Mais pelo Minho: Pagar? Só daqui a nove meses!

23-05-2011
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MUNICÍPIO 31-12-09 31-3-10 30-6-10 30-9-10 31-12-10 ARCOS DE VALDEVEZ 67 54 53 55 54 CAMINHA 104 105 114 126 140 MELGAÇO 116 129 140 133 47 MONÇÃO 13 14 19 24 139 PAREDES DE COURA 189 198 204 268 267 PONTE DA BARCA 83 93 103 113 121 PONTE DE LIMA 12 13 13 21 17 VALENÇA - - - - - VIANA DO CASTELO 69 83 109 126 101 VILA NOVA DE CERVEIRA 46 57 67 79 61 O município de Paredes de Coura encabeça, no distrito, a lista de autarquias que mais tempo demoram a saldar as suas dívidas a fornecedores. Isso mesmo revelam os dados da Direcção Geral das Autarquias Locais, referentes ao prazo médio de pagamento dos municípios no final de 2010. Nada de surpreendente, pois já no final de 2009 era a Câmara de Paredes de Coura quem mais tempo demorava a pagar. No entanto, se em 2009 o prazo médio de pagamento era de 189 dias, ao longo de 2010 esse prazo foi dilatando, dilatando e acabou o ano nos 267 dias. Contas por alto, são praticamente nove meses à espera de receber. Paredes de Coura, contudo, não é caso único no aumento escandaloso do prazo médio de pagamento. Veja-se, por exemplo, os casos de Monção, cumpridora em 2009 e que agora obriga os fornecedores a esperar 139 dias, ou de Viana do Castelo e Ponte da Barca, cujos prazos de pagamento também sofreram um forte crescimento ao longo do ano passado. Não é, contudo, o panorama geral do distrito, já que, do outro lado da barricada temos, por exemplo, Arcos de Valdevez, que conseguiu reduzir em alguns dias o prazo médio de pagamento, e Melgaço, que passou a pagar em menos de metade do tempo que em 2009. Estes números do prazo médio de pagamento traduzem ainda uma outra realidade: a da dificuldade que muitas pequenas empresas sentem quando trabalham com as autarquias. Se é certo que, em muitos casos, as câmaras negoceiam as dívidas a fornecedores com entidades bancária, enganando a estatística, noutros casos não é difícil adivinhar as adversidades sentidas quando as contas não esperam, mas o dinheiro só entra em caixa ao final de nove meses. Só lhes resta pensar que há quem esteja em pior situação. Quem tenha de esperar 903 dias pelos pagamentos da Câmara de Borba, ou mais de 1200 dias para lograr receber da Câmara de Porto Santo.


MUNICÍPIO 31-12-09 31-3-10 30-6-10 30-9-10 31-12-10 ARCOS DE VALDEVEZ 67 54 53 55 54 CAMINHA 104 105 114 126 140 MELGAÇO 116 129 140 133 47 MONÇÃO 13 14 19 24 139 PAREDES DE COURA 189 198 204 268 267 PONTE DA BARCA 83 93 103 113 121 PONTE DE LIMA 12 13 13 21 17 VALENÇA - - - - - VIANA DO CASTELO 69 83 109 126 101 VILA NOVA DE CERVEIRA 46 57 67 79 61 O município de Paredes de Coura encabeça, no distrito, a lista de autarquias que mais tempo demoram a saldar as suas dívidas a fornecedores. Isso mesmo revelam os dados da Direcção Geral das Autarquias Locais, referentes ao prazo médio de pagamento dos municípios no final de 2010. Nada de surpreendente, pois já no final de 2009 era a Câmara de Paredes de Coura quem mais tempo demorava a pagar. No entanto, se em 2009 o prazo médio de pagamento era de 189 dias, ao longo de 2010 esse prazo foi dilatando, dilatando e acabou o ano nos 267 dias. Contas por alto, são praticamente nove meses à espera de receber. Paredes de Coura, contudo, não é caso único no aumento escandaloso do prazo médio de pagamento. Veja-se, por exemplo, os casos de Monção, cumpridora em 2009 e que agora obriga os fornecedores a esperar 139 dias, ou de Viana do Castelo e Ponte da Barca, cujos prazos de pagamento também sofreram um forte crescimento ao longo do ano passado. Não é, contudo, o panorama geral do distrito, já que, do outro lado da barricada temos, por exemplo, Arcos de Valdevez, que conseguiu reduzir em alguns dias o prazo médio de pagamento, e Melgaço, que passou a pagar em menos de metade do tempo que em 2009. Estes números do prazo médio de pagamento traduzem ainda uma outra realidade: a da dificuldade que muitas pequenas empresas sentem quando trabalham com as autarquias. Se é certo que, em muitos casos, as câmaras negoceiam as dívidas a fornecedores com entidades bancária, enganando a estatística, noutros casos não é difícil adivinhar as adversidades sentidas quando as contas não esperam, mas o dinheiro só entra em caixa ao final de nove meses. Só lhes resta pensar que há quem esteja em pior situação. Quem tenha de esperar 903 dias pelos pagamentos da Câmara de Borba, ou mais de 1200 dias para lograr receber da Câmara de Porto Santo.

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