mentesdespertas: País "sui generis"

01-07-2011
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Portugal é (parece) um país constantemente adiado. Veja-se o que se está a passar com o pós-referendo de 11 de Fevereiro. Enquanto o Procurador-Geral da República, interpretando o significado do resultado, foi consequente e mandou suspender todos os processos judiciais respeitantes à interrupção voluntária da gravidez, a classe política, nomeadamente o PS, dá mostras de desorientação. Ficou com a criança no colo, salvo seja, e anda num emaranhado de contradições. Durante a campanha, ouviu-se uma ou outra voz isolada do lado do SIM a favor da instituição de uma comissão de aconselhamento às mulheres que pretendessem consumar o acto. Na noite da vitória, o Eng. Sócrates, talvez enebriado pela vitória, veio afirmar a necessidade de legislar no sentido de haver um prazo de aconselhamento. Logo no dia seguinte, o líder parlamentar do PS, Alberto Martins, desmente o "chefe" e disse que não era preciso aconselhamento algum. Liberalização, pura e simples. A gente ouve e não estranha, infelizmente. Já estamos habituados a este constante adiar. Entretanto, a Presidência da República já lançou o primeiro aviso.Vamos esperar pelo que se vai passar na Assembleia da República e aos golpes de rins a que ainda vamos assistir.Etiquetas: governo, referendo

Portugal é (parece) um país constantemente adiado. Veja-se o que se está a passar com o pós-referendo de 11 de Fevereiro. Enquanto o Procurador-Geral da República, interpretando o significado do resultado, foi consequente e mandou suspender todos os processos judiciais respeitantes à interrupção voluntária da gravidez, a classe política, nomeadamente o PS, dá mostras de desorientação. Ficou com a criança no colo, salvo seja, e anda num emaranhado de contradições. Durante a campanha, ouviu-se uma ou outra voz isolada do lado do SIM a favor da instituição de uma comissão de aconselhamento às mulheres que pretendessem consumar o acto. Na noite da vitória, o Eng. Sócrates, talvez enebriado pela vitória, veio afirmar a necessidade de legislar no sentido de haver um prazo de aconselhamento. Logo no dia seguinte, o líder parlamentar do PS, Alberto Martins, desmente o "chefe" e disse que não era preciso aconselhamento algum. Liberalização, pura e simples. A gente ouve e não estranha, infelizmente. Já estamos habituados a este constante adiar. Entretanto, a Presidência da República já lançou o primeiro aviso.Vamos esperar pelo que se vai passar na Assembleia da República e aos golpes de rins a que ainda vamos assistir.Etiquetas: governo, referendo

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