O Sinédrio: O 25 de Abril e a minha geração

21-01-2012
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Praticamente não se falou do 25 de Abril no Sinédrio... Mea Culpa. Mas, por aqui não foi feriado e não arranjei tempo para escrever sobre a nossa revolução. Penso, no entanto, que é um acontecimento que não pode passar ao lado de um blog cujo objectivo principal é discutir política. Assim, chego atrasado um dia, mas mais vale tarde do que nunca.Sou um sortudo. Nunca vivi numa ditadura e também não vivi os conturbados tempos do PREC. Sou um produto dos loucos anos 80. Assim, aquilo que sei do pré e pós 25 de Abril é fruto do que li e do que me contam os mais velhos. Sempre ouvi de tudo: desde ferverosos saudosistas do Salazarismo, até ferverosos saudosistas do 11 de Março. Acredito que o que sei sobre este tema, é, no essencial, o mesmo que os jovens da minha geração sabem.Eu sou daqueles que aprecio a liberdade e a democracia acima de tudo, pelo que me posso considerar, indubitavelmente, um adepto do 25 de Abril, pois colocou um ponto final a várias décadas de um regime anti-democrático. Pelas mesmas razões, considero o dia 11 de Março de 1975 um dia triste na História de Portugal, pois quis retirar aquilo que os portugueses tinham conquistado. Felizmente, o 25 de Novembro voltou a colocar Portugal no caminho certo.E o que pensa a minha geração disto tudo?- 60% ou mais não faz ideia;- 20% pensa como eu;- 20% são reaccionários.É verdade! Existem " meninos de direita" que detestam o 25 de Abril e falam do Salazarismo como se tivessem pertencido à Mocidade Portuguesa e existem "meninos de esquerda" que idulatram o 11 de Março como se tivessem sido membros activos do Conselho da Revolução.Fico espantado com estes meus companheiros de geração.Têm tudo: liberdade para pensar, dizer e fazer; consomem com gosto a globalização; têm automóvel próprio; Game Boy; Playstation... São uns mimados! Ou melhor, somos uns mimados!Ainda assim, há meninos que gritam vivas a Salazar e outros a Vasco Gonçalves.Conselho: tenham juízo e aprendam a valorizar duas coisas que infelizmente os nossos pais não tiveram o privilégio de gozar durante grande parte das suas vidas: democracia e liberdade.

Praticamente não se falou do 25 de Abril no Sinédrio... Mea Culpa. Mas, por aqui não foi feriado e não arranjei tempo para escrever sobre a nossa revolução. Penso, no entanto, que é um acontecimento que não pode passar ao lado de um blog cujo objectivo principal é discutir política. Assim, chego atrasado um dia, mas mais vale tarde do que nunca.Sou um sortudo. Nunca vivi numa ditadura e também não vivi os conturbados tempos do PREC. Sou um produto dos loucos anos 80. Assim, aquilo que sei do pré e pós 25 de Abril é fruto do que li e do que me contam os mais velhos. Sempre ouvi de tudo: desde ferverosos saudosistas do Salazarismo, até ferverosos saudosistas do 11 de Março. Acredito que o que sei sobre este tema, é, no essencial, o mesmo que os jovens da minha geração sabem.Eu sou daqueles que aprecio a liberdade e a democracia acima de tudo, pelo que me posso considerar, indubitavelmente, um adepto do 25 de Abril, pois colocou um ponto final a várias décadas de um regime anti-democrático. Pelas mesmas razões, considero o dia 11 de Março de 1975 um dia triste na História de Portugal, pois quis retirar aquilo que os portugueses tinham conquistado. Felizmente, o 25 de Novembro voltou a colocar Portugal no caminho certo.E o que pensa a minha geração disto tudo?- 60% ou mais não faz ideia;- 20% pensa como eu;- 20% são reaccionários.É verdade! Existem " meninos de direita" que detestam o 25 de Abril e falam do Salazarismo como se tivessem pertencido à Mocidade Portuguesa e existem "meninos de esquerda" que idulatram o 11 de Março como se tivessem sido membros activos do Conselho da Revolução.Fico espantado com estes meus companheiros de geração.Têm tudo: liberdade para pensar, dizer e fazer; consomem com gosto a globalização; têm automóvel próprio; Game Boy; Playstation... São uns mimados! Ou melhor, somos uns mimados!Ainda assim, há meninos que gritam vivas a Salazar e outros a Vasco Gonçalves.Conselho: tenham juízo e aprendam a valorizar duas coisas que infelizmente os nossos pais não tiveram o privilégio de gozar durante grande parte das suas vidas: democracia e liberdade.

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