Doutor Enfermeiro: Remunerações dos Enfermeiros...

15-10-2009
marcar artigo

Até agora, a OE, sindicatos e comunicação social, têm focado os Enfermeiros e os seus problemas no âmbito dos serviços de saúde e utentes.

Então e a perspectiva da carreira profissional? Para além da excelência do exercício profissional e qualidade dos cuidados, existe também a dimensão laboral (âmbito económico). Estou a referir-me concretamente às remunerações dos Enfermeiros.

International Council of Nurses procedeu ao estudo e concepção de um relatório (2007) que versa sobre as remunerações dos Enfermeiros nos diferentes contextos. Infelizmente Portugal não é um dos países contemplados no mesmo.

a

As conclusões a tirar do referido relatório são simples. Os Enfermeiro em traços gerais, exceptuando países como os Estados Unidos (sector privado), auferem salários baixos. Muitos colegas ficam com a falsa sensação que os Enfermeiros em alguns países são bem pagos. Falacioso. São-no se compararmos as suas retribuições com a realidade portuguesa, pois se a comparação recair sobre o país em questão (ex. Irlanda, Inglaterra, Suíça, Luxemburgo, Alemanha, etc...), então constata-te que os profissionais de Enfermagem são mal pagos (ver gráficos do relatório). Em alguns países (ex. França), os salários dos Enfermeiros rondam o salário mínimo.

Tivemos oportunidade de testemunhar há pouco tempo uma greve massiva dos Enfermeiros finlandeses, no sentido de reivindicar salários mais elevados. Estes auferiam remunerações ainda mais baixas do que o salário médio do respectivo país. Tiveram sucesso. Esta iniciativa ficou conhecida para alguns como o efeito Finlândia.

a

Nos países com excesso de Enfermeiros relativamente às vagas disponíveis, o cenário agrava-se, como é lógico.

Apesar de tudo (e ainda que muita gente queira desviar a atenção dos Enfermeiros para outros pontos), a Enfermagem, como profissão, regula-se numa lógica de competição de mercado.

Os Enfermeiros têm-se distanciado cada vez mais de outros profissionais de saúde (no estudo existem comparações com Médicos e Fisioterapeutas), para pior, entenda-se. Apenas no sector público dos EUA é que os Enfermeiros em início de carreira auferem de melhores rendimentos comparativamente a Médicos.

a

Em Portugal, de uma forma geral, os rendimentos dos Enfermeiros caíram a pique. Principalmente no sector privado, onde muitos Enfermeiros recém-licenciados trabalham neste momento a título gratuito ou simbólico.

A existência de um excedente de Enfermeiros no mercado e a ausência de acordos laborais (como os farmacêuticos por ex.) fragilizou a classe, aniquilando por o seu poder de reivindicação.

Quando associações profissionais declaram haver "falta de Enfermeiros" e reclamam "mais profissionais", esquecem-se que nem todos os Enfermeiros exercem no SNS. Muitos colegas trabalham apenas no privado, onde o elevado número de Enfermeiros já causou estragos a nível salarial (existem clínicas pequeníssimas que recebem centenas de currículos todos os meses!!!).

A muitos já foi oferecido o salário mínimo nacional! A outros 2 e 3 euros/hora!!

A

Actualmente não existem estratégias que permitam regular as retribuições da classe, e existem claras incompatibilidades entre a profissão e os respectivos salários, pois estes vezes não reflectem a responsabilidade, risco, penosidade e o grau académico inerente à classe de Enfermagem.

Por outro lado, a aguardada carreira de Enfermagem tarda em ser uma realidade, o que torna a situação injusta e lesante. Fazendo as contas, o estado deve largos milhões de euros aos Enfermeiros.

a

O excesso prejudica. Dizer que " . Dizer que " nos países da UE há, em média, quatro enfermeiros por um médico " é enganador. A maioria do países da UE não têm falta de Enfermeiros, mas tem carência de Médicos. A Grécia é a única excepção: tem mais Médicos do que Enfermeiros!

Um dos países com mais Enfermeiros por Médico é a Irlanda. Apesar disso, notem que outros países com um rácio Enfermeiro/Médico inferior ficaram muito melhor classificados ! ) No " Índice Europeu do Consumidor de Serviços de Saúde 2007 " onde Portugal ficou em classificado em 19º lugar, a Grécia encontra-se em 22º, com uma pontuação idêntica à do nosso país, ou seja, não se comprova a existência de uma relação específica entre o rácio Enfermeiro/Médico e a qualidade de um sistema de saúde. (

A conclusão inespecífica é que habitualmente os melhores sistemas de saúde têm mais Enfermeiros (mas isso é lógico e característico em quase todos os sistemas do mundo!), mas daí a falar em rácios de 4 para 1, vai um grande passo. A

a

Até agora, a OE, sindicatos e comunicação social, têm focado os Enfermeiros e os seus problemas no âmbito dos serviços de saúde e utentes.

