Sempre prontos a enfurecer-se e a sentir-se fanaticamente insultados por tudo e por nada, muitos muçulmanos, porém, têm uma enorme delicadeza e e uma sábia moderação humanística própria, conforme deveria acontecer de todas as vezes com todos os seres civilizados para além da própria matriz cultural e religiosa. Não é à toa que na Jordânia, país sabiamente liderado por Abdullah II, se vive numa grande paz: «Num discurso frente a líderes religiosos muçulmanos na maior mesquita de Amã, o Papa Bento XVI denunciou a “manipulação ideológica da religião” que pode levar à violência, no seu segundo dia de visita à Jordânia.» De resto, o Papa tem em vista exemplificar o máximo de tolerância e convergência no essencial quer com os sectores cristãos cindidos com Roma quer com o Islão mais blindado aos valores de uma paz harmoniosa e respeitosa com o diferente de si. Ninguém pode alienar-se nem abdicar da própria cultura e valores religiosos, mas todos são chamados ao amor indeclinável pelo próximo [no caso cristão mesmo pelo inimigo e por aqueles que nos odeiam] e esse caminho humano, humilde, terá de ser trilhado e mostrado exemplarmente, no caso dos cristãos, mesmo com imensos riscos pessoais, seja na sua integridade física, seja por todos os equívocos alimentados, meros focos pretextuais de agressividade contra o mensageiro, apesar da racionalidade e rectidão da mensagem. Quando se defende corajosamente os valores da Fé, o risco é contínuo. E nunca se podem defender esses valores contra o Homem: «O Papa Bento XVI visitou hoje a maior mesquita da Jordânia sem ter tirado na ocasião os sapatos, como é habitual dentro daqueles lugares sagrados da fé islâmica, o que foi justificado pelo porta-voz do Vaticano porque tal não lhe fora pedido pelos anfitriões.“Bento XVI estava pronto a fazê-lo, mas as pessoas que o acompanhavam levaram-no por um percurso especial e não lhe pediram para tirar os sapatos”, afirmou o padre Federico Lombardi, citado pelas agências noticiosas. E avançou que tal não deve ser interpretado como um sinal de desrespeito em relação ao Islão.»
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Sempre prontos a enfurecer-se e a sentir-se fanaticamente insultados por tudo e por nada, muitos muçulmanos, porém, têm uma enorme delicadeza e e uma sábia moderação humanística própria, conforme deveria acontecer de todas as vezes com todos os seres civilizados para além da própria matriz cultural e religiosa. Não é à toa que na Jordânia, país sabiamente liderado por Abdullah II, se vive numa grande paz: «Num discurso frente a líderes religiosos muçulmanos na maior mesquita de Amã, o Papa Bento XVI denunciou a “manipulação ideológica da religião” que pode levar à violência, no seu segundo dia de visita à Jordânia.» De resto, o Papa tem em vista exemplificar o máximo de tolerância e convergência no essencial quer com os sectores cristãos cindidos com Roma quer com o Islão mais blindado aos valores de uma paz harmoniosa e respeitosa com o diferente de si. Ninguém pode alienar-se nem abdicar da própria cultura e valores religiosos, mas todos são chamados ao amor indeclinável pelo próximo [no caso cristão mesmo pelo inimigo e por aqueles que nos odeiam] e esse caminho humano, humilde, terá de ser trilhado e mostrado exemplarmente, no caso dos cristãos, mesmo com imensos riscos pessoais, seja na sua integridade física, seja por todos os equívocos alimentados, meros focos pretextuais de agressividade contra o mensageiro, apesar da racionalidade e rectidão da mensagem. Quando se defende corajosamente os valores da Fé, o risco é contínuo. E nunca se podem defender esses valores contra o Homem: «O Papa Bento XVI visitou hoje a maior mesquita da Jordânia sem ter tirado na ocasião os sapatos, como é habitual dentro daqueles lugares sagrados da fé islâmica, o que foi justificado pelo porta-voz do Vaticano porque tal não lhe fora pedido pelos anfitriões.“Bento XVI estava pronto a fazê-lo, mas as pessoas que o acompanhavam levaram-no por um percurso especial e não lhe pediram para tirar os sapatos”, afirmou o padre Federico Lombardi, citado pelas agências noticiosas. E avançou que tal não deve ser interpretado como um sinal de desrespeito em relação ao Islão.»