Largo das Calhandreiras: Carta Aberta a João Barros Duarte

15-10-2009
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Caro Senhor João Barros DuarteSei que nem sempre temos trocado palavras amistosas.Sei que não alimentamos sentimentos recíprocos de estima e consideração pessoal.Sei que temos divergências de pensamento, de filosofia de vida, de olhar para a realidade social do nosso mundo, do nosso país e do nosso Concelho.Sei que propugnamos por soluções díspares para os problemas mais prementes de toda esta complexa realidade social, particularmente no nosso Concelho.Mas...Tenho o Senhor por pessoa de Bem.Parto do principio de que todos os políticos que se apresentam para servir a Comunidade nesta árdua tarefa, o fazem imbuidos de um espírito de altruismo e abnegação própria em favor dos outros.Tenho de si essa convicção. De que não se candidatou senão para servir os melhores interesses do Municipio, que para si são aqueles que a sua própria formação socio-política lhe impõe, e podemos por isso divergir sobre quais são realmente esses melhores interesses.No entanto, nem sempre, nestes dois anos, o Senhor foi capaz de nos mostrar com total clareza a presença desse objectivo na sua acção. A verdade é que não lhe vi nunca, como nunca o escondi, nem lhe vejo neste momento, a capacidade para efectivamente servir da melhor maneira os superiores interesses do Concelho. Mas essa é apenas uma opinião minha e, verdade das verdades, o facto é que foi o Senhor que ganhou as eleições de 9 de Outubro de 2005 (por muito que digam que foi a CDU todos sabemos e eles - os seus camaradas - também sabem que esta foi uma vitória pessoal, sua!). Não concordei, manifestei em tempo oportuno essas minhas divergências quanto ao voto popular, 'profetizei' tempos dificeis (e não me enganei! Antes tivesse...), mas... em Democracia ganha de facto quem tem mais votos!Reconhecer as suas limitações, a fragilidade do seu governo e a mediocridade da sua intervenção na elevação da vida sócio-politico-económica do Concelho não significa que pactue com atitudes covardes e anti-democráticas como aquelas que o seu Partido tem assumido publicamente.O que lhe fizeram foi do mais baixo que em política se pode fazer. Não dignifica o Partido. Não dignifica a Política. Não dignifica a Democracia. Não dignifica o Concelho. E é um claro desrespeito pelo Povo, pelo seu Voto, pela sua soberana Vontade.Por isso, aplaudo publicamente a sua não conformação com factos consumados. A sua atitude em não acatar uma 'ordem' superior de um Comité que põe e dispõe consoante os interesses particulares dos seus membros, veio mostrar que não há Partido algum que possa manipular os resultados eleitorais (não será por isso que a Constituição da Republica lhe confere o Direito de permenecer em exercício de Mandato mesmo contra a vontade do Partido pelo qual foi eleito?), colocando e substituindo Presidentes, consoante estes melhor ou pior defendem, não os interesses do Concelho, dos Munícipes, mas do próprio Partido. Porque é o que está em questão: os superiores interesses do Partido, ou de alguns dentro do Partido.A sua permanência no exercício do Mandato que o Povo lhe confiou, por voto directo, em 2005, é hoje uma exigência de ética política que se lhe impõe, mesmo sabendo que essa afronta ao seu Partido poderá vir a custar o sacrificio do seu governo, pela demissão dos vereadores seus camaradas e vereadores da oposição. Mas, a sua não-renúncia, com a mais que provável queda do seu executivo, é ao mesmo tempo o único caminho que garante que sempre, e acima de tudo, é ao Povo que compete tomar a decisão sobre quem quer a liderar os seus destinos.Renunciar ao seu cargo, neste momento, é agir em favor do Partido. É agir contra a defesa dos interesses superiores do Concelho. É colocar o Partido acima dos seus Munícipes, do Munícipio que jurou servir e defender...Não renunciar é a única atitude que poderá restituir-lhe alguma da dignidade perdida, que poderá dar-lhe a oportunidade de sair dos Paços do Concelho amaldiçoado pelos seus camaradas, mas honrado pelos seus munícipes que saberão ver no seu gesto a atitude de altruísmo e abnegação que se espera de um verdadeiro político a favor de um Bem maior: a defesa da Democracia, da Liberdade e do Direito que o Povo tem a escolher e a decidir sobre o seu futuro.Senhor João Barros Duarte: NÃO RENUNCIE.Se alguém deve ter vergonha de fazer má política e ir embora são aqueles que nestas ultimas semanas colocaram o Município pelas ruas da amargura...Mostre-nos que acima de si mesmo, acima do seu Partido... está a MARINHA GRANDE!Dê-nos a possibilidade de sermos nós a escolher, pelo voto, o nosso próprio futuro!Porque...A Marinha Grande merece mais e melhor!Nélson José Nunes AraújoUm seu munícipe!


