MSC comprou CP Carga para liderar transporte ibérico de mercadorias

25-07-2015
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A MSC, vencedora do processo de privatização da CP Carga, pretende liderar o mercado ibérico de transporte ferroviário de mercadorias, superando o actual líder, a estatal espanhola Renfe e outros ‘players' internacionais do sector, como a Deutsche Bahn.

"A nossa base de trabalho quando assumirmos o controlo da CP Carga permite-nos dizer que temos condições para chegar a curto ou médio prazo à liderança ibérica do transporte ferroviário de mercadorias. E quando estou a falar de mercadorias, não me refiro apenas a contentores, mas mesmo a todos os tipos de mercadorias", destacou Carlos Vasconcelos, director-geral da MSC Portugal, em declarações ao Diário Económico. Recorde-se que a Renfe é responsável por cerca de 70% do transporte ferroviário de mercadorias na Península Ibérica.

O Governo anunciou ontem que a MSC Rail ganhou o processo de privatização da CP Carga por um montante total de 53,5 milhões de euros. Sérgio Silva Monteiro explicou que a proposta da MSC envolve um valor global de 53 milhões de euros, incluindo dois milhões de euros pela compra de acções e mais 51 milhões de compromisso de capitalização da empresa, não só em assunção total das dívidas contraídas junto da CP e da IP - Infraestruturas de Portugal, mas também numa maior componente de assunção de dívida da empresa a entidades públicas e de dívida comercial.

A MSC Rail é uma participada da MSC Portugal, pertencente ao gigante mundial MSC - Mediterranean Shipping Company, o segundo maior armador mundial. É mais que provável que depois do acordo da Autoridade da Concorrência ao negócio, o nome da CP Carga seja mudado. O Governo espera que a CP, entidade vendedora, assine o contrato com a MSC durante o próximo mês de Agosto.

"As propostas da MSC Rail e da Cofihold tinham um mérito equivalente na componente do plano estratégico para a empresa, mas um dos factores diferenciadores para a proposta vencedora foi o facto de a MSC assumir o compromisso de não aumentar unilateralmente os preços a cobrar junto dos clientes da CP Carga", sublinhou Sérgio Silva Monteiro. O secretário de Estado acrescentou que a MSC assumiu que vai manter a força laboral da empresa, mantendo-se em vigência os acordos de empresa esperando mesmo que o número de trabalhadores venha a aumentar em função da expectativa do crescimento da actividade e da quota de mercado.

Uma terceira proposta vinculativa para a privatização da CP Carga foi apresentada por um fundo de investimento designado Atena Equity Partners, que, desta forma, foi afastada da vitória, tal como a da Cofihold, de Paulo Fernandes (Cofina).

O secretário de Estado dos Transportes e das Infra-estruturas adiantou que no âmbito deste processo de privatização, a CP fez um esforço de capitalização na ordem os 110 milhões de euros, através da transferência de locomotivas e de vagões, que passarão a ser utilizados pela MSC Rail. Além disso, a MSC Rail comprometeu-se a alugar locomotivas e vagões à CP no valor de 16 milhões de euros.

Facturação da CP Carga subiu 10,6% no 1º semestre

A empresa agora privatizada fechou os primeiros seis meses deste ano com a actividade em alta. Segundo o Diário Económico apurou, a CP Carga transportou cerca de 4,9 milhões de toneladas e facturou 35 milhões de euros de Janeiro a Junho, o que representa aumentos de 10,6% e de 12,2% em toneladas e receitas, respectivamente, face ao período homólogo de 2014. Os tráfegos que mais contribuíram para este crescimento foram o carvão, contentores, minério, produtos siderúrgicos, cimento e madeira.

A manter-se esta tendência no segundo semestre, no final do ano será possível alcançar-se um recorde de toneladas transportadas muito próximo de 10 milhões, ultrapassando largamente os 9,2 milhões de toneladas de 2014, que já havia sido o melhor resultado de sempre.

A CP Carga melhorou o EBITDA em 88%, embora continuasse negativo, em 491,5 mil euros. O resultado operacional no primeiro semestre deste ano também foi negativo, em 2,5 milhões de euros, mas também aqui se registou uma melhoria de 59% face ao período homólogo de 2014.

O resultado líquido foi negativo em 4,5 milhões de euros, mas melhor em 56% do que na primeira metade de 2014.

Os custos da CPCarga continuaram controlados, tendo sido de 35,4 milhões de euros, um valor praticamente igual ao do primeiro semestre de 2014 2014.

O custo/tonelada da CP Carga teve uma redução de 31% de 2010 a Junho/2015, passando de 10,43 euros para 7.18 euros, enquanto a receita/tonelada aumentou cerca de 5% no mesmo período, de 6,39 para 6,7 euros

A distância média da tonelada transportada pela CP Carga passou de 223 para 230 quilómetros.

