Mais pelo Minho: A mesma água… mas mais cara

20-05-2011
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No próximo mês não se admire se a sua factura da água vier mais recheada. Razão: a Câmara de Paredes de Coura vai aumentar as tarifas da água e do saneamento. Mais 50% por cento no caso da água, mais 300% (sim, trezentos) no caso do saneamento.A justificação da autarquia, pela mão do próprio presidente, já começou a chegar aos consumidores, num desdobrável onde António Pereira Júnior justifica o aumento com a obrigatoriedade de, ao abrigo da Lei de Finanças Locais, os preços cobrados pela prestação destes serviços não poderem ser inferiores aos custos suportados pela autarquia. Até aqui, nada contra: lei é lei, mesmo quando não se concorda há que cumprir. O problema surge quando o cenário que agora se apresenta, com o argumento de em 2010 a conta de exploração do serviço de águas e saneamento ter apresentado um resultado negativo de mais de 362 mil euros, já ser previsível há muito.Ainda no final de 2007, quando se discutia a concessão da rede de distribuição, já eram dados como garantidos aumentos astronómicos nos valores a cobrar aos consumidores, muito embora na altura se dissesse que esta operação iria trazer grandes poupanças à autarquia courense, nunca se falando em défice na conta de exploração. O assunto voltou a estar na ordem do dia em meados do ano passado, por ocasião da incorporação das Águas do Minho e Lima na maior e mais abrangente Águas do Noroeste, tendo na altura os municípios da CIM Minho-Lima equacionado até a hipótese de criarem uma nova empresa, de cariz intermunicipal, que se substituísse à Águas do Noroeste, possibilitando a prática de preços mais baixos.A nova empresa, contudo, não chegou a avançar. O mesmo não se pode dizer dos aumentos, mercê do corte da comparticipação da autarquia no custo final da água e do saneamento. Recorde-se que, na água, por exemplo, a autarquia financiava até agora metade do custo do m3, pagando o consumidor apenas a outra metade. Agora, com resultados negativos e crise à porta, o fardo cai para o lado do mais fraco: o utente, que não se pode queixar de não ter sido avisado pelo próprio presidente da Câmara, ainda na última entrevista que deu ao Notícias de Coura, em Janeiro deste ano.


No próximo mês não se admire se a sua factura da água vier mais recheada. Razão: a Câmara de Paredes de Coura vai aumentar as tarifas da água e do saneamento. Mais 50% por cento no caso da água, mais 300% (sim, trezentos) no caso do saneamento.A justificação da autarquia, pela mão do próprio presidente, já começou a chegar aos consumidores, num desdobrável onde António Pereira Júnior justifica o aumento com a obrigatoriedade de, ao abrigo da Lei de Finanças Locais, os preços cobrados pela prestação destes serviços não poderem ser inferiores aos custos suportados pela autarquia. Até aqui, nada contra: lei é lei, mesmo quando não se concorda há que cumprir. O problema surge quando o cenário que agora se apresenta, com o argumento de em 2010 a conta de exploração do serviço de águas e saneamento ter apresentado um resultado negativo de mais de 362 mil euros, já ser previsível há muito.Ainda no final de 2007, quando se discutia a concessão da rede de distribuição, já eram dados como garantidos aumentos astronómicos nos valores a cobrar aos consumidores, muito embora na altura se dissesse que esta operação iria trazer grandes poupanças à autarquia courense, nunca se falando em défice na conta de exploração. O assunto voltou a estar na ordem do dia em meados do ano passado, por ocasião da incorporação das Águas do Minho e Lima na maior e mais abrangente Águas do Noroeste, tendo na altura os municípios da CIM Minho-Lima equacionado até a hipótese de criarem uma nova empresa, de cariz intermunicipal, que se substituísse à Águas do Noroeste, possibilitando a prática de preços mais baixos.A nova empresa, contudo, não chegou a avançar. O mesmo não se pode dizer dos aumentos, mercê do corte da comparticipação da autarquia no custo final da água e do saneamento. Recorde-se que, na água, por exemplo, a autarquia financiava até agora metade do custo do m3, pagando o consumidor apenas a outra metade. Agora, com resultados negativos e crise à porta, o fardo cai para o lado do mais fraco: o utente, que não se pode queixar de não ter sido avisado pelo próprio presidente da Câmara, ainda na última entrevista que deu ao Notícias de Coura, em Janeiro deste ano.

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