Despromoção quase inevitável do Comando Conjunto de Lisboa

23-11-2010
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Ministro diz que "Portugal não abdicará de ter a bandeira da NATO num comando em território nacional"

Oficialmente, o Governo português mantém a mesma ambição: quer manter o Comando Conjunto de Lisboa. Lutará até ao fim. Os ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa não se cansam de lembrar que todas as decisões da NATO são por consenso, deixando pairar a ameaça de um veto. Os argumentos em defesa do Comando de Oeiras são conhecidos. A sua "eficácia reconhecida", comprovada pela forma como está a levar a cabo a operação Escudo Oceânico contra a pirataria nas costas da Somália, disse ao PÚBLICO uma fonte diplomática em Lisboa. A sua valorização estratégica, "virado ao sul e ao Atlântico". A importância que continua a ter para os EUA a base das Lajes nos Açores, comprovando os galões de um país fundador e "atlantista". O próprio facto de ser o anfitrião desta cimeira também é considerado como um factor relevante, na medida em que a sua organização permitiu um contacto estreito com os EUA e com Bruxelas.

Tudo isto conta, tudo isto faz parte do processo negocial, mas não quer dizer que Lisboa não esteja preparada para aceitar uma "despromoção". Augusto Santos Silva tem recorrido a uma fórmula que abre para várias hipóteses: "Portugal não abdicará de ter a bandeira da NATO num comando em território nacional". A mesma fonte reconheceu também que o objectivo é "manter o comando, mesmo que ajustado e adaptado" à nova estrutura de forças. Porventura, o comando naval da Aliança. Mas a única certeza é que a competição vai ser dura até ao fim. T. de S.

Ministro diz que "Portugal não abdicará de ter a bandeira da NATO num comando em território nacional"

Oficialmente, o Governo português mantém a mesma ambição: quer manter o Comando Conjunto de Lisboa. Lutará até ao fim. Os ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa não se cansam de lembrar que todas as decisões da NATO são por consenso, deixando pairar a ameaça de um veto. Os argumentos em defesa do Comando de Oeiras são conhecidos. A sua "eficácia reconhecida", comprovada pela forma como está a levar a cabo a operação Escudo Oceânico contra a pirataria nas costas da Somália, disse ao PÚBLICO uma fonte diplomática em Lisboa. A sua valorização estratégica, "virado ao sul e ao Atlântico". A importância que continua a ter para os EUA a base das Lajes nos Açores, comprovando os galões de um país fundador e "atlantista". O próprio facto de ser o anfitrião desta cimeira também é considerado como um factor relevante, na medida em que a sua organização permitiu um contacto estreito com os EUA e com Bruxelas.

Tudo isto conta, tudo isto faz parte do processo negocial, mas não quer dizer que Lisboa não esteja preparada para aceitar uma "despromoção". Augusto Santos Silva tem recorrido a uma fórmula que abre para várias hipóteses: "Portugal não abdicará de ter a bandeira da NATO num comando em território nacional". A mesma fonte reconheceu também que o objectivo é "manter o comando, mesmo que ajustado e adaptado" à nova estrutura de forças. Porventura, o comando naval da Aliança. Mas a única certeza é que a competição vai ser dura até ao fim. T. de S.

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