Cravo de Abril: A FONTE DE FORÇA ESSENCIAL

02-07-2011
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A candidatura comunista às presidenciais perturbou visivelmente o rebanho de comentadores de serviço nos média dominantes à direita e à «esquerda» (digamos assim...)Percebe-se: eles não queriam que o candidato do PCP fosse um comunista - ou, como é uso dizerem no seu centenário linguajar, um «ortodoxo» - e, mal a notícia foi dada, correram ao baú de velharias, sacaram do habitual argumentário e dispararam.Todos: à direita e à «esquerda» (digamos assim...)(Daniel Oliveira, comentador com lugar cativo no Expresso, resumiu lapidarmente o pensamento (digamos assim...) dos restantes colegas, ao sublinhar que o candidato do PCP é «um obscuro dirigente (...) sem qualquer carisma e de uma ortodoxia perturbante» - isto no meio daquele luzido foguetório estrelejando velhas provocações, com o qual as pessoas desta condição exibem as suas qualidades e valências a quem utiliza os seus serviços e lhos paga).Mas adiante: através das prosas dos comentadores à direita e à «esquerda» (digamos assim...), ficámos a saber, numa primeira fase, que o candidato do PCP - «ortodoxo», obviamente... - só era conhecido «na Soeiro Pereira Gomes» (o que, feitas as contas, daria, no dia das eleições, umas escassas dezenas de votos...).Posteriormente, fomos informados que, afinal, o obviamente «ortodoxo» era conhecido «em todo o partido» (nada mal: podemos começar a contar a votação por dezenas de milhares...).E, como a seguir se verá, as perspectivas são de crescimento da votação: a agência Lusa informa-nos que «Francisco Lopes é fenómeno de popularidade na terra natal» - Vinhó, concelho de Arganil - onde um jornalista da Lusa se deslocou para saber como era, e nos diz que «todas as pessoas contactadas pela reportagem se desfizeram em elogios ao filho da terra que entrou na corrida a Belém».Registe-se, então, esta curiosidade:todos os que conhecem o candidato comunista - «na Soeiro Pereira Gomes», «em todo o Partido», na «terra natal» - gostam dele... (coisa que não sei se acontecerá com qualquer dos candidatos presidenciais já anunciados, mais o que ainda não se anunciou...)Posto isto, afigura-se-me que a grande tarefa que se coloca aos comunistas nesta campanha eleitoral é fazer com que mais e mais portugueses conheçam o seu candidato - já que conhecendo-o (e comparando-o com os restantes candidatos...), não hesitarão na escolha...É claro que, neste caso, conhecer significa, fundamentalmente, saber o que cada candidatura e cada candidato representam.No que diz respeito à candidatura de Francisco Lopes, tudo é claro como água: trata-se de uma candidatura patriótica e de esquerda; assumidamente integrada na luta contra a política de direita seja ela praticada por que partido, ou partidos, for; portadora de um projecto de ruptura e de mudança - enfim, vinculada aos valores de Abril.No que diz respeito às restantes candidaturas... bom, nenhuma delas pode dizer o mesmo, nem nada que se pareça...E é nesta singularidade da candidatura do PCP que está a sua fonte de força essencial.


A candidatura comunista às presidenciais perturbou visivelmente o rebanho de comentadores de serviço nos média dominantes à direita e à «esquerda» (digamos assim...)Percebe-se: eles não queriam que o candidato do PCP fosse um comunista - ou, como é uso dizerem no seu centenário linguajar, um «ortodoxo» - e, mal a notícia foi dada, correram ao baú de velharias, sacaram do habitual argumentário e dispararam.Todos: à direita e à «esquerda» (digamos assim...)(Daniel Oliveira, comentador com lugar cativo no Expresso, resumiu lapidarmente o pensamento (digamos assim...) dos restantes colegas, ao sublinhar que o candidato do PCP é «um obscuro dirigente (...) sem qualquer carisma e de uma ortodoxia perturbante» - isto no meio daquele luzido foguetório estrelejando velhas provocações, com o qual as pessoas desta condição exibem as suas qualidades e valências a quem utiliza os seus serviços e lhos paga).Mas adiante: através das prosas dos comentadores à direita e à «esquerda» (digamos assim...), ficámos a saber, numa primeira fase, que o candidato do PCP - «ortodoxo», obviamente... - só era conhecido «na Soeiro Pereira Gomes» (o que, feitas as contas, daria, no dia das eleições, umas escassas dezenas de votos...).Posteriormente, fomos informados que, afinal, o obviamente «ortodoxo» era conhecido «em todo o partido» (nada mal: podemos começar a contar a votação por dezenas de milhares...).E, como a seguir se verá, as perspectivas são de crescimento da votação: a agência Lusa informa-nos que «Francisco Lopes é fenómeno de popularidade na terra natal» - Vinhó, concelho de Arganil - onde um jornalista da Lusa se deslocou para saber como era, e nos diz que «todas as pessoas contactadas pela reportagem se desfizeram em elogios ao filho da terra que entrou na corrida a Belém».Registe-se, então, esta curiosidade:todos os que conhecem o candidato comunista - «na Soeiro Pereira Gomes», «em todo o Partido», na «terra natal» - gostam dele... (coisa que não sei se acontecerá com qualquer dos candidatos presidenciais já anunciados, mais o que ainda não se anunciou...)Posto isto, afigura-se-me que a grande tarefa que se coloca aos comunistas nesta campanha eleitoral é fazer com que mais e mais portugueses conheçam o seu candidato - já que conhecendo-o (e comparando-o com os restantes candidatos...), não hesitarão na escolha...É claro que, neste caso, conhecer significa, fundamentalmente, saber o que cada candidatura e cada candidato representam.No que diz respeito à candidatura de Francisco Lopes, tudo é claro como água: trata-se de uma candidatura patriótica e de esquerda; assumidamente integrada na luta contra a política de direita seja ela praticada por que partido, ou partidos, for; portadora de um projecto de ruptura e de mudança - enfim, vinculada aos valores de Abril.No que diz respeito às restantes candidaturas... bom, nenhuma delas pode dizer o mesmo, nem nada que se pareça...E é nesta singularidade da candidatura do PCP que está a sua fonte de força essencial.

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