O país do Burro: Os cães estragam, a caravana paga

29-05-2010
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Publicamos hoje um artigo do Diário Económico onde podemos verificar, mais uma vez, em que mãos estamos entregues. Ressalta o tipo de argumentação, no bom estilo de como se faz política actualmente em Portugal, “nós matámos 1, vocês mataram 2, logo nós somos melhores do que vocês”. E os “maus” passam a “bons” e os “bons” passam a “maus”. Mas, se ambos mataram, onde estão os “bons” desta película?“"Malabarismos" do Governo PSD/CDS-PP custaram mais que as SCUT e o TGV DE com LusaO PS acusou hoje o PSD e o CDS-PP de terem criado encargos para o Estado superiores ao investimento nas SCUT e no TGV com "malabarismos" para diminuir o défice orçamental quando estiveram no Governo. Numa declaração política no Parlamento, o vice-presidente da bancada do PS Afonso Candal citou um parecer emitido hoje pelo Tribunal de Contas e argumentou que o documento afasta a ideia de "consolidação orçamental feita pelos governos de direita".O Tribunal de Contas emitiu hoje um parecer sobre a Conta Geral de Estado de 2004, na qual voltaram a ser detectadas situações de despesas sub-avaliadas e gastos não orçamentados.No parecer é feita uma análise crítica das operações realizadas para reduzir o défice para 3% em 2003 e 2004, como a transferência de fundos de pensões de empresas do Estado para a Caixa Geral de Aposentações.O deputado socialista Afonso Candal defendeu que os encargos para o Estado da transferência de fundos de pensões pelo Governo PSD/CDS-PP - "uma operação de cosmética e um malabarismo para haver um encaixe em 2003 e 2005" - durarão "não 22 anos mas até 2071, 66 anos"."São as vossas SCUT (auto-estradas sem custos para o utilizador)", acrescentou."Mas as SCUT servirão a população portuguesa e trarão um retorno que se espera positivo" enquanto a operação realização pelo Governo PSD/CDS-PP não trará "nenhum proveito", completou.Em relação às receitas extraordinárias provenientes da titularização de créditos da Segurança Social, o deputado do PS disse que "foram vendidos 11 400 milhões de euros por 1760 milhões de euros" para diminuir o défice "em 1,35%".Quanto à "diferença de 9640 milhões de euros", Afonso Candal sustentou que, das duas uma, "ou a ministra Manuela Ferreira Leite enganou o Citigroup(1)  e esses créditos não são cobráveis, ou são cobráveis e sobre eles o Estado nada recebeu".O vice-presidente da bancada socialista afirmou que os custos de "mais uma operação de cosmética" são superiores ao "custo total do TGV"."Este é o vosso TGV, sem linhas e sem comboios", concluiu.O deputado do CDS-PP Diogo Feio replicou que o anterior executivo baixou os impostos, enquanto o Governo do PS "preferiu subir os impostos" e o deputado do PSD Miguel Frasquilho declarou que os socialistas deveriam estar "agradecidos a Manuela Ferreira Leite" por ter sido levantado o processo instaurado a Portugal pela União Europeia por défice excessivo."Foi graças à acção do PS que Portugal viu ser-lhe instaurado um processo por défice excessivo. Foi uma situação muito embaraçosa. Fomos o primeiro país que a tal foi submetido", defendeu o social-democrata.Afonso Candal contrapôs que o processo por défice superior a 3% "acabou por ser levantado graças aos contribuintes portugueses, que vão pagar a habilidade da doutora Manuela Ferreira Leite até 2071" e sublinhou que nem o PSD nem o CDS-PP contestaram os números que apresentou.O deputado alegou ainda que esse processo foi instaurado "muito mais" por responsabildiade "do Governo PSD/CDS-PP" do que do PS, acusando o anterior executivo de se ter "esforçado" para "convencer a União Europeia de que o défice português era superior a 3%".”.E você, acredita nos glutões?(1) Negócio de milhões, realizado em segredo e sem concurso público.


