O consumidor português é viciado em promoções

11-10-2013
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A compra de bens de consumo caiu 3,7% no primeiro semestre deste ano e, depois de uma ligeira recuperação, voltou a recuar com a crise política que aqueceu o Verão.

As famílias portuguesas estão a consumir menos e são cada vez mais viciadas em promoções. No primeiro semestre deste ano, a compra de bens de grande consumo caiu 3,7%. Na Europa, só a Grécia caiu mais (3,9%). Já em Espanha e na Irlanda o recuo foi de apenas 1,1% e 1,5%.

Esta perda é ainda mais significativa se tivermos em conta que, habitualmente, o grande consumo não tem perdas em volume e é um dos sectores que melhor resiste à crise. Estes valores contam de um estudo da Kantar Worldpanel que vai ser apresentado hoje no Primeiro Encontro da Distribuição em Portugal, uma iniciativa da AESE/in-Store Media que junta empresários da distribuição para responder à pergunta: como é que as marcas se podem adaptar ao novo consumidor?

Apesar dos níveis de consumo terem melhorado residualmente no início da segunda metade do ano, a empresa de estudos de mercado verificou que voltaram a cair em seguida. "Não sabemos muito bem quais foram as causas, mas a verdade é que coincidiu com a crise política", refere Paulo Caldeira, director de marketing da Kantar Worldpanel.

Os números e os comportamentos do consumidor português mostram que ele está no que se pode chamar de "survival mode", "não quer dizer que as pessoas estejam em modo de sobrevivência, mas que estão em modo de caça. Só compram o essencial, procuram as melhores promoções e os melhores preços e compram pouco de cada vez", explica o especialista.

Face à instabilidade da económica, os portugueses procuram ter uma única certeza: que fazem o melhor negócio possível. Seja qual for a sua lista de compras, o consumidor vai ajustá-la aquilo que for considerado o melhor negócio no dia em que vai fazer compras. "Neste momento, o consumidor está completamente viciado em promoções", acrescenta.

Na busca pelo melhor preço, o consumidor é capaz de percorrer várias lojas de diferentes insígnias. De acordo com a consultora, hoje, 85% dos portugueses preocupa-se com as promoções, quando há cinco anos apenas 65% estavam atentos aos descontos praticados pelas marcas.

O mesmo estudo revela que os portugueses vão o mesmo número de vezes às compras, mas compram menos 4,9% (em volume) de cada vez.

Estes dados ajudam a traçar o perfil dos novos consumidores - são mais profissionais na forma como compram, procuram promoções, focam-se no essencial e no básico (com destaque para a alimentação) e aquilo a que o marketing tem chamado o "novo normal".

À procura das promoções que existem nos pontos de venda, os portugueses aderiram pouco às compras ‘online'. Paulo Caldeira garante que o número de consumidores que utiliza as novas tecnologias para comprar produtos de grande consumo "ainda é marginal".

Para se adaptarem ao "novo normal" as marcas terão de repensar o tamanho das embalagens (volume por acto) e investir na inovação, defende o responsável da Kantar Worldpanel.

A compra de bens de consumo caiu 3,7% no primeiro semestre deste ano e, depois de uma ligeira recuperação, voltou a recuar com a crise política que aqueceu o Verão.

As famílias portuguesas estão a consumir menos e são cada vez mais viciadas em promoções. No primeiro semestre deste ano, a compra de bens de grande consumo caiu 3,7%. Na Europa, só a Grécia caiu mais (3,9%). Já em Espanha e na Irlanda o recuo foi de apenas 1,1% e 1,5%.

Esta perda é ainda mais significativa se tivermos em conta que, habitualmente, o grande consumo não tem perdas em volume e é um dos sectores que melhor resiste à crise. Estes valores contam de um estudo da Kantar Worldpanel que vai ser apresentado hoje no Primeiro Encontro da Distribuição em Portugal, uma iniciativa da AESE/in-Store Media que junta empresários da distribuição para responder à pergunta: como é que as marcas se podem adaptar ao novo consumidor?

Apesar dos níveis de consumo terem melhorado residualmente no início da segunda metade do ano, a empresa de estudos de mercado verificou que voltaram a cair em seguida. "Não sabemos muito bem quais foram as causas, mas a verdade é que coincidiu com a crise política", refere Paulo Caldeira, director de marketing da Kantar Worldpanel.

Os números e os comportamentos do consumidor português mostram que ele está no que se pode chamar de "survival mode", "não quer dizer que as pessoas estejam em modo de sobrevivência, mas que estão em modo de caça. Só compram o essencial, procuram as melhores promoções e os melhores preços e compram pouco de cada vez", explica o especialista.

Face à instabilidade da económica, os portugueses procuram ter uma única certeza: que fazem o melhor negócio possível. Seja qual for a sua lista de compras, o consumidor vai ajustá-la aquilo que for considerado o melhor negócio no dia em que vai fazer compras. "Neste momento, o consumidor está completamente viciado em promoções", acrescenta.

Na busca pelo melhor preço, o consumidor é capaz de percorrer várias lojas de diferentes insígnias. De acordo com a consultora, hoje, 85% dos portugueses preocupa-se com as promoções, quando há cinco anos apenas 65% estavam atentos aos descontos praticados pelas marcas.

O mesmo estudo revela que os portugueses vão o mesmo número de vezes às compras, mas compram menos 4,9% (em volume) de cada vez.

Estes dados ajudam a traçar o perfil dos novos consumidores - são mais profissionais na forma como compram, procuram promoções, focam-se no essencial e no básico (com destaque para a alimentação) e aquilo a que o marketing tem chamado o "novo normal".

À procura das promoções que existem nos pontos de venda, os portugueses aderiram pouco às compras ‘online'. Paulo Caldeira garante que o número de consumidores que utiliza as novas tecnologias para comprar produtos de grande consumo "ainda é marginal".

Para se adaptarem ao "novo normal" as marcas terão de repensar o tamanho das embalagens (volume por acto) e investir na inovação, defende o responsável da Kantar Worldpanel.

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