A MSC, vencedora do processo de privatização da CP Carga, pretende liderar o mercado ibérico de transporte ferroviário de mercadorias, superando o actual líder, a estatal espanhola Renfe e outros ‘players' internacionais do sector, como a Deutsche Bahn.

"A nossa base de trabalho quando assumirmos o controlo da CP Carga permite-nos dizer que temos condições para chegar a curto ou médio prazo à liderança ibérica do transporte ferroviário de mercadorias. E quando estou a falar de mercadorias, não me refiro apenas a contentores, mas mesmo a todos os tipos de mercadorias", destacou Carlos Vasconcelos, director-geral da MSC Portugal, em declarações ao Diário Económico. Recorde-se que a Renfe é responsável por cerca de 70% do transporte ferroviário de mercadorias na Península Ibérica.

O Governo anunciou ontem que a MSC Rail ganhou o processo de privatização da CP Carga por um montante total de 53,5 milhões de euros. Sérgio Silva Monteiro explicou que a proposta da MSC envolve um valor global de 53 milhões de euros, incluindo dois milhões de euros pela compra de acções e mais 51 milhões de compromisso de capitalização da empresa, não só em assunção total das dívidas contraídas junto da CP e da IP - Infraestruturas de Portugal, mas também numa maior componente de assunção de dívida da empresa a entidades públicas e de dívida comercial.

A MSC Rail é uma participada da MSC Portugal, pertencente ao gigante mundial MSC - Mediterranean Shipping Company, o segundo maior armador mundial. É mais que provável que depois do acordo da Autoridade da Concorrência ao negócio, o nome da CP Carga seja mudado. O Governo espera que a CP, entidade vendedora, assine o contrato com a MSC durante o próximo mês de Agosto.

"As propostas da MSC Rail e da Cofihold tinham um mérito equivalente na componente do plano estratégico para a empresa, mas um dos factores diferenciadores para a proposta vencedora foi o facto de a MSC assumir o compromisso de não aumentar unilateralmente os preços a cobrar junto dos clientes da CP Carga", sublinhou Sérgio Silva Monteiro. O secretário de Estado acrescentou que a MSC assumiu que vai manter a força laboral da empresa, mantendo-se em vigência os acordos de empresa esperando mesmo que o número de trabalhadores venha a aumentar em função da expectativa do crescimento da actividade e da quota de mercado.

Uma terceira proposta vinculativa para a privatização da CP Carga foi apresentada por um fundo de investimento designado Atena Equity Partners, que, desta forma, foi afastada da vitória, tal como a da Cofihold, de Paulo Fernandes (Cofina).

O secretário de Estado dos Transportes e das Infra-estruturas adiantou que no âmbito deste processo de privatização, a CP fez um esforço de capitalização na ordem os 110 milhões de euros, através da transferência de locomotivas e de vagões, que passarão a ser utilizados pela MSC Rail. Além disso, a MSC Rail comprometeu-se a alugar locomotivas e vagões à CP no valor de 16 milhões de euros.

Facturação da CP Carga subiu 10,6% no 1º semestre

A empresa agora privatizada fechou os primeiros seis meses deste ano com a actividade em alta. Segundo o Diário Económico apurou, a CP Carga transportou cerca de 4,9 milhões de toneladas e facturou 35 milhões de euros de Janeiro a Junho, o que representa aumentos de 10,6% e de 12,2% em toneladas e receitas, respectivamente, face ao período homólogo de 2014. Os tráfegos que mais contribuíram para este crescimento foram o carvão, contentores, minério, produtos siderúrgicos, cimento e madeira.

A manter-se esta tendência no segundo semestre, no final do ano será possível alcançar-se um recorde de toneladas transportadas muito próximo de 10 milhões, ultrapassando largamente os 9,2 milhões de toneladas de 2014, que já havia sido o melhor resultado de sempre.

A CP Carga melhorou o EBITDA em 88%, embora continuasse negativo, em 491,5 mil euros. O resultado operacional no primeiro semestre deste ano também foi negativo, em 2,5 milhões de euros, mas também aqui se registou uma melhoria de 59% face ao período homólogo de 2014.

O resultado líquido foi negativo em 4,5 milhões de euros, mas melhor em 56% do que na primeira metade de 2014.

Os custos da CPCarga continuaram controlados, tendo sido de 35,4 milhões de euros, um valor praticamente igual ao do primeiro semestre de 2014 2014.

O custo/tonelada da CP Carga teve uma redução de 31% de 2010 a Junho/2015, passando de 10,43 euros para 7.18 euros, enquanto a receita/tonelada aumentou cerca de 5% no mesmo período, de 6,39 para 6,7 euros

A distância média da tonelada transportada pela CP Carga passou de 223 para 230 quilómetros.

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