Portas em “silêncio fúnebre” até ouvir o partido

12-09-2014
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Portas em “silêncio fúnebre” até ouvir o partido

Filipe Garcia

12 Set 2012

CDS convoca órgãos nacionais, enquanto Seguro pede audiência com Cavaco Silva. Bloco de Esquerda e Verdes já pediram a demissão do Governo.

Foi "patriotismo" que Paulo Portas alegou para, à entrada da Comissão de Negócios Estrangeiros, justificar a falta de comentários à apresentação de novas medidas de austeridade por Vítor Gaspar, ministro das Finanças. No entanto, o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros e líder do CDS-PP adiantou que convocaria a comissão política e o conselho nacional do partido depois de terminada a actual avaliação da ‘troika'. "Fazer declarações políticas enquanto decorre uma avaliação sobre o nosso país cria um acto menos responsável", disse Portas, defendendo que "quer ouvir o partido, os seus militantes e os seus dirigentes". Uma posição que, já no interior da comissão, o deputado do Bloco de Esquerda, Pedro Filipe Soares considerou como "um silêncio fúnebre".

"Tem havido dissensões e críticas no bloco da maioria que apoia o Governo, que minam a autoridade do Governo e que põem em causa a credibilidade de futuras decisões", disse ontem Luís Amado, ex-ministro dos Negócios Estrangeiros de José Sócrates. Mas Amado foi mais longe, referindo mesmo que a "forma desastrosa" como o Executivo geriu o anúncio de novas medidas de austeridade "alienou o consenso e o compromisso político necessário para garantir a estabilidade que a sociedade portuguesa necessita". Uma teoria que Jorge Moreira da Silva, coordenador da comissão política nacional do PSD, rejeita. Garantindo que existe uma "total solidariedade" entre os partidos da coligação, Moreira da Silva considerou "natural e legítimo" que o CDS convoque os seus órgãos políticos. Também Guilherme Silva, deputado do PSD e vice-presidente da Assembleia da República, defendeu a saúde do Executivo: "não afecta a coligação porque percebeu-se que as medidas foram anunciadas com o acordo dos dois partidos, portanto não é aí que a coligação será afectada", disse o social democrata para quem "a margem do Governo português em relação às opções económicas e financeiras é extremamente limitada".

Portas em “silêncio fúnebre” até ouvir o partido

Filipe Garcia

12 Set 2012

CDS convoca órgãos nacionais, enquanto Seguro pede audiência com Cavaco Silva. Bloco de Esquerda e Verdes já pediram a demissão do Governo.

Foi "patriotismo" que Paulo Portas alegou para, à entrada da Comissão de Negócios Estrangeiros, justificar a falta de comentários à apresentação de novas medidas de austeridade por Vítor Gaspar, ministro das Finanças. No entanto, o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros e líder do CDS-PP adiantou que convocaria a comissão política e o conselho nacional do partido depois de terminada a actual avaliação da ‘troika'. "Fazer declarações políticas enquanto decorre uma avaliação sobre o nosso país cria um acto menos responsável", disse Portas, defendendo que "quer ouvir o partido, os seus militantes e os seus dirigentes". Uma posição que, já no interior da comissão, o deputado do Bloco de Esquerda, Pedro Filipe Soares considerou como "um silêncio fúnebre".

"Tem havido dissensões e críticas no bloco da maioria que apoia o Governo, que minam a autoridade do Governo e que põem em causa a credibilidade de futuras decisões", disse ontem Luís Amado, ex-ministro dos Negócios Estrangeiros de José Sócrates. Mas Amado foi mais longe, referindo mesmo que a "forma desastrosa" como o Executivo geriu o anúncio de novas medidas de austeridade "alienou o consenso e o compromisso político necessário para garantir a estabilidade que a sociedade portuguesa necessita". Uma teoria que Jorge Moreira da Silva, coordenador da comissão política nacional do PSD, rejeita. Garantindo que existe uma "total solidariedade" entre os partidos da coligação, Moreira da Silva considerou "natural e legítimo" que o CDS convoque os seus órgãos políticos. Também Guilherme Silva, deputado do PSD e vice-presidente da Assembleia da República, defendeu a saúde do Executivo: "não afecta a coligação porque percebeu-se que as medidas foram anunciadas com o acordo dos dois partidos, portanto não é aí que a coligação será afectada", disse o social democrata para quem "a margem do Governo português em relação às opções económicas e financeiras é extremamente limitada".

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