Rei dos Leittões: Menino pechisbeque

22-01-2012
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Não é meu lugar tratar coisas que toda a nossa blogosfera torce e comenta - pelo menos em cima do acontecimento! Gosto de digerir e averiguar se há alguma coisa a acrescentar!Nesta linha, o caso do "Menino de Oiro" nem caberia aqui. Acontece que o PALAVROSSAVRVREX excede qualquer tratamento e o Joshua é um rico proprietário de palavras - este latifúndio que aqui deixo, de palavras, é dele. Ele, que muitas outras tem até nem se ver o fim! (baralhei-me com as vírgulas??)As biografias de jogadores de futebol normalmente são medíocres em tudo.Mesmo as dos treinadores de futebol o são claramente(a de Mourinho estava gralhística e terrivelmente mal escrita)assim como a de certos presidentes de clubes, que têm um péssimo estilo,por muito que vendam. «O Menino de Ouro do PS» é um título claramente futebolístico!A biografia autorizada de José Sócrates, o mais célebre optimista da nossa praça, não foge à regra. O quê? O biografado não é nem jogador, nem treinador, nem ex-amante de um dirigente desportivo?Pois não, mas a lógica que subjaz ao livro é a mesma:passar a existir, poder vender a existência,forçá-la a todos, a essa existência, mitificar o saco de batatas.E também exemplificar esses princípios batidos de auto-ajuda: Eu consigo!Eu era obscuro mas tornei-me no primeiro Primeiro-Ministro profissional do Mundo.Os outros são pessimistas e negativos. Mas eu sou optimista e positivo.Ou outros não tentam e por isso não conseguem.Eu consigo porque acredito, tento e luto.O resultado? O resultado é a venda intensiva de livroscomo aconteceu com Vitor Baía, Nuno Gomes, Carolina Salgado ou Figo,as quais, biografias, como se sabe,todas elas são rápida e extraordinariamente bem vendidase logo a seguir, por serem esquecíveis,bem esquecidas em Portugal a não ser por cineastas e procuradores-gerais-adjuntos.O resultado é atirar mais achas-porreiro-pá para a fogueira das vaidades espectacularesem causa e produzir contraste com o que vai maioritariamente de opostonas bastas psiques de desempregados, desiludidos e falidos em Portugal.KiWitorino e Dias Loureiro foram, histriónicos, ao show patético de lançamentode este best seller anunciado, o primeiro perorando, dentro do seu habitual número de circo,sobre o profissionalismo político do biografado, um precursor na matéria.O segundo a atropelar-se nas palavras e a arranjar ideias para levitarda maledicência e da malquerência públicas essa figura benfazeja para todos, o PM:sofregamente o dizia tão hiperbólico que doia,lembrando muito o muito inócuo e inexistente Alberto Martins,líder parlamentar! E Dias Loureiro testemunha ter-se emocionado!O homem relatou que se emocionou com o inesperado lado dos afectos do biografado!«Papá, papá, já sou Ministro...» A emotividade e Dias Loureiro seriam outra Biografia!Passar a existir, emergindo das cinzas da irrelevância, emociona qualquer um.Aliás, demos de repente pela sua existência, pela de Dias Loureiro,precisamente pelo que de magnífico e encomiástico teve a dizer do PM e da biografia,ali na solidão pungente daquela sala às moscas.Não consta que nos apercebamos dele em lado algum a fazer alguma coisa.Pronto, há o Conselho de Estado. Mas agora sabemos que o zénite do fervor socratinesconão está em Alegre e quejandos, não!, está todo em Dias Loureiro.Cheira-me ao milagre das chantagens contagotísticas do QREN,tendo em conta os bons comportamentos opinativos sobre o PMcomo critério, na dúvida, para dele, do QREN, se beneficiar!Mas afinal, o que é que se biografa aqui? O desrespeito pelas regras?,pela clareza de processos?, biografa-se a política-espectáculo?,a técnica da dilação?, do encapotamento?, das meias-tintas?,da mentira e outros artifícios processuais?, uma certa pressãozinha?,um certo controlozinho bem apertado?, uma certa deriva personalista e imagística?,um certo não olhar a meios?,um certo afrontamento estratégico de uma classe profissional de cada vez?,uma certa forma de preservar os privilégios da nomenklatura sustentacular do Poderalegremente dependurada anonimamente na Grande Teta Estatal?, como?,onerando impiedosamente toda a gente!,uma certa forma de “retórica” do Estado de Direito e do Social, mas só retórica?,um certo optimismo e positividade exclusivamente fotogénicos?,uma certa solidão providencial salazarística?, sim,essa virgindade salazarística absoluta com que se afeiçoou ao Podere o contempla embevecido, compenetradíssimo, messianíssimo,porque claramente sente ter desposado Portugal e que Portugal é todo Cio por ele,é isto que se biografa aqui? Só pode ser isto que se biografa aqui!A Eduarda Maio que me desculpe, mas o sucesso que auguro ao seu livroé o sucesso da biografia do Emplastro, se lha fizessem,a qual do ponto de vista da utilidade e do interesse gerais,neste tempo de angústias e angustiado cerco geral a toda a gente,seria tudo o que se encontra por aí ao preço da uva mijona.


