Remuneração dos depósitos em mínimos de sempre

03-08-2015
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Os bancos continuam a cortar nos juros dos depósitos a prazo oferecidos às famílias portuguesas. Em Junho, a taxa de juro média das novas aplicações fixou-se nos 0,68%, abaixo dos 0,7% pagos em Maio, segundo dados publicados pelo Banco Central Europeu na sexta-feira. Este valor é o mais baixo desde que em Janeiro de 2000 a entidade liderada por Mario Draghi passou a divulgar esses dados.

A diminuição da remuneração dos depósitos a prazo surge no seguimento do rumo descendente sem precedentes das taxas Euribor. Mas também da menor necessidade dos bancos em captar depósitos desde que conseguiram reequilibrar os respectivos rácios de capital. A prioridade agora é melhorar rentabilidade da sua margem financeira, o que significa pagar juros menores nos depósitos e retomar a concessão de crédito. Os resultados relativos ao primeiro semestre, já apresentados pelo BCP, BPI e CGD, indiciam que os bancos conseguiram apresentar melhorias da sua margem financeira à conta precisamente dessa diminuição da remuneração dos depósitos.

Já do ponto de vista das famílias, na prática o actual nível mínimo dos juros dos depósitos significa que estas estão a perder dinheiro. Recorde-se que as mais valias resultantes de aplicações a prazo são taxadas a 28%, o que significa que uma taxa de juro bruta no valor de 0,68% dá lugar a uma rentabilidade líquida de 0,5%. Um valor insuficiente para compensar a actual taxa de inflação. Apesar disso, as famílias continuam a reforçar o total de depósitos a prazo. Em Junho, o ‘stock' de aplicações voltou a crescer, em 617 milhões de euros, face a Maio, para um total de 102.682 milhões de euros. Este valor fica perto do valor mais alto de sempre, registado em Junho de 2012, quando o total de depósitos das famílias atingiu os 104.761 milhões de euros.

De salientar, contudo, que os 617 milhões de euros que os depósitos a prazo cresceram em Junho (o valor mensal mais elevado desde Maio de 2012) ocorreu num mês em que muitas famílias recebem os subsídios de férias, o que poderá enviesar de alguma forma os dados.

Os bancos continuam a cortar nos juros dos depósitos a prazo oferecidos às famílias portuguesas. Em Junho, a taxa de juro média das novas aplicações fixou-se nos 0,68%, abaixo dos 0,7% pagos em Maio, segundo dados publicados pelo Banco Central Europeu na sexta-feira. Este valor é o mais baixo desde que em Janeiro de 2000 a entidade liderada por Mario Draghi passou a divulgar esses dados.

A diminuição da remuneração dos depósitos a prazo surge no seguimento do rumo descendente sem precedentes das taxas Euribor. Mas também da menor necessidade dos bancos em captar depósitos desde que conseguiram reequilibrar os respectivos rácios de capital. A prioridade agora é melhorar rentabilidade da sua margem financeira, o que significa pagar juros menores nos depósitos e retomar a concessão de crédito. Os resultados relativos ao primeiro semestre, já apresentados pelo BCP, BPI e CGD, indiciam que os bancos conseguiram apresentar melhorias da sua margem financeira à conta precisamente dessa diminuição da remuneração dos depósitos.

Já do ponto de vista das famílias, na prática o actual nível mínimo dos juros dos depósitos significa que estas estão a perder dinheiro. Recorde-se que as mais valias resultantes de aplicações a prazo são taxadas a 28%, o que significa que uma taxa de juro bruta no valor de 0,68% dá lugar a uma rentabilidade líquida de 0,5%. Um valor insuficiente para compensar a actual taxa de inflação. Apesar disso, as famílias continuam a reforçar o total de depósitos a prazo. Em Junho, o ‘stock' de aplicações voltou a crescer, em 617 milhões de euros, face a Maio, para um total de 102.682 milhões de euros. Este valor fica perto do valor mais alto de sempre, registado em Junho de 2012, quando o total de depósitos das famílias atingiu os 104.761 milhões de euros.

De salientar, contudo, que os 617 milhões de euros que os depósitos a prazo cresceram em Junho (o valor mensal mais elevado desde Maio de 2012) ocorreu num mês em que muitas famílias recebem os subsídios de férias, o que poderá enviesar de alguma forma os dados.

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