Alunos que saem para fazer investigação tornam-se agentes económicos

18-06-2015
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Alunos que saem para fazer investigação tornam-se agentes económicos

16 Jun 2015 Joana Moura

Director da Escola de Engenharia da Carnegie Mellon University, James Garrett, esteve em Portugal e falou da importância das parcerias entre Portugal e EUA na área científica.

Os alunos que saem de Portugal para fazer investigação no estrangeiro, quando voltam, tornam-se embaixadores e agentes económicos para o país". Quem o diz é o director da escola de engenharia da Carnegie Mellon University (CMU), que esteve em Portugal para falar sobre a importância das parcerias internacionais entre universidades norte-americanas e portuguesas. E os países têm muito a ganhar com essas parcerias, continua James Garrett: "É crucial ver estas parcerias de uma perspectiva mais alargada de ecossistema, mais do que apenas como algo que ajuda a criar emprego, decorrente da actividade de investigação que está por trás. Claro que os alunos são depois contratados por empresas portuguesas, ou criam muitas ‘startups' que criam novos empregos em Portugal. Na maioria das economias são as PME que contam para a maioria do emprego nessas economias. Parcerias ajudam a criar um ecossistema que crescendo, irá criar e aumentar o número de empresas e, consequentemente, de empregos, em Portugal".

Na opinião deste especialista, através das parcerias que as universidades portuguesas têm com as norte-americanas, Portugal tem investido no aumento da qualidade da sua investigação, na criação de talento e nas actividades empresariais. E dá o exemplo de como isso tem sido positivo, também, para a CMU: "A Carnegie Mellon tem beneficiado desta relação em muitos projectos de investigação excelentes que têm conduzido à partilha de propriedade intelectual. Muitos mestres e doutorados têm recebido diplomas na Carnegie Mellon e em Portugal. E depois estes "diplomas - duplos" mostram que a educação superior funciona bem e pode servir de modelo para outras relações com outros países.

James Garrett esteve em Portugal enquanto orador na conferência "Parcerias internacionais Portugal-EUA geram conhecimento e empresas de base tecnológica para o mundo", organizada pela CMU Portugal, MIT Portugal e UT Austin Portugal, em parceria com a UTEN Portugal. Um debate em que o professor, director da escola de engenharia da CMU, discursou sobre a importância de construir "ecossistemas de inovação vibrantes", cujas principais componentes são "mecanismos de ideias, como universidades e institutos de investigação; massa crítica de talento técnico e de negócio; um clima de negócio regulado que promova a tomada de riscos empresariais, mas que permita que os negócios sem viabilidade falhem rapidamente; e uma comunidade vibrante com fundos de origens diferentes para ajudar as empresas nos seus diferentes estádios de evolução."

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Alunos que saem para fazer investigação tornam-se agentes económicos

16 Jun 2015 Joana Moura

Director da Escola de Engenharia da Carnegie Mellon University, James Garrett, esteve em Portugal e falou da importância das parcerias entre Portugal e EUA na área científica.

Os alunos que saem de Portugal para fazer investigação no estrangeiro, quando voltam, tornam-se embaixadores e agentes económicos para o país". Quem o diz é o director da escola de engenharia da Carnegie Mellon University (CMU), que esteve em Portugal para falar sobre a importância das parcerias internacionais entre universidades norte-americanas e portuguesas. E os países têm muito a ganhar com essas parcerias, continua James Garrett: "É crucial ver estas parcerias de uma perspectiva mais alargada de ecossistema, mais do que apenas como algo que ajuda a criar emprego, decorrente da actividade de investigação que está por trás. Claro que os alunos são depois contratados por empresas portuguesas, ou criam muitas ‘startups' que criam novos empregos em Portugal. Na maioria das economias são as PME que contam para a maioria do emprego nessas economias. Parcerias ajudam a criar um ecossistema que crescendo, irá criar e aumentar o número de empresas e, consequentemente, de empregos, em Portugal".

Na opinião deste especialista, através das parcerias que as universidades portuguesas têm com as norte-americanas, Portugal tem investido no aumento da qualidade da sua investigação, na criação de talento e nas actividades empresariais. E dá o exemplo de como isso tem sido positivo, também, para a CMU: "A Carnegie Mellon tem beneficiado desta relação em muitos projectos de investigação excelentes que têm conduzido à partilha de propriedade intelectual. Muitos mestres e doutorados têm recebido diplomas na Carnegie Mellon e em Portugal. E depois estes "diplomas - duplos" mostram que a educação superior funciona bem e pode servir de modelo para outras relações com outros países.

James Garrett esteve em Portugal enquanto orador na conferência "Parcerias internacionais Portugal-EUA geram conhecimento e empresas de base tecnológica para o mundo", organizada pela CMU Portugal, MIT Portugal e UT Austin Portugal, em parceria com a UTEN Portugal. Um debate em que o professor, director da escola de engenharia da CMU, discursou sobre a importância de construir "ecossistemas de inovação vibrantes", cujas principais componentes são "mecanismos de ideias, como universidades e institutos de investigação; massa crítica de talento técnico e de negócio; um clima de negócio regulado que promova a tomada de riscos empresariais, mas que permita que os negócios sem viabilidade falhem rapidamente; e uma comunidade vibrante com fundos de origens diferentes para ajudar as empresas nos seus diferentes estádios de evolução."

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