Isabel Vaz, uma sobrevivente do GES, em destaque na Bloomberg

31-05-2015
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Isabel Vaz, uma sobrevivente do GES, em destaque na Bloomberg

27 Mai 2015 António Freitas de Sousa

antonio.sousa@economico.pt

A directora executiva da Luz Saúde, estava de férias em Tróia quando soube do colapso do BES. A história da executiva do grupo GES merece destaque, hoje, na edição ‘on line' da agência Bloomberg.

Isabel Vaz, directora executiva da Luz Saúde (grupo GES), estava de férias em Tróia quando soube do colapso do Banco Espírito Santo (BES). Poucas horas depois, estava em Lisboa a convocar uma reunião de emergência na empresa. A história da executiva do grupo GES merece destaque, hoje, na edição ‘on line' da agência Bloomberg - que, num artigo assinado por Anabela Reis, é apresentada como uma sobrevivente da hecatombe que assolou o império liderado por Ricardo Salgado.

"Foi provavelmente o pior dia da minha vida profissional e pessoal", recorda a executiva, de 49 anos. "A empresa poderia realmente entrar em colapso porque não conseguimos aceder às nossas contas", parqueadas no BES.

Apenas alguns meses depois, Isabel Vaz, uma das três únicas mulheres a liderar uma empresa cotada em Portugal, mostrava ser uma sobrevivente: em Outubro, os chineses da Fosun compram a área de saúde do GES e mantiveram a executiva à frente da empresa.

Mãe de dois filhos, Isabel Vaz continua a ser a CEO do grupo, cujos 18 hospitais, clínicas e casas de saúde o tornam no maior prestador de cuidados de saúde privada em Portugal - num mercado avaliado em cerca de 5,5 mil milhões de euros.

"Adoro novos desafios", disse Isabel Vaz à agência internacional. É o que tem pela frente. A executiva começou a trabalhar com o GES na reestruturação da seguradora Tranquilidade, e foi nessa circunstância que conheceu Ricardo Salgado, ex-CEO do banco - que lhe pediu-lhe para se responsabilizar por uma empresa de cuidados de saúde.

Após o colapso do banco, "tive que mudar rapidamente o nosso dinheiro para as outras contas" no BCP e no BPI, onde passaram a ser processados os pagamentos automáticos, recorda. Com a crise financeira a assolar a Europa, no Verão de 2013 Isabel Vaz decidiu abrir a empresa através de uma oferta pública - permitindo que o principal accionista arrecadasse algum retorno e ao mesmo obrigando a empresa a submeter-se aos rigores dos mercados financeiros.

"Tenho certeza que Ricardo Salgado apoiou esta estratégia, porque ele sabia que a empresa seria salva", conta Isabel Vaz. E quando todo o resto do grupo entrou em colapso, houve quatro entidades que batalharam pela aquisição da área da saúde: "estávamos completamente dedicado; iríamos lutar até o fim. Não houve pânico", recorda.

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27 Mai 2015 António Freitas de Sousa

antonio.sousa@economico.pt

A directora executiva da Luz Saúde, estava de férias em Tróia quando soube do colapso do BES. A história da executiva do grupo GES merece destaque, hoje, na edição ‘on line' da agência Bloomberg.

Isabel Vaz, directora executiva da Luz Saúde (grupo GES), estava de férias em Tróia quando soube do colapso do Banco Espírito Santo (BES). Poucas horas depois, estava em Lisboa a convocar uma reunião de emergência na empresa. A história da executiva do grupo GES merece destaque, hoje, na edição ‘on line' da agência Bloomberg - que, num artigo assinado por Anabela Reis, é apresentada como uma sobrevivente da hecatombe que assolou o império liderado por Ricardo Salgado.

"Foi provavelmente o pior dia da minha vida profissional e pessoal", recorda a executiva, de 49 anos. "A empresa poderia realmente entrar em colapso porque não conseguimos aceder às nossas contas", parqueadas no BES.

Apenas alguns meses depois, Isabel Vaz, uma das três únicas mulheres a liderar uma empresa cotada em Portugal, mostrava ser uma sobrevivente: em Outubro, os chineses da Fosun compram a área de saúde do GES e mantiveram a executiva à frente da empresa.

Mãe de dois filhos, Isabel Vaz continua a ser a CEO do grupo, cujos 18 hospitais, clínicas e casas de saúde o tornam no maior prestador de cuidados de saúde privada em Portugal - num mercado avaliado em cerca de 5,5 mil milhões de euros.

"Adoro novos desafios", disse Isabel Vaz à agência internacional. É o que tem pela frente. A executiva começou a trabalhar com o GES na reestruturação da seguradora Tranquilidade, e foi nessa circunstância que conheceu Ricardo Salgado, ex-CEO do banco - que lhe pediu-lhe para se responsabilizar por uma empresa de cuidados de saúde.

Após o colapso do banco, "tive que mudar rapidamente o nosso dinheiro para as outras contas" no BCP e no BPI, onde passaram a ser processados os pagamentos automáticos, recorda. Com a crise financeira a assolar a Europa, no Verão de 2013 Isabel Vaz decidiu abrir a empresa através de uma oferta pública - permitindo que o principal accionista arrecadasse algum retorno e ao mesmo obrigando a empresa a submeter-se aos rigores dos mercados financeiros.

"Tenho certeza que Ricardo Salgado apoiou esta estratégia, porque ele sabia que a empresa seria salva", conta Isabel Vaz. E quando todo o resto do grupo entrou em colapso, houve quatro entidades que batalharam pela aquisição da área da saúde: "estávamos completamente dedicado; iríamos lutar até o fim. Não houve pânico", recorda.

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