Dinheiro gasto em ciência subiu para 1,71 por cento do PIB em 2009

23-11-2010
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O dinheiro gasto em investigação científica em Portugal passou de 1,55 por cento do produto interno bruto (PIB), em 2008, para 1,71 por cento no ano passado - o que significou um investimento de 2791 milhões de euros. Este é um dos dados do Inquérito ao Potencial Científico e Tecnológico Nacional relativo a 2009, que é apresentado hoje pelo ministro da Ciência, Mariano Gago, em Lisboa.

Em 2005, o PIB gasto em investigação e desenvolvimento (I&D) era de 0,81 por cento e em 2007 foi quando se passou o marco de um por cento.

Do total do investimento no ano passado, a maior fatia coube às empresas, tal como tem acontecido nos últimos anos: passou de 0,78 por cento do PIB em 2008, para 0,80 por cento em 2009 (em 2005, esse valor era de 0,31 por cento). Ora, o dinheiro gasto pelo sector privado representou 58 por cento do total da despesa em investigação do país, tanto em 2008 como em 2009. Em termos de dinheiro gasto no ano passado pelas empresas, aqueles valores significaram 1303 milhões de euros (contra 1295 milhões em 2008 e apenas 462 milhões em 2005). E o número de empresas com actividades de I&D também aumentou, atingindo agora 1989 contra as 1833 em 2008.

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O número de cientistas dedicados a tempo integral à ciência registou igualmente uma subida: são agora 45.909, contra os mais de 40 mil em 2008. Em relação à população activa, o número de cientistas passou de 7,2 para 8,2 por cada mil pessoas, o que é superior à média europeia de seis por cada mil pessoas.

"Continuamos a ter uma taxa de crescimento muito significativa, quer em recursos humanos, quer em investimento. O que é significativo é haver uma continuidade", frisa Mariano Gago ao PÚBLICO. "As cem empresas que mais investem em ciência representam um quarto das exportações. Está-se a ver um sector empresarial onde a actividade de I&D é tão relevante que determina a sua capacidade exportadora competitiva."

Tudo perfeito, então? "Não, temos ainda muito que fazer", diz o ministro. "No investimento, tanto do sector público como privado, ainda não atingimos a média europeia [1,9 por cento do PIB], mas fizemos um percurso de convergência. Há 20 anos, estávamos em 0,3 por cento." Também são precisos mais cientistas, diz, acrescentando que não se pode comparar um país com dez milhões de habitantes com outros que tenham mais. "Se compararmos Portugal com a Suécia ou a Suíça, países da nossa dimensão, vemos que o número de investigadores é consideravelmente superior." Teresa Firmino

O dinheiro gasto em investigação científica em Portugal passou de 1,55 por cento do produto interno bruto (PIB), em 2008, para 1,71 por cento no ano passado - o que significou um investimento de 2791 milhões de euros. Este é um dos dados do Inquérito ao Potencial Científico e Tecnológico Nacional relativo a 2009, que é apresentado hoje pelo ministro da Ciência, Mariano Gago, em Lisboa.

Em 2005, o PIB gasto em investigação e desenvolvimento (I&D) era de 0,81 por cento e em 2007 foi quando se passou o marco de um por cento.

Do total do investimento no ano passado, a maior fatia coube às empresas, tal como tem acontecido nos últimos anos: passou de 0,78 por cento do PIB em 2008, para 0,80 por cento em 2009 (em 2005, esse valor era de 0,31 por cento). Ora, o dinheiro gasto pelo sector privado representou 58 por cento do total da despesa em investigação do país, tanto em 2008 como em 2009. Em termos de dinheiro gasto no ano passado pelas empresas, aqueles valores significaram 1303 milhões de euros (contra 1295 milhões em 2008 e apenas 462 milhões em 2005). E o número de empresas com actividades de I&D também aumentou, atingindo agora 1989 contra as 1833 em 2008.

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O número de cientistas dedicados a tempo integral à ciência registou igualmente uma subida: são agora 45.909, contra os mais de 40 mil em 2008. Em relação à população activa, o número de cientistas passou de 7,2 para 8,2 por cada mil pessoas, o que é superior à média europeia de seis por cada mil pessoas.

"Continuamos a ter uma taxa de crescimento muito significativa, quer em recursos humanos, quer em investimento. O que é significativo é haver uma continuidade", frisa Mariano Gago ao PÚBLICO. "As cem empresas que mais investem em ciência representam um quarto das exportações. Está-se a ver um sector empresarial onde a actividade de I&D é tão relevante que determina a sua capacidade exportadora competitiva."

Tudo perfeito, então? "Não, temos ainda muito que fazer", diz o ministro. "No investimento, tanto do sector público como privado, ainda não atingimos a média europeia [1,9 por cento do PIB], mas fizemos um percurso de convergência. Há 20 anos, estávamos em 0,3 por cento." Também são precisos mais cientistas, diz, acrescentando que não se pode comparar um país com dez milhões de habitantes com outros que tenham mais. "Se compararmos Portugal com a Suécia ou a Suíça, países da nossa dimensão, vemos que o número de investigadores é consideravelmente superior." Teresa Firmino

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