Vias de Facto: Alternativas

26-01-2011
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Na caixa de comentários de um post do Nuno Ramos de Almeida, deparo com estas linhas, assinadas por Pedro Rodrigues:

A única viabilidade para um projecto alternativo à esquerda terá que passar sempre por um compromisso entre o PC, Bloco e até com alguns sectores do PS no estabelecimento de um programa mínimo, mas que as pessoas possam realmente se rever e percepcionar.

Pois bem, também eu penso que a possibilidade de resistir à ofensiva oligárquica e ao governo exercido sobre nós por decretos pela sua economia política passa pela construção de qualquer coisa como um "programa mínimo", a que prefiro (mas sem fazer disso cavalo de batalha) chamar "plataforma necessária e suficiente", tendo por denominador comum a democratização a todos os níveis do exercíco do poder e das relações de forças governantes.

Em segundo lugar, parece-me igualmente claro que essa plataforma terá de reunir enquanto base da maioria dos que actualmente se reconhecem mais ou menos militantemente no PCP, no BE e no PS, bem como um conjunto muito mais amplo de elementos não integrados nesses ou noutros partidos.

O problema é que estes protagonistas da plataforma ou programa de acção comum só poderão levar a sua construção por diante — ou: (1) deixando de se reconhecer nos partidos referidos, cujos métodos, formas de organização, divisão interna do trabalho político, etc. são um dos principais obstáculos a esse projecto — ou: (2) transformando os mesmos partidos, se quiserem poder reconhecer-se neles, em termos necessariamente tão radicais que os tornarão irreconhecíveis na exacta medida em que os transformem em forças alternativas tanto ao regime da economia política dominante como ao dos seus próprios modos actuais de intervenção e funcionamento.


Na caixa de comentários de um post do Nuno Ramos de Almeida, deparo com estas linhas, assinadas por Pedro Rodrigues:

A única viabilidade para um projecto alternativo à esquerda terá que passar sempre por um compromisso entre o PC, Bloco e até com alguns sectores do PS no estabelecimento de um programa mínimo, mas que as pessoas possam realmente se rever e percepcionar.

Pois bem, também eu penso que a possibilidade de resistir à ofensiva oligárquica e ao governo exercido sobre nós por decretos pela sua economia política passa pela construção de qualquer coisa como um "programa mínimo", a que prefiro (mas sem fazer disso cavalo de batalha) chamar "plataforma necessária e suficiente", tendo por denominador comum a democratização a todos os níveis do exercíco do poder e das relações de forças governantes.

Em segundo lugar, parece-me igualmente claro que essa plataforma terá de reunir enquanto base da maioria dos que actualmente se reconhecem mais ou menos militantemente no PCP, no BE e no PS, bem como um conjunto muito mais amplo de elementos não integrados nesses ou noutros partidos.

O problema é que estes protagonistas da plataforma ou programa de acção comum só poderão levar a sua construção por diante — ou: (1) deixando de se reconhecer nos partidos referidos, cujos métodos, formas de organização, divisão interna do trabalho político, etc. são um dos principais obstáculos a esse projecto — ou: (2) transformando os mesmos partidos, se quiserem poder reconhecer-se neles, em termos necessariamente tão radicais que os tornarão irreconhecíveis na exacta medida em que os transformem em forças alternativas tanto ao regime da economia política dominante como ao dos seus próprios modos actuais de intervenção e funcionamento.

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