Da Literatura: BRINCAR COM COISAS SÉRIAS

20-01-2011
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O desemprego afecta quase 600 mil pessoas em Portugal, metade das quais há mais de um ano (e metade dessa metade há mais de dois). É um flagelo.A esse respeito, os partidos da oposição foram ontem derramar lágrimas de crocodilo à televisão. Do lado do PCP e do BE a ladainha faz sentido. Na deles, nacionalizavam diversos sectores da economia e empregavam gente à força. OK.Mas e o PSD, que até quer alterar a Constituição para liberalizar (ainda mais) os despedimentos? Se e quando o PSD for governo, e o sr. Relvas ministro de qualquer coisa, como vai ser? Estão preparados para empregar metade dos desempregados? Um terço que seja?Pode-se ter políticas diferentes das do actual governo em muitas áreas, da educação à saúde, da justiça às obras públicas, da fiscalidade ao ambiente, etc. Em matéria de emprego, numa sociedade de mercado livre, não vejo como. O sr. Relvas, que ontem deu uma conferência de imprensa com ar compungido, deve saber.O bom senso aconselha que não se brinque com coisas sérias.Etiquetas: Emprego, Política nacional

O desemprego afecta quase 600 mil pessoas em Portugal, metade das quais há mais de um ano (e metade dessa metade há mais de dois). É um flagelo.A esse respeito, os partidos da oposição foram ontem derramar lágrimas de crocodilo à televisão. Do lado do PCP e do BE a ladainha faz sentido. Na deles, nacionalizavam diversos sectores da economia e empregavam gente à força. OK.Mas e o PSD, que até quer alterar a Constituição para liberalizar (ainda mais) os despedimentos? Se e quando o PSD for governo, e o sr. Relvas ministro de qualquer coisa, como vai ser? Estão preparados para empregar metade dos desempregados? Um terço que seja?Pode-se ter políticas diferentes das do actual governo em muitas áreas, da educação à saúde, da justiça às obras públicas, da fiscalidade ao ambiente, etc. Em matéria de emprego, numa sociedade de mercado livre, não vejo como. O sr. Relvas, que ontem deu uma conferência de imprensa com ar compungido, deve saber.O bom senso aconselha que não se brinque com coisas sérias.Etiquetas: Emprego, Política nacional

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