China sobe taxas de juro para travar inflação e bolha imobiliária

23-10-2010
marcar artigo

As taxas de referência do banco central aumentam 0,25 por cento, num quadro de subida de preços de 3,6 por cento em Setembro

A China surpreendeu ontem os mercados financeiros com o anúncio de subidas nas taxas directoras do banco central. O impacto directo desta medida foi um aumento do preço do petróleo e uma quebra nos índices das principais bolsas do mundo.

O incremento das duas taxas de referência do banco central chinês foi de 0,25 pontos percentuais. A taxa a que são remunerados os depósitos passou para 2,5 por cento e a que está associada aos empréstimos aumentou para 5,56 por cento - nos prazos de um ano.

O anúncio foi associada pelos analistas a um esforço das autoridades chinesas para conter a taxa de inflação e para evitar uma bolha no sector imobiliário, onde os preços têm vindo a subir a um ritmo que gera preocupações crescentes - 9 por cento de aumento em Setembro face ao mesmo mês do ano anterior.

A agência Bloomberg adiantava ontem que a inflação deverá ter aumentado para 3,6 por cento em Setembro, apesar de o crescimento económico ter abrandado no período.

Um analista da filial de Pequim do banco suíço UBS afirmava ontem que o aumento das taxas de juro centrais ficou acima das suas expectativas, o que vem confirmar que o Governo chinês está preocupado com os caminhos que a a inflação está a tomar. E acrescentava que não será estranho que haja novo movimento ainda este ano e vários outros em 2011 de subida das taxas de referência da autoridade monetária.

O melhor do Público no email Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Subscrever ×

Há quase três anos que o banco central chinês não mexia nas taxas de referência. O último aumento de taxas remonta a Dezembro de 2007 e não se repetiu entretanto para não prejudicar o investimento, principalmente no quadro de efeitos da crise económica e financeira global.

Por isso, a notícia de ontem acabou por gerar ondas de choque em vários mercados. O preço do petróleo caiu, sob o temor de que esta medida poderá afectar o crescimento económico chinês, que é o maior consumidor mundial de energia.

As principais bolsas europeias e norte-americanas também entraram em zona de depressão, porque será expectável que muito capital especulativo se transfira para território chinês. O dólar caiu face ao euro enquanto o yuan se manteve estável.

As taxas de referência do banco central aumentam 0,25 por cento, num quadro de subida de preços de 3,6 por cento em Setembro

A China surpreendeu ontem os mercados financeiros com o anúncio de subidas nas taxas directoras do banco central. O impacto directo desta medida foi um aumento do preço do petróleo e uma quebra nos índices das principais bolsas do mundo.

O incremento das duas taxas de referência do banco central chinês foi de 0,25 pontos percentuais. A taxa a que são remunerados os depósitos passou para 2,5 por cento e a que está associada aos empréstimos aumentou para 5,56 por cento - nos prazos de um ano.

O anúncio foi associada pelos analistas a um esforço das autoridades chinesas para conter a taxa de inflação e para evitar uma bolha no sector imobiliário, onde os preços têm vindo a subir a um ritmo que gera preocupações crescentes - 9 por cento de aumento em Setembro face ao mesmo mês do ano anterior.

A agência Bloomberg adiantava ontem que a inflação deverá ter aumentado para 3,6 por cento em Setembro, apesar de o crescimento económico ter abrandado no período.

Um analista da filial de Pequim do banco suíço UBS afirmava ontem que o aumento das taxas de juro centrais ficou acima das suas expectativas, o que vem confirmar que o Governo chinês está preocupado com os caminhos que a a inflação está a tomar. E acrescentava que não será estranho que haja novo movimento ainda este ano e vários outros em 2011 de subida das taxas de referência da autoridade monetária.

O melhor do Público no email Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Subscrever ×

Há quase três anos que o banco central chinês não mexia nas taxas de referência. O último aumento de taxas remonta a Dezembro de 2007 e não se repetiu entretanto para não prejudicar o investimento, principalmente no quadro de efeitos da crise económica e financeira global.

Por isso, a notícia de ontem acabou por gerar ondas de choque em vários mercados. O preço do petróleo caiu, sob o temor de que esta medida poderá afectar o crescimento económico chinês, que é o maior consumidor mundial de energia.

As principais bolsas europeias e norte-americanas também entraram em zona de depressão, porque será expectável que muito capital especulativo se transfira para território chinês. O dólar caiu face ao euro enquanto o yuan se manteve estável.

marcar artigo