Sessão de 6 de Dezembro de 1920. O ministro das Finanças apresenta à discussão uma proposta de lei, com um pedido de urgência aos deputados.. Um deles, Mariano Martins, considera necessitar de tempo para analisar o documento. E propõe que a discussão seja adiada por 48 horas. O deputado Pais Rovisco é de opinião contrária e solta um àparte: «Mais um dia!». Mariano Martins não achou graça: «Que quer V. Ex.ª dizer com isso? V. Ex.ª mostra o mais absoluto desconhecimento destes assuntos. Um assunto de tal natureza não se pode apreciar com consciência em menos de quinze dias...».«O sr. Pais Rovisco: Ora, ora...O sr. Mariano Martins: Irrita-me essa petulância...»«E não foi preciso mais nada: "Nesta altura - diz o Diário das Sessões - o sr. Pais Rovisco avança para o sr. Mariano Martins, dando-se uma cena de pugilato, que obriga o sr. Presidente a interromper a sessão».Sessão de 10 de Fevereiro de 1925. O deputado Julio Gonçalves classifica de miserável certa atitude do deputado Moura Pinto. Este atira-lhe com a ponta do cigarro que estava fumando. Aquele agradeceu-lhe a beata com um copo de vidro que, falhando o alvo, «foi apanhar a cabeça do sr. deputado Afonso de Melo, vítima inocente destas liberdades parlamentares».Fonte: Costa Brochado, «Para a História de um Regime», Editorial Império, 1949, págs. 32 e 44.
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Sessão de 6 de Dezembro de 1920. O ministro das Finanças apresenta à discussão uma proposta de lei, com um pedido de urgência aos deputados.. Um deles, Mariano Martins, considera necessitar de tempo para analisar o documento. E propõe que a discussão seja adiada por 48 horas. O deputado Pais Rovisco é de opinião contrária e solta um àparte: «Mais um dia!». Mariano Martins não achou graça: «Que quer V. Ex.ª dizer com isso? V. Ex.ª mostra o mais absoluto desconhecimento destes assuntos. Um assunto de tal natureza não se pode apreciar com consciência em menos de quinze dias...».«O sr. Pais Rovisco: Ora, ora...O sr. Mariano Martins: Irrita-me essa petulância...»«E não foi preciso mais nada: "Nesta altura - diz o Diário das Sessões - o sr. Pais Rovisco avança para o sr. Mariano Martins, dando-se uma cena de pugilato, que obriga o sr. Presidente a interromper a sessão».Sessão de 10 de Fevereiro de 1925. O deputado Julio Gonçalves classifica de miserável certa atitude do deputado Moura Pinto. Este atira-lhe com a ponta do cigarro que estava fumando. Aquele agradeceu-lhe a beata com um copo de vidro que, falhando o alvo, «foi apanhar a cabeça do sr. deputado Afonso de Melo, vítima inocente destas liberdades parlamentares».Fonte: Costa Brochado, «Para a História de um Regime», Editorial Império, 1949, págs. 32 e 44.