A cultura no país do faz-de-conta

08-11-2013
marcar artigo

Aconselho vivamente a leitura do texto “Um ano depois”, do investigador e programador cultural António Pinto Ribeiro, publicado no Ipsilon da passada 6ª feira (não consigo encontrar nenhum link na net). É uma bela reflexão sobre a política cultural deste país (ou a falta dela), refém de argumentos meramente negociais e financeiros e desprezando a lógica de diversidade e de serviço público. Enquanto desmistifica a ideia de que os agentes culturais de nicho são uns bandolas que comem os subsídios do do Estado, é um bom manifesto do que é a cultura no país do faz-de-conta, o único da União Europeia em que não existe um ministério a tutelar o sector. Aqui ficam dois excertos:

   (…) passado um ano em que não se quis ter um Ministério da Cultura, ficou-se com uma Secretaria de Estado da dita sem poder para decidir, sem assento no Conselho de Ministros, sem voz, sem representar ninguém e, ademais, apoucando-se por falta de perfil e de projecto e de programa.

   Uma possível desregulação do mercado, caso o Estado não seja garante da sua justiça, conduz inevitavelmente à massificação do gosto, à extinção da diversidade, à desertificação da criação, ou seja, em suma: ao fim do direito de escolher por parte do cidadão (que deve ser sempre, numa política cultural, o principal destinatário dessa política).

Aconselho vivamente a leitura do texto “Um ano depois”, do investigador e programador cultural António Pinto Ribeiro, publicado no Ipsilon da passada 6ª feira (não consigo encontrar nenhum link na net). É uma bela reflexão sobre a política cultural deste país (ou a falta dela), refém de argumentos meramente negociais e financeiros e desprezando a lógica de diversidade e de serviço público. Enquanto desmistifica a ideia de que os agentes culturais de nicho são uns bandolas que comem os subsídios do do Estado, é um bom manifesto do que é a cultura no país do faz-de-conta, o único da União Europeia em que não existe um ministério a tutelar o sector. Aqui ficam dois excertos:

   (…) passado um ano em que não se quis ter um Ministério da Cultura, ficou-se com uma Secretaria de Estado da dita sem poder para decidir, sem assento no Conselho de Ministros, sem voz, sem representar ninguém e, ademais, apoucando-se por falta de perfil e de projecto e de programa.

   Uma possível desregulação do mercado, caso o Estado não seja garante da sua justiça, conduz inevitavelmente à massificação do gosto, à extinção da diversidade, à desertificação da criação, ou seja, em suma: ao fim do direito de escolher por parte do cidadão (que deve ser sempre, numa política cultural, o principal destinatário dessa política).

marcar artigo