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Descoberto mistério dos buracos no queijo suíço
Ontem 19:53 Económico
Questão centenária e presente em quase qualquer conversa sobre queijo suíço, a razão por detrás da formação de buracos no Emmental - entre outros - foi finalmente resolvida. Feno, dizem os cientistas.
Nos últimos 15 anos, os buracos no queijo suíço, designadamente os reconhecidos Emmental e Appenzell, têm ficado cada vez mais reduzidos. Mas nem por isso o mistério se tornou menor. Agora, um instituto suíço, o Agroscope, descobriu que a causa para os famosos buracos está na queda de feno sobre o leite das vacas.
Neste século, com a menor frequência da ordenha tradicional e o crescimento do uso de maquinaria e sistemas totalmente automatizados, o leite que dá origem ao queijo suíço passou a estar mais limpo.
Antes, quando a operação era manual nos celeiros helvéticos, pequeníssimas partículas de feno caíam nas vasilhas da ordenha e, durante a fermentação do leite, as próprias partículas evoluíam e emitiam gases, formando os referidos orifícios.
A resolução do mistério chegou através dos estudos e ensaios do Agroscope - instituto sediado em Berna que estuda as ciências dos alimentos -, em colaboração com os cientistas do laboratório federal de materiais e investigação, o Empa.
Nos testes, descobriram que a variação da quantidade de feno influenciava a dimensão dos buracos.
O sector dos queijos é um tema muito querido para os suíços, que em 2013 exportaram mais de 500 milhões de euros deste produto, com o Emmental como o mais procurado internacionalmente, segundo dados da Bloomberg.
A busca por uma resposta provém de, pelo menos, 1917, quando o americano William Clark publicou um artigo sobre esta característica no Emmental. Então, a explicação encontrada foi a da formação de dióxido de carbono produzido pelas bactérias do leite.
Quase nove décadas decorridas, os cientistas perceberam que os queijos produzidos desde o início do século têm menos buracos. Em resultado disso, atenderam à mudança dos métodos de ordenha. Daí até à correlação com o feno e a pureza do leite foi um passo. Acidental, como reconhece o comunicado emitido pelo Agroscope.
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Descoberto mistério dos buracos no queijo suíço
Ontem 19:53 Económico
Questão centenária e presente em quase qualquer conversa sobre queijo suíço, a razão por detrás da formação de buracos no Emmental - entre outros - foi finalmente resolvida. Feno, dizem os cientistas.
Nos últimos 15 anos, os buracos no queijo suíço, designadamente os reconhecidos Emmental e Appenzell, têm ficado cada vez mais reduzidos. Mas nem por isso o mistério se tornou menor. Agora, um instituto suíço, o Agroscope, descobriu que a causa para os famosos buracos está na queda de feno sobre o leite das vacas.
Neste século, com a menor frequência da ordenha tradicional e o crescimento do uso de maquinaria e sistemas totalmente automatizados, o leite que dá origem ao queijo suíço passou a estar mais limpo.
Antes, quando a operação era manual nos celeiros helvéticos, pequeníssimas partículas de feno caíam nas vasilhas da ordenha e, durante a fermentação do leite, as próprias partículas evoluíam e emitiam gases, formando os referidos orifícios.
A resolução do mistério chegou através dos estudos e ensaios do Agroscope - instituto sediado em Berna que estuda as ciências dos alimentos -, em colaboração com os cientistas do laboratório federal de materiais e investigação, o Empa.
Nos testes, descobriram que a variação da quantidade de feno influenciava a dimensão dos buracos.
O sector dos queijos é um tema muito querido para os suíços, que em 2013 exportaram mais de 500 milhões de euros deste produto, com o Emmental como o mais procurado internacionalmente, segundo dados da Bloomberg.
A busca por uma resposta provém de, pelo menos, 1917, quando o americano William Clark publicou um artigo sobre esta característica no Emmental. Então, a explicação encontrada foi a da formação de dióxido de carbono produzido pelas bactérias do leite.
Quase nove décadas decorridas, os cientistas perceberam que os queijos produzidos desde o início do século têm menos buracos. Em resultado disso, atenderam à mudança dos métodos de ordenha. Daí até à correlação com o feno e a pureza do leite foi um passo. Acidental, como reconhece o comunicado emitido pelo Agroscope.