“Estamos tranquilos com a Somague e o pavilhão”

30-05-2015
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“Estamos tranquilos com a Somague e o pavilhão”

14 Mai 2015 Paulo Jorge Pereira

paulo.pereira@economico.pt

"Não pode haver exigências adicionais depois de se ganhar um concurso", comenta.

O administrador financeiro do Sporting mostra-se optimista quanto ao acordo com a UEFA sobre o fair-play financeiro.

No acordo com a UEFA, o Sporting deve ter pelo menos 4,9 milhões de lucro para cumprir o fair-play financeiro: isso está assegurado?

Não posso responder a esse tipo de perguntas, mas esse valor não é das contas da SAD, pois são descontados custos relativos a formação, imobiliária e gestão de equipamentos desportivos. Por comparação - e está no prospecto, página 26 - em 13/14 tivemos oito milhões de euros quando nas contas tivemos 360 mil euros, a diferença é significativa. A realidade a Dezembro é muito positiva, pois tivemos mais de 20 milhões de euros de lucro, logo só uma catástrofe no segundo semestre poderia impedir os valores desejados e a UEFA tem acompanhado tudo.

O presidente diz que o orçamento está condicionado pela presença na Liga dos Campeões e por novo patrocinador. Em que mercados está o Sporting a movimentar-se neste caso?

A PT não formalizou a vontade de deixar de patrocinar o Sporting. O contrato acaba agora, mas há cláusulas que nos mantêm em ligação por direitos associados conforme sucede, por norma, em contratos deste género. O mercado em Portugal passa tempos difíceis, há percepção clara de que ou se está nos três grandes ou não se está de todo, posicionámo-nos na questão da internacionalização e na presença de núcleos e academias que vão dos EUA e Canadá a Macau, passando pela África do Sul, por exemplo, transmitindo ideias a entidades que apostam nos patrocínios. Ter Portugal no nome significa que apoiar o Sporting é apoiar o País e uma diáspora, pelo que também desenvolvemos trabalho junto de embaixadas. O problema é a escassa visibilidade da Liga que deveria ser valorizada pelos próprios responsáveis, pois isso facilitava a tarefa dos clubes. E leva-nos também aos direitos televisivos a partir de 2018 e devíamos fazer já uma valorização do futebol português para evitar uma pancada mais forte nessa altura.

As empresas de apostas on line podem ser úteis?

O tema é complexo porque as margens em Portugal, previstas no modelo, são mais curtas e os prémios menos atraentes. E isso pode não suscitar interesse suficiente quer das empresas, quer dos próprios apostadores.

Que alternativas tem para ideias relativas às camisolas?

No limite pode haver um ‘sponsor' por cada jogo ou para cada uma das camisolas ou, mesmo, por competição. Um contrato por vários anos, com uma entidade credível, pode ser apresentado num banco e descontado. E algumas SAD precisam disso, embora não seja esse o caso do Sporting que fixou os limites de endividamento através da reestruturação.

O diferendo com a Somague pelo pavilhão não é problema?

Não, o Sporting está tranquilo com a Somague e o pavilhão. O processo é limpo, ganha-se um concurso pela melhor proposta e não pode haver exigências adicionais no dia da assinatura do contrato.

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“Estamos tranquilos com a Somague e o pavilhão”

14 Mai 2015 Paulo Jorge Pereira

paulo.pereira@economico.pt

"Não pode haver exigências adicionais depois de se ganhar um concurso", comenta.

O administrador financeiro do Sporting mostra-se optimista quanto ao acordo com a UEFA sobre o fair-play financeiro.

No acordo com a UEFA, o Sporting deve ter pelo menos 4,9 milhões de lucro para cumprir o fair-play financeiro: isso está assegurado?

Não posso responder a esse tipo de perguntas, mas esse valor não é das contas da SAD, pois são descontados custos relativos a formação, imobiliária e gestão de equipamentos desportivos. Por comparação - e está no prospecto, página 26 - em 13/14 tivemos oito milhões de euros quando nas contas tivemos 360 mil euros, a diferença é significativa. A realidade a Dezembro é muito positiva, pois tivemos mais de 20 milhões de euros de lucro, logo só uma catástrofe no segundo semestre poderia impedir os valores desejados e a UEFA tem acompanhado tudo.

O presidente diz que o orçamento está condicionado pela presença na Liga dos Campeões e por novo patrocinador. Em que mercados está o Sporting a movimentar-se neste caso?

A PT não formalizou a vontade de deixar de patrocinar o Sporting. O contrato acaba agora, mas há cláusulas que nos mantêm em ligação por direitos associados conforme sucede, por norma, em contratos deste género. O mercado em Portugal passa tempos difíceis, há percepção clara de que ou se está nos três grandes ou não se está de todo, posicionámo-nos na questão da internacionalização e na presença de núcleos e academias que vão dos EUA e Canadá a Macau, passando pela África do Sul, por exemplo, transmitindo ideias a entidades que apostam nos patrocínios. Ter Portugal no nome significa que apoiar o Sporting é apoiar o País e uma diáspora, pelo que também desenvolvemos trabalho junto de embaixadas. O problema é a escassa visibilidade da Liga que deveria ser valorizada pelos próprios responsáveis, pois isso facilitava a tarefa dos clubes. E leva-nos também aos direitos televisivos a partir de 2018 e devíamos fazer já uma valorização do futebol português para evitar uma pancada mais forte nessa altura.

As empresas de apostas on line podem ser úteis?

O tema é complexo porque as margens em Portugal, previstas no modelo, são mais curtas e os prémios menos atraentes. E isso pode não suscitar interesse suficiente quer das empresas, quer dos próprios apostadores.

Que alternativas tem para ideias relativas às camisolas?

No limite pode haver um ‘sponsor' por cada jogo ou para cada uma das camisolas ou, mesmo, por competição. Um contrato por vários anos, com uma entidade credível, pode ser apresentado num banco e descontado. E algumas SAD precisam disso, embora não seja esse o caso do Sporting que fixou os limites de endividamento através da reestruturação.

O diferendo com a Somague pelo pavilhão não é problema?

Não, o Sporting está tranquilo com a Somague e o pavilhão. O processo é limpo, ganha-se um concurso pela melhor proposta e não pode haver exigências adicionais no dia da assinatura do contrato.

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