Publicamos hoje um artigo do Diário Económico onde podemos verificar, mais uma vez, em que mãos estamos entregues. Ressalta o tipo de argumentação, no bom estilo de como se faz política actualmente em Portugal, “nós matámos 1, vocês mataram 2, logo nós somos melhores do que vocês”. E os “maus” passam a “bons” e os “bons” passam a “maus”. Mas, se ambos mataram, onde estão os “bons” desta película?“"Malabarismos" do Governo PSD/CDS-PP custaram mais que as SCUT e o TGV DE com LusaO PS acusou hoje o PSD e o CDS-PP de terem criado encargos para o Estado superiores ao investimento nas SCUT e no TGV com "malabarismos" para diminuir o défice orçamental quando estiveram no Governo. Numa declaração política no Parlamento, o vice-presidente da bancada do PS Afonso Candal citou um parecer emitido hoje pelo Tribunal de Contas e argumentou que o documento afasta a ideia de "consolidação orçamental feita pelos governos de direita".O Tribunal de Contas emitiu hoje um parecer sobre a Conta Geral de Estado de 2004, na qual voltaram a ser detectadas situações de despesas sub-avaliadas e gastos não orçamentados.No parecer é feita uma análise crítica das operações realizadas para reduzir o défice para 3% em 2003 e 2004, como a transferência de fundos de pensões de empresas do Estado para a Caixa Geral de Aposentações.O deputado socialista Afonso Candal defendeu que os encargos para o Estado da transferência de fundos de pensões pelo Governo PSD/CDS-PP - "uma operação de cosmética e um malabarismo para haver um encaixe em 2003 e 2005" - durarão "não 22 anos mas até 2071, 66 anos"."São as vossas SCUT (auto-estradas sem custos para o utilizador)", acrescentou."Mas as SCUT servirão a população portuguesa e trarão um retorno que se espera positivo" enquanto a operação realização pelo Governo PSD/CDS-PP não trará "nenhum proveito", completou.Em relação às receitas extraordinárias provenientes da titularização de créditos da Segurança Social, o deputado do PS disse que "foram vendidos 11 400 milhões de euros por 1760 milhões de euros" para diminuir o défice "em 1,35%".Quanto à "diferença de 9640 milhões de euros", Afonso Candal sustentou que, das duas uma, "ou a ministra Manuela Ferreira Leite enganou o Citigroup(1)  e esses créditos não são cobráveis, ou são cobráveis e sobre eles o Estado nada recebeu".O vice-presidente da bancada socialista afirmou que os custos de "mais uma operação de cosmética" são superiores ao "custo total do TGV"."Este é o vosso TGV, sem linhas e sem comboios", concluiu.O deputado do CDS-PP Diogo Feio replicou que o anterior executivo baixou os impostos, enquanto o Governo do PS "preferiu subir os impostos" e o deputado do PSD Miguel Frasquilho declarou que os socialistas deveriam estar "agradecidos a Manuela Ferreira Leite" por ter sido levantado o processo instaurado a Portugal pela União Europeia por défice excessivo."Foi graças à acção do PS que Portugal viu ser-lhe instaurado um processo por défice excessivo. Foi uma situação muito embaraçosa. Fomos o primeiro país que a tal foi submetido", defendeu o social-democrata.Afonso Candal contrapôs que o processo por défice superior a 3% "acabou por ser levantado graças aos contribuintes portugueses, que vão pagar a habilidade da doutora Manuela Ferreira Leite até 2071" e sublinhou que nem o PSD nem o CDS-PP contestaram os números que apresentou.O deputado alegou ainda que esse processo foi instaurado "muito mais" por responsabildiade "do Governo PSD/CDS-PP" do que do PS, acusando o anterior executivo de se ter "esforçado" para "convencer a União Europeia de que o défice português era superior a 3%".”.E você, acredita nos glutões?(1) Negócio de milhões, realizado em segredo e sem concurso público.

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