FMI aconselha Fed a aumentar taxas só no próximo ano

04-06-2015
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FMI aconselha Fed a aumentar taxas só no próximo ano

16:33 Económico com Lusa

Revisão em baixa da previsão de crescimento dos EUA para este ano leva Christine Lagarde a apelar a Janet Yellen que espere por sinais mais consistentes do lado dos salários e inflação.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu hoje em baixa a sua previsão de crescimento para os Estados Unidos em 2015 e afirmou que a Reserva Federal deve esperar por 2016 para um aumento das taxas de juro.

Num relatório sobre a economia norte-americana, o FMI reviu em baixa as suas previsões de crescimento para 2,5% em 2015 e para 3% em 2016, em vez dos 3,1% previstos anteriormente para os dois anos.

O FMI subiu ligeiramente a sua projeção de inflação para este ano, passando-a de 0,4% para 0,7% e indicou que o objetivo preconizado pela Reserva Federal (FED), banco central dos Estados Unidos, de uma taxa de inflação próxima de 2% só será atingido em meados de 2017.

Neste espírito, o FMI considerou que a Fed só deveria aumentar as taxas de juro no primeiro semestre de 2016, quando a presidente da instituição, Janet Yellen, e o comité de política monetária do banco central têm dado sinais de que poderá haver um aumento ainda este ano.

Segundo o FMI, a Fed deve esperar "por sinais tangíveis de aumento dos salários e dos preços" antes de iniciar a normalização da sua política monetária.

"Atrasar um aumento das taxas de juro seria um seguro importante contra os riscos de uma baixa da inflação", afirmou o FMI que considera necessário "conservar as taxas entre 0 e 0,25% até ao primeiro semestre de 2016". As taxas de juro de referência da Fed estão a este nível desde finais de 2008.

O aumento dos juros, que seria o primeiro em quase nove anos, pode provocar "uma volatilidade importante", de acordo com o FMI, que sugere à Fed uma melhoria da comunicação, realizando uma conferência de imprensa após cada reunião de política monetária, o que não acontece atualmente.

No entender do FMI, a valorização registada nos últimos meses tornou o dólar "moderadamente sobrevalorizado", mas há ainda o risco de uma nova valorização que seria "nefasta".

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Revisão em baixa da previsão de crescimento dos EUA para este ano leva Christine Lagarde a apelar a Janet Yellen que espere por sinais mais consistentes do lado dos salários e inflação.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu hoje em baixa a sua previsão de crescimento para os Estados Unidos em 2015 e afirmou que a Reserva Federal deve esperar por 2016 para um aumento das taxas de juro.

Num relatório sobre a economia norte-americana, o FMI reviu em baixa as suas previsões de crescimento para 2,5% em 2015 e para 3% em 2016, em vez dos 3,1% previstos anteriormente para os dois anos.

O FMI subiu ligeiramente a sua projeção de inflação para este ano, passando-a de 0,4% para 0,7% e indicou que o objetivo preconizado pela Reserva Federal (FED), banco central dos Estados Unidos, de uma taxa de inflação próxima de 2% só será atingido em meados de 2017.

Neste espírito, o FMI considerou que a Fed só deveria aumentar as taxas de juro no primeiro semestre de 2016, quando a presidente da instituição, Janet Yellen, e o comité de política monetária do banco central têm dado sinais de que poderá haver um aumento ainda este ano.

Segundo o FMI, a Fed deve esperar "por sinais tangíveis de aumento dos salários e dos preços" antes de iniciar a normalização da sua política monetária.

"Atrasar um aumento das taxas de juro seria um seguro importante contra os riscos de uma baixa da inflação", afirmou o FMI que considera necessário "conservar as taxas entre 0 e 0,25% até ao primeiro semestre de 2016". As taxas de juro de referência da Fed estão a este nível desde finais de 2008.

O aumento dos juros, que seria o primeiro em quase nove anos, pode provocar "uma volatilidade importante", de acordo com o FMI, que sugere à Fed uma melhoria da comunicação, realizando uma conferência de imprensa após cada reunião de política monetária, o que não acontece atualmente.

No entender do FMI, a valorização registada nos últimos meses tornou o dólar "moderadamente sobrevalorizado", mas há ainda o risco de uma nova valorização que seria "nefasta".

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