BE quer alargamento do prazo da discussão da revisão curricular para pensar reforma a “dez anos”

20-01-2012
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"Não podemos ter remendos em cima de remendos apenas e só para cumprir os critérios da troika", afirmou a deputada do Bloco Ana Drago, no Parlamento.

Para o BE, "aquilo que está a ser feito é feito exclusivamente para levar avante os cortes de 100 milhões do Orçamento do Estado".

"Esta reforma curricular é exactamente o que parece, aquilo que vai permitir fazer despedimentos massivos ao nível da nossa escola pública e do nosso sistema educativo, sem que verdadeiramente toda a matriz curricular tenha sido pensada", afirmou.

A deputada anunciou que o Bloco vai apresentar um projecto de resolução para que a Assembleia recomende ao Governo que o prazo de discussão seja alargado, considerando que é "fundamental" que "haja um debate também alargado na sociedade portuguesa que permita pensar o que é uma reforma e uma estrutura curricular para os próximos dez anos".

"Entendemos que este debate tem que ser feito de forma séria e ponderada. Todos nós, pais, comunidade, mercado de trabalho, empresas, universidades, a sociedade tem que decidir o que as suas crianças e os seus jovens têm que aprender, no espaço de dez anos", sustentou.

A deputada viu na reforma apresentada pelo ministro da Educação, Nuno Crato, um "conjunto de corta e cola, soma de um lado e tira de outro", sem coerência com os princípios que o governante enunciou.

"Disse que queria combater a dispersão curricular, e esse parecia-nos um bom objectivo, mas acaba por fazer o desdobramento de disciplinas, EVT [Educação Visual e Tecnológica] vai ser desdobrada em duas disciplinas", concretizou.

"Por outro lado, fala-nos daquilo que é focar nas disciplinas centrais, nomeadamente conhecimento colectivo, mas o fim do desdobramento de turmas que permitia o trabalho experimental dos professores com os seus alunos, vai ficar inviabilizado porque vamos ter turmas de 30 alunos num laboratório com um único professor", acrescentou.

A proposta de revisão curricular apresentada por Nuno Crato reduz a carga horária na maior parte dos anos, cortando em disciplinas como Formação Cívica e acabando com a segunda opção anual no secundário.

Porém, História e Geografia no 7.º e 9.º anos e Ciências Naturais e Físico-Química do 7.º ao 9.º aumentam uma aula por semana em relação ao currículo anual.

A disciplina de Tecnologias da Informação e Comunicação desaparece do 9.º ano e passa para os 5.º e 6.º.

O Inglês passa a ser obrigatório a partir do 5.º ano.

"Não podemos ter remendos em cima de remendos apenas e só para cumprir os critérios da troika", afirmou a deputada do Bloco Ana Drago, no Parlamento.

Para o BE, "aquilo que está a ser feito é feito exclusivamente para levar avante os cortes de 100 milhões do Orçamento do Estado".

"Esta reforma curricular é exactamente o que parece, aquilo que vai permitir fazer despedimentos massivos ao nível da nossa escola pública e do nosso sistema educativo, sem que verdadeiramente toda a matriz curricular tenha sido pensada", afirmou.

A deputada anunciou que o Bloco vai apresentar um projecto de resolução para que a Assembleia recomende ao Governo que o prazo de discussão seja alargado, considerando que é "fundamental" que "haja um debate também alargado na sociedade portuguesa que permita pensar o que é uma reforma e uma estrutura curricular para os próximos dez anos".

"Entendemos que este debate tem que ser feito de forma séria e ponderada. Todos nós, pais, comunidade, mercado de trabalho, empresas, universidades, a sociedade tem que decidir o que as suas crianças e os seus jovens têm que aprender, no espaço de dez anos", sustentou.

A deputada viu na reforma apresentada pelo ministro da Educação, Nuno Crato, um "conjunto de corta e cola, soma de um lado e tira de outro", sem coerência com os princípios que o governante enunciou.

"Disse que queria combater a dispersão curricular, e esse parecia-nos um bom objectivo, mas acaba por fazer o desdobramento de disciplinas, EVT [Educação Visual e Tecnológica] vai ser desdobrada em duas disciplinas", concretizou.

"Por outro lado, fala-nos daquilo que é focar nas disciplinas centrais, nomeadamente conhecimento colectivo, mas o fim do desdobramento de turmas que permitia o trabalho experimental dos professores com os seus alunos, vai ficar inviabilizado porque vamos ter turmas de 30 alunos num laboratório com um único professor", acrescentou.

A proposta de revisão curricular apresentada por Nuno Crato reduz a carga horária na maior parte dos anos, cortando em disciplinas como Formação Cívica e acabando com a segunda opção anual no secundário.

Porém, História e Geografia no 7.º e 9.º anos e Ciências Naturais e Físico-Química do 7.º ao 9.º aumentam uma aula por semana em relação ao currículo anual.

A disciplina de Tecnologias da Informação e Comunicação desaparece do 9.º ano e passa para os 5.º e 6.º.

O Inglês passa a ser obrigatório a partir do 5.º ano.

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