Regresso ao futuro

23-10-2010
marcar artigo

O turbodiesel menos potente da série 5 pode não ser um velocista explosivo, mas mostra-se à altura de uma confortável corrida de fundo, com consumos modestos, como constatou Luís Filipe Sebastião

A BMW rompeu com o passado mais recente e devolveu à série 5 as linhas mais conservadoras de outros tempos. O familiar da marca bávara agrada à vista e viu reforçados os argumentos dinâmicos e tecnológicos. A versão de entrada a diesel assenta sobre um competente bloco de quatro cilindros que debita 184cv de potência.

As formas rectilíneas da anterior geração deram lugar a um desenho mais escultural, com um aspecto mais próximo das restantes gamas do construtor germânico. Os traços mais tradicionais não impedem que a nova carroçaria de quatro portas dê nas vistas, antes pelo contrário, mercê da harmonia criada pelo ligeiro incremento do comprimento e largura e redução da altura. O espaço interior retira vantagens para quatro ocupantes e o uso do lugar posterior do meio desaconselha-se a um adulto devido ao volumoso túnel central. A bagageira carrega até 520 litros.

Os revestimentos e o nível de montagem estão de acordo com os pergaminhos da marca alemã. Mas para o ambiente positivo a bordo também contribuíram alguns elementos de conforto opcionais, como os bancos em pele (2090 euros), o volante desportivo em couro (160 euros) e as aplicações em madeira nobre (560 euros), embora neste último capítulo haja quem prefira o emprego de alumínio. O espelho interior com sistema anti-encadeamento automático custa 230 euros. Mas é possível, como na unidade ensaiada, juntar este sistema aos espelhos exteriores com recolha automática e função de estacionamento (580 euros).

O turbodiesel de 2.0 litros que anima o 520d possui 184cv e está acoplado a uma precisa transmissão manual de seis velocidades (existe a opção automática de oito relações). Este bloco de quatro cilindros responde com desenvoltura à maioria das solicitações, só perdendo fôlego nas recuperações em regimes superiores. O correcto escalonamento da caixa contribui para o bom desempenho e o opcional EDC-Controlo Dinâmico de Amortecimento (1360 euros) permite ajustar na consola central o nível de conforto proporcionado pelos amortecedores (Comfort, Normal, Sport e Sport+). A direcção activa integral (1820 euros) também contribui para uma maior estabilidade em curva e para uma mais pronta correcção das características derivas provocadas pela tracção traseira.

O melhor do Público no email Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Subscrever ×

A função Start/Stop, que desliga e liga automaticamente o motor em pequenas paragens, bem como o indicador da altura ideal para mudar a relação da caixa de velocidades, ajuda a conter os consumos, como demonstra a média de sete litros registada pelo computador de bordo (e não exageradamente distante dos cinco litros homologados). Entre a apreciável lista de equipamento opcional, em parte já mencionada, figurava ainda o assistente de máximos (170 euros), que desliga as luzes de maior alcance à aproximação de uma fonte luminosa; os faróis bi-xénon (970 euros), conjugados com o sistema de lavagem das ópticas (290 euros); os sensores de estacionamento à frente e atrás (850 euros), e o sistema de navegação profissional (2620 euros). O assistente de estacionamento (580 euros), que detecta um espaço livre e manobra o volante sozinho enquanto o condutor só trava e acelera, requer alguma habituação, apesar das instruções detalhadas no monitor de bordo.

Tudo somado, e se bem que a lista de extras possa ser ainda mais completa de entre todos os elementos de conforto e tecnológicos de que a BMW dispõe, a factura inicial de 50.400 euros subiu para 66.790 euros. É o preço a pagar por uma viatura que se renovou sem perder a pose.

O turbodiesel menos potente da série 5 pode não ser um velocista explosivo, mas mostra-se à altura de uma confortável corrida de fundo, com consumos modestos, como constatou Luís Filipe Sebastião

A BMW rompeu com o passado mais recente e devolveu à série 5 as linhas mais conservadoras de outros tempos. O familiar da marca bávara agrada à vista e viu reforçados os argumentos dinâmicos e tecnológicos. A versão de entrada a diesel assenta sobre um competente bloco de quatro cilindros que debita 184cv de potência.

As formas rectilíneas da anterior geração deram lugar a um desenho mais escultural, com um aspecto mais próximo das restantes gamas do construtor germânico. Os traços mais tradicionais não impedem que a nova carroçaria de quatro portas dê nas vistas, antes pelo contrário, mercê da harmonia criada pelo ligeiro incremento do comprimento e largura e redução da altura. O espaço interior retira vantagens para quatro ocupantes e o uso do lugar posterior do meio desaconselha-se a um adulto devido ao volumoso túnel central. A bagageira carrega até 520 litros.

Os revestimentos e o nível de montagem estão de acordo com os pergaminhos da marca alemã. Mas para o ambiente positivo a bordo também contribuíram alguns elementos de conforto opcionais, como os bancos em pele (2090 euros), o volante desportivo em couro (160 euros) e as aplicações em madeira nobre (560 euros), embora neste último capítulo haja quem prefira o emprego de alumínio. O espelho interior com sistema anti-encadeamento automático custa 230 euros. Mas é possível, como na unidade ensaiada, juntar este sistema aos espelhos exteriores com recolha automática e função de estacionamento (580 euros).

O turbodiesel de 2.0 litros que anima o 520d possui 184cv e está acoplado a uma precisa transmissão manual de seis velocidades (existe a opção automática de oito relações). Este bloco de quatro cilindros responde com desenvoltura à maioria das solicitações, só perdendo fôlego nas recuperações em regimes superiores. O correcto escalonamento da caixa contribui para o bom desempenho e o opcional EDC-Controlo Dinâmico de Amortecimento (1360 euros) permite ajustar na consola central o nível de conforto proporcionado pelos amortecedores (Comfort, Normal, Sport e Sport+). A direcção activa integral (1820 euros) também contribui para uma maior estabilidade em curva e para uma mais pronta correcção das características derivas provocadas pela tracção traseira.

O melhor do Público no email Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Subscrever ×

A função Start/Stop, que desliga e liga automaticamente o motor em pequenas paragens, bem como o indicador da altura ideal para mudar a relação da caixa de velocidades, ajuda a conter os consumos, como demonstra a média de sete litros registada pelo computador de bordo (e não exageradamente distante dos cinco litros homologados). Entre a apreciável lista de equipamento opcional, em parte já mencionada, figurava ainda o assistente de máximos (170 euros), que desliga as luzes de maior alcance à aproximação de uma fonte luminosa; os faróis bi-xénon (970 euros), conjugados com o sistema de lavagem das ópticas (290 euros); os sensores de estacionamento à frente e atrás (850 euros), e o sistema de navegação profissional (2620 euros). O assistente de estacionamento (580 euros), que detecta um espaço livre e manobra o volante sozinho enquanto o condutor só trava e acelera, requer alguma habituação, apesar das instruções detalhadas no monitor de bordo.

Tudo somado, e se bem que a lista de extras possa ser ainda mais completa de entre todos os elementos de conforto e tecnológicos de que a BMW dispõe, a factura inicial de 50.400 euros subiu para 66.790 euros. É o preço a pagar por uma viatura que se renovou sem perder a pose.

marcar artigo