Verdes exigem 'esclarecimentos cabais' sobre alegada disponibilidade do BCP

16-12-2010
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A deputada do PEV, Heloísa Apolónia, exigiu hoje «informações cabais» do Governo, BCP, Banco de Portugal e embaixada norte-americana sobre a alegada disponibilidade daquele banco para canalizar para Washington informações sobre o sistema financeiro do Irão.

Adeputada ecologista considerou que «a gravidade da situação implica uma resposta mais proporcional» por parte do próprio banco, mas também do Governo, Banco de Portugal e embaixada dos EUA.

Para Heloísa Apolónia, são insuficientes as respostas prestadas até agora pelo Executivo de José Sócrates, «de dizer que não comenta ou que pura e simplesmente não é verdade».

«Se se comprovar a veracidade destas informações, o Governo deve pelo menos repudiar veementemente que uma instituição financeira portuguesa se tenha oferecido desta forma», disse a deputada do Partido Ecologista Os Verdes.

Os deputados ecologistas vão aguardar estes esclarecimentos «nos próximos dois ou três anos», admitindo, depois, interpelar directamente o Executivo, através de perguntas, exigindo esclarecimentos sobre se o Governo teve «conhecimento deste eventual negócio profundamente imoral e perfeitamente ilegal».

«O Governo não pode pura e simplesmente dizer que não comenta. Tem de comentar e perceber como é que o seu nome foi envolvido, ou então tem explicações muito sérias para dar aos portugueses», defendeu Heloísa Apolónia.

Quanto às restantes instituições, o PEV admite enviar cartas abertas a pedir esclarecimentos.

O jornal espanhol El País divulgou domingo vários telegramas da diplomacia norte-americana disponibilizados no site da Wikileaks sobre Portugal. Num dos telegramas é mencionada a disponibilidade do presidente do BCP, Santos Ferreira, para canalizar para Washington informações sobre o sistema financeiro do Irão.

Em comunicado, o banco português negou hoje as informações publicadas, garantindo que «a simples partilha de informação é, naturalmente, falsa e fantasiosa». Os telegramas dos diplomatas dos EUA mencionam o alegado conhecimento que o primeiro-ministro português tinha da operação, o que José Sócrates também negou em comunicado.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, negou hoje em Bruxelas ter tido conhecimento da alegada disponibilidade do BCP para canalizar para Washington informações sobre o sistema financeiro do Irão.

De acordo com o diário espanhol há ainda telegramas onde se afirma que Portugal permitiu aos Estados Unidos utilizar a base das Lajes, nos Açores, para repatriar detidos de Guantanamo.

Os mesmos documentos mencionam ainda opiniões da diplomacia americana sobre os chefes de Estado e de Governo portugueses, assim como sobre os líderes dos partidos da oposição.

Sol/Lusa

A deputada do PEV, Heloísa Apolónia, exigiu hoje «informações cabais» do Governo, BCP, Banco de Portugal e embaixada norte-americana sobre a alegada disponibilidade daquele banco para canalizar para Washington informações sobre o sistema financeiro do Irão.

Adeputada ecologista considerou que «a gravidade da situação implica uma resposta mais proporcional» por parte do próprio banco, mas também do Governo, Banco de Portugal e embaixada dos EUA.

Para Heloísa Apolónia, são insuficientes as respostas prestadas até agora pelo Executivo de José Sócrates, «de dizer que não comenta ou que pura e simplesmente não é verdade».

«Se se comprovar a veracidade destas informações, o Governo deve pelo menos repudiar veementemente que uma instituição financeira portuguesa se tenha oferecido desta forma», disse a deputada do Partido Ecologista Os Verdes.

Os deputados ecologistas vão aguardar estes esclarecimentos «nos próximos dois ou três anos», admitindo, depois, interpelar directamente o Executivo, através de perguntas, exigindo esclarecimentos sobre se o Governo teve «conhecimento deste eventual negócio profundamente imoral e perfeitamente ilegal».

«O Governo não pode pura e simplesmente dizer que não comenta. Tem de comentar e perceber como é que o seu nome foi envolvido, ou então tem explicações muito sérias para dar aos portugueses», defendeu Heloísa Apolónia.

Quanto às restantes instituições, o PEV admite enviar cartas abertas a pedir esclarecimentos.

O jornal espanhol El País divulgou domingo vários telegramas da diplomacia norte-americana disponibilizados no site da Wikileaks sobre Portugal. Num dos telegramas é mencionada a disponibilidade do presidente do BCP, Santos Ferreira, para canalizar para Washington informações sobre o sistema financeiro do Irão.

Em comunicado, o banco português negou hoje as informações publicadas, garantindo que «a simples partilha de informação é, naturalmente, falsa e fantasiosa». Os telegramas dos diplomatas dos EUA mencionam o alegado conhecimento que o primeiro-ministro português tinha da operação, o que José Sócrates também negou em comunicado.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, negou hoje em Bruxelas ter tido conhecimento da alegada disponibilidade do BCP para canalizar para Washington informações sobre o sistema financeiro do Irão.

De acordo com o diário espanhol há ainda telegramas onde se afirma que Portugal permitiu aos Estados Unidos utilizar a base das Lajes, nos Açores, para repatriar detidos de Guantanamo.

Os mesmos documentos mencionam ainda opiniões da diplomacia americana sobre os chefes de Estado e de Governo portugueses, assim como sobre os líderes dos partidos da oposição.

Sol/Lusa

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