ao pudor e à moral.Adenda em 21/2 : sinal de que nem tudo está perdido, esta iniciativa judicial veio entretanto a ser anulada.

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