Não é meu lugar tratar coisas que toda a nossa blogosfera torce e comenta - pelo menos em cima do acontecimento! Gosto de digerir e averiguar se há alguma coisa a acrescentar!Nesta linha, o caso do "Menino de Oiro" nem caberia aqui. Acontece que o PALAVROSSAVRVREX excede qualquer tratamento e o Joshua é um rico proprietário de palavras - este latifúndio que aqui deixo, de palavras, é dele. Ele, que muitas outras tem até nem se ver o fim! (baralhei-me com as vírgulas??)As biografias de jogadores de futebol normalmente são medíocres em tudo.Mesmo as dos treinadores de futebol o são claramente(a de Mourinho estava gralhística e terrivelmente mal escrita)assim como a de certos presidentes de clubes, que têm um péssimo estilo,por muito que vendam. «O Menino de Ouro do PS» é um título claramente futebolístico!A biografia autorizada de José Sócrates, o mais célebre optimista da nossa praça, não foge à regra. O quê? O biografado não é nem jogador, nem treinador, nem ex-amante de um dirigente desportivo?Pois não, mas a lógica que subjaz ao livro é a mesma:passar a existir, poder vender a existência,forçá-la a todos, a essa existência, mitificar o saco de batatas.E também exemplificar esses princípios batidos de auto-ajuda: Eu consigo!Eu era obscuro mas tornei-me no primeiro Primeiro-Ministro profissional do Mundo.Os outros são pessimistas e negativos. Mas eu sou optimista e positivo.Ou outros não tentam e por isso não conseguem.Eu consigo porque acredito, tento e luto.O resultado? O resultado é a venda intensiva de livroscomo aconteceu com Vitor Baía, Nuno Gomes, Carolina Salgado ou Figo,as quais, biografias, como se sabe,todas elas são rápida e extraordinariamente bem vendidase logo a seguir, por serem esquecíveis,bem esquecidas em Portugal a não ser por cineastas e procuradores-gerais-adjuntos.O resultado é atirar mais achas-porreiro-pá para a fogueira das vaidades espectacularesem causa e produzir contraste com o que vai maioritariamente de opostonas bastas psiques de desempregados, desiludidos e falidos em Portugal.KiWitorino e Dias Loureiro foram, histriónicos, ao show patético de lançamentode este best seller anunciado, o primeiro perorando, dentro do seu habitual número de circo,sobre o profissionalismo político do biografado, um precursor na matéria.O segundo a atropelar-se nas palavras e a arranjar ideias para levitarda maledicência e da malquerência públicas essa figura benfazeja para todos, o PM:sofregamente o dizia tão hiperbólico que doia,lembrando muito o muito inócuo e inexistente Alberto Martins,líder parlamentar! E Dias Loureiro testemunha ter-se emocionado!O homem relatou que se emocionou com o inesperado lado dos afectos do biografado!«Papá, papá, já sou Ministro...» A emotividade e Dias Loureiro seriam outra Biografia!Passar a existir, emergindo das cinzas da irrelevância, emociona qualquer um.Aliás, demos de repente pela sua existência, pela de Dias Loureiro,precisamente pelo que de magnífico e encomiástico teve a dizer do PM e da biografia,ali na solidão pungente daquela sala às moscas.Não consta que nos apercebamos dele em lado algum a fazer alguma coisa.Pronto, há o Conselho de Estado. Mas agora sabemos que o zénite do fervor socratinesconão está em Alegre e quejandos, não!, está todo em Dias Loureiro.Cheira-me ao milagre das chantagens contagotísticas do QREN,tendo em conta os bons comportamentos opinativos sobre o PMcomo critério, na dúvida, para dele, do QREN, se beneficiar!Mas afinal, o que é que se biografa aqui? O desrespeito pelas regras?,pela clareza de processos?, biografa-se a política-espectáculo?,a técnica da dilação?, do encapotamento?, das meias-tintas?,da mentira e outros artifícios processuais?, uma certa pressãozinha?,um certo controlozinho bem apertado?, uma certa deriva personalista e imagística?,um certo não olhar a meios?,um certo afrontamento estratégico de uma classe profissional de cada vez?,uma certa forma de preservar os privilégios da nomenklatura sustentacular do Poderalegremente dependurada anonimamente na Grande Teta Estatal?, como?,onerando impiedosamente toda a gente!,uma certa forma de “retórica” do Estado de Direito e do Social, mas só retórica?,um certo optimismo e positividade exclusivamente fotogénicos?,uma certa solidão providencial salazarística?, sim,essa virgindade salazarística absoluta com que se afeiçoou ao Podere o contempla embevecido, compenetradíssimo, messianíssimo,porque claramente sente ter desposado Portugal e que Portugal é todo Cio por ele,é isto que se biografa aqui? Só pode ser isto que se biografa aqui!A Eduarda Maio que me desculpe, mas o sucesso que auguro ao seu livroé o sucesso da biografia do Emplastro, se lha fizessem,a qual do ponto de vista da utilidade e do interesse gerais,neste tempo de angústias e angustiado cerco geral a toda a gente,seria tudo o que se encontra por aí ao preço da uva mijona.

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