Vettel viu bandeira de xadrez como o mais jovem campeão mundial

23-11-2010
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"Baby Schumi" bateu recorde de Hamilton e conquistou, aos 23 anos, o título em Abu Dhabi. Red Bull fez a corrida perfeita e Ferrari errou na estratégia

"A bandeira de xadrez é um estúpido pau de madeira com um pedaço de tecido, mas significa tanto quando se cruza a meta...". Esta frase é de Sebastian Vettel e foi proferida em 2007, quando era um jovem estreante na Fórmula 1, mas adequa-se na perfeição ao que o piloto alemão viveu ontem em Abu Dhabi, onde se tornou o mais jovem campeão mundial da história desta competição.

Quando cruzou a meta no circuito de Yas Marina, Vettel sabia apenas que estava a vencer o último Grande Prémio da temporada. Só então os seus engenheiros lhe contaram, via rádio, aquilo que os fãs de Fórmula 1 já antecipavam há alguns minutos. Ele é o novo campeão mundial. Ele é, aos 23 anos, quatro meses e 12 dias, o mais jovem de sempre a conquistar o título, batendo o recorde de Lewis Hamilton, que, em 2008, ganhou o campeonato aos 23 anos e 300 dias.

"Obrigado, rapazes. É inacreditável. Adoro-vos", disse Vettel, entre lágrimas, assim que soube da (boa) notícia. É que só aí o alemão percebeu que Fernando Alonso se ficara por um sétimo lugar, insuficiente para o espanhol ser campeão, apesar de ter partido para a última corrida do ano com mais 15 pontos do que Vettel.

O jovem alemão, apelidado de "Baby Schumi", conquista o título numa temporada em que foi dominador nas qualificações (conseguiu dez pole positions), mas sentiu problemas nas corridas. Venceu cinco provas e só no último dia ascendeu à liderança do Mundial, conquistando um título que, à entrada para a corrida, parecia estar quase nas mãos de Alonso.

O erro da Ferrari

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O piloto espanhol perdeu a hipótese de se tornar o mais jovem tricampeão de sempre e bem pode atribuí-lo à estratégia da sua equipa. O momento decisivo aconteceu à 15.ª volta, quando a Ferrari chamou Alonso às, para a obrigatória troca de pneus. Alonso era então quarto e mantinha-se como virtual campeão, tendo a corrida controlada.

Só que a opção da Ferrari - que foi uma reacção a uma paragem também precoce de Mark Webber (Red Bull), piloto que estava mais perto de Alonso no Mundial - revelou-se desastrosa. Após o regresso à pista, o espanhol apanhou muito tráfego e não mais conseguiu estar em posição de conquistar o título. Acabaria em sétimo (quando precisava de um 4.º lugar) e nem sequer conseguiu ultrapassar Vitaly Petrov (Renault).

"Talvez não tenha sido a opção correcta, mas depois da corrida é sempre muito fácil saber qual era a melhor estratégia", disse Alonso à BBC, admitindo que se concentrou na "marcação" a Webber: "Se não tivesse parado naquela altura, penso que provavelmente o Mark Webber me teria ultrapassado."

Para a derrota de Alonso também contribuíram as boas corridas dos dois McLaren (Hamilton foi segundo e Button terceiro) e de três outsiders nos lugares seguintes: Nico Rosberg (Mercedes), Robert Kubica (Renault) e Vitaly Petrov (Renault). E, claro, a corrida perfeita de Vettel, que esteve quase sempre na frente e viu o improvável tornar-se realidade. "Acreditei em mim", sublinhou o alemão, lembrando que há três anos Raikkonen também ganhou o título quando ninguém esperava. Só que dessa vez ganhou a Ferrari, agora foi a Red Bull.

"Baby Schumi" bateu recorde de Hamilton e conquistou, aos 23 anos, o título em Abu Dhabi. Red Bull fez a corrida perfeita e Ferrari errou na estratégia

"A bandeira de xadrez é um estúpido pau de madeira com um pedaço de tecido, mas significa tanto quando se cruza a meta...". Esta frase é de Sebastian Vettel e foi proferida em 2007, quando era um jovem estreante na Fórmula 1, mas adequa-se na perfeição ao que o piloto alemão viveu ontem em Abu Dhabi, onde se tornou o mais jovem campeão mundial da história desta competição.

Quando cruzou a meta no circuito de Yas Marina, Vettel sabia apenas que estava a vencer o último Grande Prémio da temporada. Só então os seus engenheiros lhe contaram, via rádio, aquilo que os fãs de Fórmula 1 já antecipavam há alguns minutos. Ele é o novo campeão mundial. Ele é, aos 23 anos, quatro meses e 12 dias, o mais jovem de sempre a conquistar o título, batendo o recorde de Lewis Hamilton, que, em 2008, ganhou o campeonato aos 23 anos e 300 dias.

"Obrigado, rapazes. É inacreditável. Adoro-vos", disse Vettel, entre lágrimas, assim que soube da (boa) notícia. É que só aí o alemão percebeu que Fernando Alonso se ficara por um sétimo lugar, insuficiente para o espanhol ser campeão, apesar de ter partido para a última corrida do ano com mais 15 pontos do que Vettel.

O jovem alemão, apelidado de "Baby Schumi", conquista o título numa temporada em que foi dominador nas qualificações (conseguiu dez pole positions), mas sentiu problemas nas corridas. Venceu cinco provas e só no último dia ascendeu à liderança do Mundial, conquistando um título que, à entrada para a corrida, parecia estar quase nas mãos de Alonso.

O erro da Ferrari

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O piloto espanhol perdeu a hipótese de se tornar o mais jovem tricampeão de sempre e bem pode atribuí-lo à estratégia da sua equipa. O momento decisivo aconteceu à 15.ª volta, quando a Ferrari chamou Alonso às, para a obrigatória troca de pneus. Alonso era então quarto e mantinha-se como virtual campeão, tendo a corrida controlada.

Só que a opção da Ferrari - que foi uma reacção a uma paragem também precoce de Mark Webber (Red Bull), piloto que estava mais perto de Alonso no Mundial - revelou-se desastrosa. Após o regresso à pista, o espanhol apanhou muito tráfego e não mais conseguiu estar em posição de conquistar o título. Acabaria em sétimo (quando precisava de um 4.º lugar) e nem sequer conseguiu ultrapassar Vitaly Petrov (Renault).

"Talvez não tenha sido a opção correcta, mas depois da corrida é sempre muito fácil saber qual era a melhor estratégia", disse Alonso à BBC, admitindo que se concentrou na "marcação" a Webber: "Se não tivesse parado naquela altura, penso que provavelmente o Mark Webber me teria ultrapassado."

Para a derrota de Alonso também contribuíram as boas corridas dos dois McLaren (Hamilton foi segundo e Button terceiro) e de três outsiders nos lugares seguintes: Nico Rosberg (Mercedes), Robert Kubica (Renault) e Vitaly Petrov (Renault). E, claro, a corrida perfeita de Vettel, que esteve quase sempre na frente e viu o improvável tornar-se realidade. "Acreditei em mim", sublinhou o alemão, lembrando que há três anos Raikkonen também ganhou o título quando ninguém esperava. Só que dessa vez ganhou a Ferrari, agora foi a Red Bull.

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