Caro Senhor João Barros DuarteSei que nem sempre temos trocado palavras amistosas.Sei que não alimentamos sentimentos recíprocos de estima e consideração pessoal.Sei que temos divergências de pensamento, de filosofia de vida, de olhar para a realidade social do nosso mundo, do nosso país e do nosso Concelho.Sei que propugnamos por soluções díspares para os problemas mais prementes de toda esta complexa realidade social, particularmente no nosso Concelho.Mas...Tenho o Senhor por pessoa de Bem.Parto do principio de que todos os políticos que se apresentam para servir a Comunidade nesta árdua tarefa, o fazem imbuidos de um espírito de altruismo e abnegação própria em favor dos outros.Tenho de si essa convicção. De que não se candidatou senão para servir os melhores interesses do Municipio, que para si são aqueles que a sua própria formação socio-política lhe impõe, e podemos por isso divergir sobre quais são realmente esses melhores interesses.No entanto, nem sempre, nestes dois anos, o Senhor foi capaz de nos mostrar com total clareza a presença desse objectivo na sua acção. A verdade é que não lhe vi nunca, como nunca o escondi, nem lhe vejo neste momento, a capacidade para efectivamente servir da melhor maneira os superiores interesses do Concelho. Mas essa é apenas uma opinião minha e, verdade das verdades, o facto é que foi o Senhor que ganhou as eleições de 9 de Outubro de 2005 (por muito que digam que foi a CDU todos sabemos e eles - os seus camaradas - também sabem que esta foi uma vitória pessoal, sua!). Não concordei, manifestei em tempo oportuno essas minhas divergências quanto ao voto popular, 'profetizei' tempos dificeis (e não me enganei! Antes tivesse...), mas... em Democracia ganha de facto quem tem mais votos!Reconhecer as suas limitações, a fragilidade do seu governo e a mediocridade da sua intervenção na elevação da vida sócio-politico-económica do Concelho não significa que pactue com atitudes covardes e anti-democráticas como aquelas que o seu Partido tem assumido publicamente.O que lhe fizeram foi do mais baixo que em política se pode fazer. Não dignifica o Partido. Não dignifica a Política. Não dignifica a Democracia. Não dignifica o Concelho. E é um claro desrespeito pelo Povo, pelo seu Voto, pela sua soberana Vontade.Por isso, aplaudo publicamente a sua não conformação com factos consumados. A sua atitude em não acatar uma 'ordem' superior de um Comité que põe e dispõe consoante os interesses particulares dos seus membros, veio mostrar que não há Partido algum que possa manipular os resultados eleitorais (não será por isso que a Constituição da Republica lhe confere o Direito de permenecer em exercício de Mandato mesmo contra a vontade do Partido pelo qual foi eleito?), colocando e substituindo Presidentes, consoante estes melhor ou pior defendem, não os interesses do Concelho, dos Munícipes, mas do próprio Partido. Porque é o que está em questão: os superiores interesses do Partido, ou de alguns dentro do Partido.A sua permanência no exercício do Mandato que o Povo lhe confiou, por voto directo, em 2005, é hoje uma exigência de ética política que se lhe impõe, mesmo sabendo que essa afronta ao seu Partido poderá vir a custar o sacrificio do seu governo, pela demissão dos vereadores seus camaradas e vereadores da oposição. Mas, a sua não-renúncia, com a mais que provável queda do seu executivo, é ao mesmo tempo o único caminho que garante que sempre, e acima de tudo, é ao Povo que compete tomar a decisão sobre quem quer a liderar os seus destinos.Renunciar ao seu cargo, neste momento, é agir em favor do Partido. É agir contra a defesa dos interesses superiores do Concelho. É colocar o Partido acima dos seus Munícipes, do Munícipio que jurou servir e defender...Não renunciar é a única atitude que poderá restituir-lhe alguma da dignidade perdida, que poderá dar-lhe a oportunidade de sair dos Paços do Concelho amaldiçoado pelos seus camaradas, mas honrado pelos seus munícipes que saberão ver no seu gesto a atitude de altruísmo e abnegação que se espera de um verdadeiro político a favor de um Bem maior: a defesa da Democracia, da Liberdade e do Direito que o Povo tem a escolher e a decidir sobre o seu futuro.Senhor João Barros Duarte: NÃO RENUNCIE.Se alguém deve ter vergonha de fazer má política e ir embora são aqueles que nestas ultimas semanas colocaram o Município pelas ruas da amargura...Mostre-nos que acima de si mesmo, acima do seu Partido... está a MARINHA GRANDE!Dê-nos a possibilidade de sermos nós a escolher, pelo voto, o nosso próprio futuro!Porque...A Marinha Grande merece mais e melhor!Nélson José Nunes AraújoUm seu munícipe!

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