Regionalização

22-12-2009
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Boas notícias!Soube pelos jornais – é pelos jornais que me chegam (palavras com gente dentro) as novidades do mundo, do país e até da aldeia onde nasci – três boas notícias. Daquelas que me fazem acreditar que o Norte de Portugal está prestes a reencontrar o norte. E que norte!1 – O Norte de Portugal quer reforçar a cooperação com a Galiza. Os intercâmbios entre o Norte de Portugal e a Galiza, apesar de “legalmente” permitidos são naturalmente naturais. São sanguíneos. “Legalmente” permitidos porque a norte do Norte – lá, na Galiza – uma ideia pode consubstanciar-se num projecto materializado por uma verba no respectivo orçamento regional, e, no Norte, a sul da Galiza, gizam-se ideias que serão, ou não, aceites mais a sul – lá, na capital de tudo e todos: Lisboa. Sanguíneos porque o Norte de Portugal e a Galiza são sangue do mesmo sangue: Afonso VI de Leão.De verdade, a Galiza é uma Região Administrativa e o Norte de Portugal quer sê-lo. É a diferença entre ser adolescente e ser adulto. O adolescente pede para arriscar. O adulto arrisca.Todavia, tenho fé que o Norte de Portugal consiga a sua carta de alforria logo depois das próximas eleições legislativas. Queiramos, exijamos, a Regionalização já nos primeiros meses de 2010. Dispensemos os pruridos do referendo. O Norte de Portugal está maduro. Se o poder do Terreiro do Paço não deu por isso é porque perdeu o norte.2 – Bragança, Chaves, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela e Valpaços uniram-se com o propósito de se tornarem cidades ecológicas e inovadoras. Jorge Nunes, Presidente da Câmara Municipal de Bragança, salientou que este processo visa, numa perspectiva de desenvolvimento transversal – construção, energia, turismo, agro-indústria – fomentar os “projectos necessários para encontrar o papel destas cidades num quadro de estruturação do território” e “impulsionar melhor as acções para o reforço da coesão territorial, criando núcleos-âncora para fixar actividade económica, população e ganhar competitividade.”3 – Também entidades de Portugal, Espanha e França se uniram em torno de um projecto verdadeiramente inovador e ousado: criar emprego num sector económico moribundo mas que foi já caldo, batatas e chicha de muita gente: falo da extracção de resina. O Sust-Forest – assim se chama este projecto – foi apresentado em Alijó sob o patrocínio da respectiva Câmara Municipal. Associa a Comunidad de Villa e Tierra de Coca, na zona de Segóvia, em Espanha, aos municípios portugueses de Mação, Ourém e Alijó. Há também parcerias com entidades locais da região da Aquitânea, em França.Nesta primeira fase, o grande objectivo do projecto Sust-Forest é conseguir a aprovação da sua candidatura a fundos comunitários. Se tal vier a acontecer é provável que já no primeiro trimestre do próximo ano possam ser implementadas algumas acções. A “mecanização da extracção da resina” assumir-se-á como uma prioridade pois, ao contrário do que acontece em Espanha e França, em Portugal esta actividade continua a ser excessivamente artesanal e penosa.Artur Cascarejo, Presidente da Câmara Municipal de Alijó, que abriu a jornada de trabalho, e Asçenso Simões, Secretário de Estado das Florestas, que a encerrou, vincaram a importância que assume para a região, e para o país, a dinamização integrada do sector florestal – indústria da madeira, extracção de resina, caça, pesca, cogumelos, apicultura… – e garantiram o respectivo empenhamento na candidatura deste projecto.Digam lá se não são boas notícias?.

Boas notícias!Soube pelos jornais – é pelos jornais que me chegam (palavras com gente dentro) as novidades do mundo, do país e até da aldeia onde nasci – três boas notícias. Daquelas que me fazem acreditar que o Norte de Portugal está prestes a reencontrar o norte. E que norte!1 – O Norte de Portugal quer reforçar a cooperação com a Galiza. Os intercâmbios entre o Norte de Portugal e a Galiza, apesar de “legalmente” permitidos são naturalmente naturais. São sanguíneos. “Legalmente” permitidos porque a norte do Norte – lá, na Galiza – uma ideia pode consubstanciar-se num projecto materializado por uma verba no respectivo orçamento regional, e, no Norte, a sul da Galiza, gizam-se ideias que serão, ou não, aceites mais a sul – lá, na capital de tudo e todos: Lisboa. Sanguíneos porque o Norte de Portugal e a Galiza são sangue do mesmo sangue: Afonso VI de Leão.De verdade, a Galiza é uma Região Administrativa e o Norte de Portugal quer sê-lo. É a diferença entre ser adolescente e ser adulto. O adolescente pede para arriscar. O adulto arrisca.Todavia, tenho fé que o Norte de Portugal consiga a sua carta de alforria logo depois das próximas eleições legislativas. Queiramos, exijamos, a Regionalização já nos primeiros meses de 2010. Dispensemos os pruridos do referendo. O Norte de Portugal está maduro. Se o poder do Terreiro do Paço não deu por isso é porque perdeu o norte.2 – Bragança, Chaves, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela e Valpaços uniram-se com o propósito de se tornarem cidades ecológicas e inovadoras. Jorge Nunes, Presidente da Câmara Municipal de Bragança, salientou que este processo visa, numa perspectiva de desenvolvimento transversal – construção, energia, turismo, agro-indústria – fomentar os “projectos necessários para encontrar o papel destas cidades num quadro de estruturação do território” e “impulsionar melhor as acções para o reforço da coesão territorial, criando núcleos-âncora para fixar actividade económica, população e ganhar competitividade.”3 – Também entidades de Portugal, Espanha e França se uniram em torno de um projecto verdadeiramente inovador e ousado: criar emprego num sector económico moribundo mas que foi já caldo, batatas e chicha de muita gente: falo da extracção de resina. O Sust-Forest – assim se chama este projecto – foi apresentado em Alijó sob o patrocínio da respectiva Câmara Municipal. Associa a Comunidad de Villa e Tierra de Coca, na zona de Segóvia, em Espanha, aos municípios portugueses de Mação, Ourém e Alijó. Há também parcerias com entidades locais da região da Aquitânea, em França.Nesta primeira fase, o grande objectivo do projecto Sust-Forest é conseguir a aprovação da sua candidatura a fundos comunitários. Se tal vier a acontecer é provável que já no primeiro trimestre do próximo ano possam ser implementadas algumas acções. A “mecanização da extracção da resina” assumir-se-á como uma prioridade pois, ao contrário do que acontece em Espanha e França, em Portugal esta actividade continua a ser excessivamente artesanal e penosa.Artur Cascarejo, Presidente da Câmara Municipal de Alijó, que abriu a jornada de trabalho, e Asçenso Simões, Secretário de Estado das Florestas, que a encerrou, vincaram a importância que assume para a região, e para o país, a dinamização integrada do sector florestal – indústria da madeira, extracção de resina, caça, pesca, cogumelos, apicultura… – e garantiram o respectivo empenhamento na candidatura deste projecto.Digam lá se não são boas notícias?.

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