Então e a perspectiva da carreira profissional? Para além da excelência do exercício profissional e qualidade dos cuidados, existe também a dimensão laboral (âmbito económico). Estou a referir-me concretamente às remunerações dos Enfermeiros.

International Council of Nurses procedeu ao estudo e concepção de um relatório (2007) que versa sobre as remunerações dos Enfermeiros nos diferentes contextos. Infelizmente Portugal não é um dos países contemplados no mesmo.

a

As conclusões a tirar do referido relatório são simples. Os Enfermeiro em traços gerais, exceptuando países como os Estados Unidos (sector privado), auferem salários baixos. Muitos colegas ficam com a falsa sensação que os Enfermeiros em alguns países são bem pagos. Falacioso. São-no se compararmos as suas retribuições com a realidade portuguesa, pois se a comparação recair sobre o país em questão (ex. Irlanda, Inglaterra, Suíça, Luxemburgo, Alemanha, etc...), então constata-te que os profissionais de Enfermagem são mal pagos (ver gráficos do relatório). Em alguns países (ex. França), os salários dos Enfermeiros rondam o salário mínimo.

Tivemos oportunidade de testemunhar há pouco tempo uma greve massiva dos Enfermeiros finlandeses, no sentido de reivindicar salários mais elevados. Estes auferiam remunerações ainda mais baixas do que o salário médio do respectivo país. Tiveram sucesso. Esta iniciativa ficou conhecida para alguns como o efeito Finlândia.

a

Nos países com excesso de Enfermeiros relativamente às vagas disponíveis, o cenário agrava-se, como é lógico.

Apesar de tudo (e ainda que muita gente queira desviar a atenção dos Enfermeiros para outros pontos), a Enfermagem, como profissão, regula-se numa lógica de competição de mercado.

Os Enfermeiros têm-se distanciado cada vez mais de outros profissionais de saúde (no estudo existem comparações com Médicos e Fisioterapeutas), para pior, entenda-se. Apenas no sector público dos EUA é que os Enfermeiros em início de carreira auferem de melhores rendimentos comparativamente a Médicos.

a

Em Portugal, de uma forma geral, os rendimentos dos Enfermeiros caíram a pique. Principalmente no sector privado, onde muitos Enfermeiros recém-licenciados trabalham neste momento a título gratuito ou simbólico.

A existência de um excedente de Enfermeiros no mercado e a ausência de acordos laborais (como os farmacêuticos por ex.) fragilizou a classe, aniquilando por o seu poder de reivindicação.

Quando associações profissionais declaram haver "falta de Enfermeiros" e reclamam "mais profissionais", esquecem-se que nem todos os Enfermeiros exercem no SNS. Muitos colegas trabalham apenas no privado, onde o elevado número de Enfermeiros já causou estragos a nível salarial (existem clínicas pequeníssimas que recebem centenas de currículos todos os meses!!!).

A muitos já foi oferecido o salário mínimo nacional! A outros 2 e 3 euros/hora!!

A

Actualmente não existem estratégias que permitam regular as retribuições da classe, e existem claras incompatibilidades entre a profissão e os respectivos salários, pois estes vezes não reflectem a responsabilidade, risco, penosidade e o grau académico inerente à classe de Enfermagem.

Por outro lado, a aguardada carreira de Enfermagem tarda em ser uma realidade, o que torna a situação injusta e lesante. Fazendo as contas, o estado deve largos milhões de euros aos Enfermeiros.

a

O excesso prejudica. Dizer que " . Dizer que " nos países da UE há, em média, quatro enfermeiros por um médico " é enganador. A maioria do países da UE não têm falta de Enfermeiros, mas tem carência de Médicos. A Grécia é a única excepção: tem mais Médicos do que Enfermeiros!

Um dos países com mais Enfermeiros por Médico é a Irlanda. Apesar disso, notem que outros países com um rácio Enfermeiro/Médico inferior ficaram muito melhor classificados ! ) No " Índice Europeu do Consumidor de Serviços de Saúde 2007 " onde Portugal ficou em classificado em 19º lugar, a Grécia encontra-se em 22º, com uma pontuação idêntica à do nosso país, ou seja, não se comprova a existência de uma relação específica entre o rácio Enfermeiro/Médico e a qualidade de um sistema de saúde. (

A conclusão inespecífica é que habitualmente os melhores sistemas de saúde têm mais Enfermeiros (mas isso é lógico e característico em quase todos os sistemas do mundo!), mas daí a falar em rácios de 4 para 1, vai um grande passo. A

a

marcar artigo