Boas Intenções: rita maria na esquadra

18-12-2009
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No sábado tirei uma nota de cinquenta euros de uma máquina de multibanco. E quando umas horas depois planeava pagar ao meu simpático guia uma Käsekrainer (por falar nisso, salsichas com queijo, not a good idea!), os senhores do stand de salsichas recusaram a minha nota porque a maquineta onde a passaram garantiu várias vezes que era falsa e as máquinas nao se enganam. Eu, Rita Maria, falsária!De novo de nota na mao e nao tendo vontade nenhuma de a passar intencionalmente a alguém, o que nao só seria um roubo na prática como poderia acabar por prejudicar alguém tao falido como eu, fui à polícia. Fiz a minha melhor cara de rapariga que nao parte uma costela de porco e perguntei-lhes o que fazer. E assim começa:a melhor experiência com a polícia da minha vidaO primeiro polícia achou que a nota parecia verdadeira, mas como as assinaturas eram diferentes e ele nao era especialista, achou melhor chamar um colega. O colega que chegou entretanto também nao era um especialista e chamou outro, que por sua vez chamou outro que tinha muitas notas, entre as quais uma com a mesma assinatura que a minha. Entretanto, chegaram ainda à esquadra dois jovens garbosíssimos, um dos quais até tinha um isqueiro com uma luz azul. Eu perdi-lhes a conta, mas no fim eram uns seis ou sete, todos muito simpáticos, nenhum deles demasiado especializado mas cada um armado de uma nota de cinquenta euros própria e empenhado na comparaçao. No fim o mais garboso dos rapazes garbosos percebia mais daquilo do que os outros e garantiu-me que, face à coincidência de todos os detalhes, a nota era verdadeira. Nunca, em nenhum momento desta história um único polícia por um único segundo duvidou de mim (ou se duvidou, guardou-o debaixo de muitas camadas de Herzlichkeit, uma palavra alema que junta simpatia e calor humano e que até rima com Áustria e tudo).Com o que eu me fui embora muito satiseita gastar os meus cinquenta euros num delicioso sumo de maça e marmelo servido numa caneca de meio litro.


No sábado tirei uma nota de cinquenta euros de uma máquina de multibanco. E quando umas horas depois planeava pagar ao meu simpático guia uma Käsekrainer (por falar nisso, salsichas com queijo, not a good idea!), os senhores do stand de salsichas recusaram a minha nota porque a maquineta onde a passaram garantiu várias vezes que era falsa e as máquinas nao se enganam. Eu, Rita Maria, falsária!De novo de nota na mao e nao tendo vontade nenhuma de a passar intencionalmente a alguém, o que nao só seria um roubo na prática como poderia acabar por prejudicar alguém tao falido como eu, fui à polícia. Fiz a minha melhor cara de rapariga que nao parte uma costela de porco e perguntei-lhes o que fazer. E assim começa:a melhor experiência com a polícia da minha vidaO primeiro polícia achou que a nota parecia verdadeira, mas como as assinaturas eram diferentes e ele nao era especialista, achou melhor chamar um colega. O colega que chegou entretanto também nao era um especialista e chamou outro, que por sua vez chamou outro que tinha muitas notas, entre as quais uma com a mesma assinatura que a minha. Entretanto, chegaram ainda à esquadra dois jovens garbosíssimos, um dos quais até tinha um isqueiro com uma luz azul. Eu perdi-lhes a conta, mas no fim eram uns seis ou sete, todos muito simpáticos, nenhum deles demasiado especializado mas cada um armado de uma nota de cinquenta euros própria e empenhado na comparaçao. No fim o mais garboso dos rapazes garbosos percebia mais daquilo do que os outros e garantiu-me que, face à coincidência de todos os detalhes, a nota era verdadeira. Nunca, em nenhum momento desta história um único polícia por um único segundo duvidou de mim (ou se duvidou, guardou-o debaixo de muitas camadas de Herzlichkeit, uma palavra alema que junta simpatia e calor humano e que até rima com Áustria e tudo).Com o que eu me fui embora muito satiseita gastar os meus cinquenta euros num delicioso sumo de maça e marmelo servido numa caneca de meio litro.

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