Mais pelo Minho: A Europa, lá tão longe

23-05-2011
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Se dúvidas existissem de que a população portuguesa está alheada de tudo o que gira em torno das eleições europeias do próximo domingo, o comício de ontem do PS por Terras de Coura é disso exemplo. Um Centro Cultural com pouca gente de pé e alguns lugares sentados ainda vazios, foi o fraco cenário que acolheu a única passagem de um candidato europeu pelo concelho. Ainda assim, rezam as crónicas de quem tem acompanhado o dia-a-dia da campanha eleitoral, o comício de ontem em Paredes de Coura conseguiu reunir mais gente que o da véspera, realizado em Setúbal. Fraco sinal da adesão popular às questões europeias, à política de uma forma geral.Todos os dias as sondagens nos dão a conhecer as percentagens estimadas para cada candidato e, acima de tudo, mostram-nos a grande percentagem de portugueses que simplesmente não vai votar. E não vai votar não porque não possa, ou porque entenda que o facto de não ir votar poderá mostrar o seu descontentamento face a alguma coisa. Simplesmente não vai votar porque, como costuma dizer uma amiga minha, “está nem aí” e acha que a sua representação na Europa não é assunto que lhe mereça perder mais do que os poucos segundos que demora a pegar no comando da televisão para mudar de canal quando o noticiário começa a dar as últimas da campanha. Também os candidatos têm sentido esse alheamento e daí o apelo que Vital Moreira e os outros que subiram ontem ao palco do Centro Cultural fizeram ao voto no domingo, como forma de luta contra a abstenção.Vital Moreira, aliás, deve ter-se apercebido do desinteresse com que eram recebidas as suas palavras sobre a Europa, com os lugares vazios a aumentarem à medida que o discurso avançava e a “festa” a só ficar segura pelos jovens socialistas que a caravana trouxe até Paredes de Coura. O “povo” ali reunido vibrou mais com a intervenção de Rui Solheiro, que trouxe à ribalta os investimentos que o Governo, através dos recursos europeus, fez e vai fazer no Alto Minho, com o TGV à cabeça. Ou com Pereira Júnior que, em jeito de prenúncio, lembrou a particularidade de, sempre que nas campanha eleitorais passadas o comício distrital do PS foi feito em Paredes de Coura, os resultados nas urnas deram a vitória aos socialistas.As outras questões, mais políticas, mas tecnicistas, ficam para outra oportunidade. Com sorte para as legislativas, se não for mais tarde.


Se dúvidas existissem de que a população portuguesa está alheada de tudo o que gira em torno das eleições europeias do próximo domingo, o comício de ontem do PS por Terras de Coura é disso exemplo. Um Centro Cultural com pouca gente de pé e alguns lugares sentados ainda vazios, foi o fraco cenário que acolheu a única passagem de um candidato europeu pelo concelho. Ainda assim, rezam as crónicas de quem tem acompanhado o dia-a-dia da campanha eleitoral, o comício de ontem em Paredes de Coura conseguiu reunir mais gente que o da véspera, realizado em Setúbal. Fraco sinal da adesão popular às questões europeias, à política de uma forma geral.Todos os dias as sondagens nos dão a conhecer as percentagens estimadas para cada candidato e, acima de tudo, mostram-nos a grande percentagem de portugueses que simplesmente não vai votar. E não vai votar não porque não possa, ou porque entenda que o facto de não ir votar poderá mostrar o seu descontentamento face a alguma coisa. Simplesmente não vai votar porque, como costuma dizer uma amiga minha, “está nem aí” e acha que a sua representação na Europa não é assunto que lhe mereça perder mais do que os poucos segundos que demora a pegar no comando da televisão para mudar de canal quando o noticiário começa a dar as últimas da campanha. Também os candidatos têm sentido esse alheamento e daí o apelo que Vital Moreira e os outros que subiram ontem ao palco do Centro Cultural fizeram ao voto no domingo, como forma de luta contra a abstenção.Vital Moreira, aliás, deve ter-se apercebido do desinteresse com que eram recebidas as suas palavras sobre a Europa, com os lugares vazios a aumentarem à medida que o discurso avançava e a “festa” a só ficar segura pelos jovens socialistas que a caravana trouxe até Paredes de Coura. O “povo” ali reunido vibrou mais com a intervenção de Rui Solheiro, que trouxe à ribalta os investimentos que o Governo, através dos recursos europeus, fez e vai fazer no Alto Minho, com o TGV à cabeça. Ou com Pereira Júnior que, em jeito de prenúncio, lembrou a particularidade de, sempre que nas campanha eleitorais passadas o comício distrital do PS foi feito em Paredes de Coura, os resultados nas urnas deram a vitória aos socialistas.As outras questões, mais políticas, mas tecnicistas, ficam para outra oportunidade. Com sorte para as legislativas, se não for mais tarde.

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