ALIADOS: Audição no âmbito da petição de "Protesto relativo à intervenção urbanística no conjunto da Av. dos Aliados

18-12-2009
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Ler a transcrição da audição na Comissão Parlamentar da Educação, Ciência e Cultura aos representantes do IPPAR Comentário dePaulo Ventura Araújo:«Fica a ideia, no meio de muita barafunda, de que os representantes do IPPAR querem convencer os membros da Comissão de, apesar de imaginarmos que o projecto de arranjo dos Aliados só existe e foi divulgado desde o início de 2005, ele já estar em "burilação" desde 2000, embora entretanto tenham mudado alguns pormenores de somenos, como sejam:- o autor do projecto (antes era Siza Vieira, agora passou a ser Souto Moura ajudado pelo mesmo Siza Vieira);- a área por ele abrangida (era só a Praça da Liberdade, mas depois foi andando pela avenida acima);- a entidade que o vai implementar (começou com a Porto 2001, continuou com a Câmara, que o engavetou, e é finalmente herdado pela Metro).E em todas estas migrações e metamorfoses o IPPAR esteve em cima do acontecimento, acompanhando a "burilação" passo a passo (até centímetro a centímetro, a acreditar em Lino Tavares).Neste cenário, o parecer que finalmente emitiu, depois de iniciadas as obras, foi pura formalidade, escusada não fosse haver quem se agarre a estas picuinhices. Fica ainda a impressão de que neste processo intervieram, sucessivamente ou em paralelo, vários IPPARs com preocupações distintas e até contraditórias:(1) um que, fiel à vocação do organismo, zela pela conservação do património e se propõe (desde 1993) classificar o conjunto Praça da Liberdade / Avenida dos Aliados / Praça do General Humberto Delgado;(2) outro, antagónico do primeiro, que desde 2000 conspira com os arquitectos pela descaracterização desse mesmo património;(3) um que emite um parecer favorável à intervenção, mas tem reservas quanto a algumas das suas opções fundamentais (por exemplo, quando escreve: «se a opção do projecto passa par uma solução de alameda e afirmação de avenida através do reforço de um eixo, opção essa aceitável, então alguns aspectos poderiam ser ponderados no sentido de conferir maior coerência a essa opção uma vez que se afigura que a individualização des espaços se mantém»);(4) outro, presente nesta audição com a Comissão Parlamentar, que não poupa elogios ao projecto e não lhe aponta qualquer objecção.»(Sobre este assunto: 13.10.05- Dos Jornais -"Arranjos nos Aliados não respeitam impacte ambiental" ; 12.10.05- Comentário ; Dos Jornais - "Intervenção da Metro nos Aliados 'boa para a cidade'" ; 8.10.05-Resultado do envio das assinaturas para a Assembleia da República- relatório ; 14.9.05 - Nos jornais- "Parlamento vai debater obras nos Aliados" ; 14.7.05 - Av. dos Aliados - queixas ao Governo português e a Bruxelas )

Ler a transcrição da audição na Comissão Parlamentar da Educação, Ciência e Cultura aos representantes do IPPAR Comentário dePaulo Ventura Araújo:«Fica a ideia, no meio de muita barafunda, de que os representantes do IPPAR querem convencer os membros da Comissão de, apesar de imaginarmos que o projecto de arranjo dos Aliados só existe e foi divulgado desde o início de 2005, ele já estar em "burilação" desde 2000, embora entretanto tenham mudado alguns pormenores de somenos, como sejam:- o autor do projecto (antes era Siza Vieira, agora passou a ser Souto Moura ajudado pelo mesmo Siza Vieira);- a área por ele abrangida (era só a Praça da Liberdade, mas depois foi andando pela avenida acima);- a entidade que o vai implementar (começou com a Porto 2001, continuou com a Câmara, que o engavetou, e é finalmente herdado pela Metro).E em todas estas migrações e metamorfoses o IPPAR esteve em cima do acontecimento, acompanhando a "burilação" passo a passo (até centímetro a centímetro, a acreditar em Lino Tavares).Neste cenário, o parecer que finalmente emitiu, depois de iniciadas as obras, foi pura formalidade, escusada não fosse haver quem se agarre a estas picuinhices. Fica ainda a impressão de que neste processo intervieram, sucessivamente ou em paralelo, vários IPPARs com preocupações distintas e até contraditórias:(1) um que, fiel à vocação do organismo, zela pela conservação do património e se propõe (desde 1993) classificar o conjunto Praça da Liberdade / Avenida dos Aliados / Praça do General Humberto Delgado;(2) outro, antagónico do primeiro, que desde 2000 conspira com os arquitectos pela descaracterização desse mesmo património;(3) um que emite um parecer favorável à intervenção, mas tem reservas quanto a algumas das suas opções fundamentais (por exemplo, quando escreve: «se a opção do projecto passa par uma solução de alameda e afirmação de avenida através do reforço de um eixo, opção essa aceitável, então alguns aspectos poderiam ser ponderados no sentido de conferir maior coerência a essa opção uma vez que se afigura que a individualização des espaços se mantém»);(4) outro, presente nesta audição com a Comissão Parlamentar, que não poupa elogios ao projecto e não lhe aponta qualquer objecção.»(Sobre este assunto: 13.10.05- Dos Jornais -"Arranjos nos Aliados não respeitam impacte ambiental" ; 12.10.05- Comentário ; Dos Jornais - "Intervenção da Metro nos Aliados 'boa para a cidade'" ; 8.10.05-Resultado do envio das assinaturas para a Assembleia da República- relatório ; 14.9.05 - Nos jornais- "Parlamento vai debater obras nos Aliados" ; 14.7.05 - Av. dos Aliados - queixas ao Governo português e a Bruxelas )

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