Novo líder da bancada do PSD começa hoje frente a Sócrates

19-04-2010
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Com uma maioria bem mais confortável do que Rangel e Santana Lopes, Miguel Macedo foi ontem eleito líder parlamentar do PSD por uma esmagadora maioria de votos. "Sinto que o grupo está coeso, o resultado é a expressão dessa coesão", disse Miguel Macedo, que encabeçava uma lista única. Hoje, o novo líder da bancada terá o seu primeiro teste no frente-a-frente com o primeiro-ministro no debate quinzenal.

Com 71 votos a favor, oito brancos e dois nulos, Miguel Macedo ficou perto da quase unanimidade em torno do seu antecessor, Aguiar Branco (77 a favor e três em branco), mas bem mais confortável do que Paulo Rangel (41 votos a favor e 23 contra) e do que Santana Lopes (53 favoráveis e 11 contra). Foram também eleitos vice-presidentes Luís Montenegro, Luís Menezes, Pedro Duarte, Miguel Frasquilho, Teresa Morais, Adão Silva, Almeida Henriques, Fernando Negrão e Pedro Lynce.

Miguel Macedo, 50 anos, foi dirigente da JSD (onde conheceu Passos Coelho) e secretário de Estado da Juventude no primeiro Governo de maioria absoluta liderado por Cavaco Silva. Foi também secretário de Estado no último Governo PSD/CDS-PP e na liderança de Marques Mendes assumiu o cargo de secretário-geral do PSD.

No dia em que foi eleita a nova direcção da bancada do PSD, os sociais-democratas trouxeram a plenário as linhas essenciais do novo programa político: o tributo social e a revisão constitucional (ver texto acima). Luís Montenegro defendeu o "tributo social" a quem recebe prestações do Estado, como forma de "recompensar essa solidariedade dispondo a favor da sociedade uma parte da sua capacidade de trabalho". O princípio suscitou críticas da esquerda.

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Esse discurso "não é mais do que a radicalização de ataque ao Estado social", atirou José Manuel Pureza, líder parlamentar do BE, lançando uma pergunta: "Estamos a falar de direitos ou de retribuições?" Luís Montenegro deu a resposta: "Estamos a falar de direitos, mas que implicam também deveres." E sublinhou a "diferença entre aqueles que alimentam a pobreza e os que querem ultrapassar as dificuldades".

A eleição de Passos Coelho e as propostas avançadas pelo novo líder no congresso de Carcavelos levam o PCP a antever a estratégia "laranja" nos próximos meses. "O PSD vai absorver o populismo de direita e aprofundar o neoliberalismo do Governo PS", afirmou o líder parlamentar do PCP, Bernardino Soares. Uma antevisão recusada por Montenegro, defendendo que "o Governo PS tem sido tão inconsequente que não é possível que o PSD faça pior".

Com uma maioria bem mais confortável do que Rangel e Santana Lopes, Miguel Macedo foi ontem eleito líder parlamentar do PSD por uma esmagadora maioria de votos. "Sinto que o grupo está coeso, o resultado é a expressão dessa coesão", disse Miguel Macedo, que encabeçava uma lista única. Hoje, o novo líder da bancada terá o seu primeiro teste no frente-a-frente com o primeiro-ministro no debate quinzenal.

Com 71 votos a favor, oito brancos e dois nulos, Miguel Macedo ficou perto da quase unanimidade em torno do seu antecessor, Aguiar Branco (77 a favor e três em branco), mas bem mais confortável do que Paulo Rangel (41 votos a favor e 23 contra) e do que Santana Lopes (53 favoráveis e 11 contra). Foram também eleitos vice-presidentes Luís Montenegro, Luís Menezes, Pedro Duarte, Miguel Frasquilho, Teresa Morais, Adão Silva, Almeida Henriques, Fernando Negrão e Pedro Lynce.

Miguel Macedo, 50 anos, foi dirigente da JSD (onde conheceu Passos Coelho) e secretário de Estado da Juventude no primeiro Governo de maioria absoluta liderado por Cavaco Silva. Foi também secretário de Estado no último Governo PSD/CDS-PP e na liderança de Marques Mendes assumiu o cargo de secretário-geral do PSD.

No dia em que foi eleita a nova direcção da bancada do PSD, os sociais-democratas trouxeram a plenário as linhas essenciais do novo programa político: o tributo social e a revisão constitucional (ver texto acima). Luís Montenegro defendeu o "tributo social" a quem recebe prestações do Estado, como forma de "recompensar essa solidariedade dispondo a favor da sociedade uma parte da sua capacidade de trabalho". O princípio suscitou críticas da esquerda.

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Esse discurso "não é mais do que a radicalização de ataque ao Estado social", atirou José Manuel Pureza, líder parlamentar do BE, lançando uma pergunta: "Estamos a falar de direitos ou de retribuições?" Luís Montenegro deu a resposta: "Estamos a falar de direitos, mas que implicam também deveres." E sublinhou a "diferença entre aqueles que alimentam a pobreza e os que querem ultrapassar as dificuldades".

A eleição de Passos Coelho e as propostas avançadas pelo novo líder no congresso de Carcavelos levam o PCP a antever a estratégia "laranja" nos próximos meses. "O PSD vai absorver o populismo de direita e aprofundar o neoliberalismo do Governo PS", afirmou o líder parlamentar do PCP, Bernardino Soares. Uma antevisão recusada por Montenegro, defendendo que "o Governo PS tem sido tão inconsequente que não é possível que o PSD faça pior".

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