o tempo das cerejas*: Por acaso, até tenho pena

21-05-2011
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Uma mentira que até ferve !Não sendo cliente do produto, devo confessar que hoje não dei como perdido o tempo gasto a assistir a boa parte do programa Plano Inclinado da Sic Notícias. Com efeito, não é todos os dias que podemos assistir a um espectáculo em que o economista José Silva Lopes, que enquanto ministro do IV governo Provisório participou na aprovação dos decretos-lei das nacionalizações, declarou no essencial o seu apoio ao demencial programa de úlrimas reprivatizações do governo PS/Sócrates mas em que, por outro lado, estava Medina Carreira a considerar esse programa absolutamente imprudente e suicidário.Bom esta foi a parte mas ou menos divertida da coisa. A parte mais aborrecida ou indigna chegou quando o mesmo Silva Lopes, admitindo que em 1975 tinha estado a favor das nacionalizações (também era melhor...), veio dizer que depois se tinha desiludido, enunciando logo de seguida uma lista das coisas que o incomodaram. Ora o problema está em que eu vi e ouvi com estes que a terra há-de comer aquele economista (que - registe-se - voltou a ser ministro em 1978) a incluir nos seus factores de desgosto o facto de os trabalhadores das empresas nacionalizadas ficarem com os lucros, a população não beneficiar nada enquanto os governos metiam dinheiro nessas empresas (não uso aspas porque não estou em condições de reproduzir a afirmação ipsis verbis). Não quero usar com o dr. Silva Lopes os termos que a sua calúnia bem merecia. Mas também não me dou sequer ao trabalhar de explicar que, em qualquer caso, o espírito da época era completamente contrário a uma tal prática. Erguidas estas balizas, só quero dizer secamente que o dr. José da Silva Lopes mentiu, fantasiou, efabulou, delirou, façam favor de escolher o que lhes parecer melhor.


Uma mentira que até ferve !Não sendo cliente do produto, devo confessar que hoje não dei como perdido o tempo gasto a assistir a boa parte do programa Plano Inclinado da Sic Notícias. Com efeito, não é todos os dias que podemos assistir a um espectáculo em que o economista José Silva Lopes, que enquanto ministro do IV governo Provisório participou na aprovação dos decretos-lei das nacionalizações, declarou no essencial o seu apoio ao demencial programa de úlrimas reprivatizações do governo PS/Sócrates mas em que, por outro lado, estava Medina Carreira a considerar esse programa absolutamente imprudente e suicidário.Bom esta foi a parte mas ou menos divertida da coisa. A parte mais aborrecida ou indigna chegou quando o mesmo Silva Lopes, admitindo que em 1975 tinha estado a favor das nacionalizações (também era melhor...), veio dizer que depois se tinha desiludido, enunciando logo de seguida uma lista das coisas que o incomodaram. Ora o problema está em que eu vi e ouvi com estes que a terra há-de comer aquele economista (que - registe-se - voltou a ser ministro em 1978) a incluir nos seus factores de desgosto o facto de os trabalhadores das empresas nacionalizadas ficarem com os lucros, a população não beneficiar nada enquanto os governos metiam dinheiro nessas empresas (não uso aspas porque não estou em condições de reproduzir a afirmação ipsis verbis). Não quero usar com o dr. Silva Lopes os termos que a sua calúnia bem merecia. Mas também não me dou sequer ao trabalhar de explicar que, em qualquer caso, o espírito da época era completamente contrário a uma tal prática. Erguidas estas balizas, só quero dizer secamente que o dr. José da Silva Lopes mentiu, fantasiou, efabulou, delirou, façam favor de escolher o que lhes parecer melhor.

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