em vésperas de reencontro com o oceano

26-12-2009
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há-de flutuar uma cidade...há-de flutuar uma cidade no crepúsculo da vidapensava eu... como seriam felizes as mulheresà beira mar debruçadas para a luz caiadaremendando o pano das velas espiando o mare a longitude do amor embarcadopor vezesuma gaivota pousava nas águasoutras era o sol que cegavae um dardo de sangue alastrava pelo linho da noiteos dias lentíssimos... sem ninguéme nunca me disseram o nome daquele oceanoesperei sentado à porta... dantes escrevia cartaspunha-me a olhar a risca de mar ao fundo da ruaassim envelheci... acreditando que algum homem ao passarse espantasse com a minha solidão(anos mais tarde, recordo agora, cresceu-me uma pérola nocoração. mas estou só, muito só, não tenho a quem a deixar.)um dia houveque nunca mais avistei cidades crepuscularese os barcos deixaram de fazer escala à minha portainclino-me de novo para o pano deste séculorecomeço a bordar ou a dormirtanto fazsempre tive dúvidas que alguma vez me visite a felicidadeAl Berto


há-de flutuar uma cidade...há-de flutuar uma cidade no crepúsculo da vidapensava eu... como seriam felizes as mulheresà beira mar debruçadas para a luz caiadaremendando o pano das velas espiando o mare a longitude do amor embarcadopor vezesuma gaivota pousava nas águasoutras era o sol que cegavae um dardo de sangue alastrava pelo linho da noiteos dias lentíssimos... sem ninguéme nunca me disseram o nome daquele oceanoesperei sentado à porta... dantes escrevia cartaspunha-me a olhar a risca de mar ao fundo da ruaassim envelheci... acreditando que algum homem ao passarse espantasse com a minha solidão(anos mais tarde, recordo agora, cresceu-me uma pérola nocoração. mas estou só, muito só, não tenho a quem a deixar.)um dia houveque nunca mais avistei cidades crepuscularese os barcos deixaram de fazer escala à minha portainclino-me de novo para o pano deste séculorecomeço a bordar ou a dormirtanto fazsempre tive dúvidas que alguma vez me visite a felicidadeAl Berto

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