Cravo de Abril: CATARINA

20-05-2011
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«Foi a 19 de Maio de 1954, no começo das ceifas, numa luta por melhores jornas, nas redondezas de Baleizão, que o famigerado Carrajola, um tenente da GNR, num acto de ódio criminoso, assassinou Catarina com uma rajada de metralhadora.Os trabalhadores agrícolas de Baleizão estavam em greve, reivindicavam melhores jornas nas ceifas.A GNR tinha a aldeia cercada. Próximo dali, um rancho arregimentado pelo agrário, "furou" a greve. Catarina e mais 14 companheiras romperam o esquema da GNR e foram ao encontro do grupo que ceifava. Foram interceptadas pelo tenente Carrajola que as questionou, cheio de ódio, sobre o que queriam elas. Catarina respondeu: "Quero pão para matar a fome aos meus filhos!". Em resposta, o criminoso Carrajola disparou uma rajada de metralhadora, matando Catarina...Este bárbaro crime provocou profunda dor e revolta no País, em particular na região de Beja e na terra baleizoeira. O fascismo matava homens e mulheres por lutarem por Pão e Trabalho, pela Liberdade e pela Democracia.Uma das fortalezas alentejanas da resistência antifascista, Baleizão era onde o PCP, na clandestinidade, contava com forte influência e onde as mulheres comunistas tinham uma activa militância na luta revolucionária contra a ditadura salazarista, na luta pela Liberdade.Há gente que não gosta do PCP e procura negar que Catarina fosse militante do Partido. É necessário dar luta contra essas mentiras.Catarina Eufémia era não só militante, desde 1953, como era também membro do Comité Local de Baleizão do PCP e um dos seus membros mais activos».(António Gervásio - Dirigente do PCP na clandestinidade, nos anos 50, no Alentejo)«Catarina morreu como deve saber morrer um membro do Partido. Morreu à frente das massas, encabeçando a luta de classe, defendendo os interesses vitais dos trabalhadores. Enquanto viva, Catarina serviu, com a sua actividade, a classe trabalhadora. Morta, continuou a servi-la pelo seu exemplo, inspirando sucessivas gerações no espírito de combatividade e de abnegação.Catarina tornou-se uma lendária heroína popular, orgulho do glorioso proletariado rural alentejano, orgulho de todos os trabalhadores portugueses, orgulho do Partido.(...) O Partido Comunista Português, o Partido de Catarina Eufémia, é uma criação do povo trabalhador e existe para servi-lo. Nós, comunistas, onde quer que estejamos, nos locais de trabalho ou o Governo, não pouparemos esforços e daremos a vida se necessário, na defesa dos interesses, das aspirações, dos objectivos do povo trabalhador.»(Álvaro Cunhal - discurso em Baleizão, 19 de Maio de 1974)CATARINA


«Foi a 19 de Maio de 1954, no começo das ceifas, numa luta por melhores jornas, nas redondezas de Baleizão, que o famigerado Carrajola, um tenente da GNR, num acto de ódio criminoso, assassinou Catarina com uma rajada de metralhadora.Os trabalhadores agrícolas de Baleizão estavam em greve, reivindicavam melhores jornas nas ceifas.A GNR tinha a aldeia cercada. Próximo dali, um rancho arregimentado pelo agrário, "furou" a greve. Catarina e mais 14 companheiras romperam o esquema da GNR e foram ao encontro do grupo que ceifava. Foram interceptadas pelo tenente Carrajola que as questionou, cheio de ódio, sobre o que queriam elas. Catarina respondeu: "Quero pão para matar a fome aos meus filhos!". Em resposta, o criminoso Carrajola disparou uma rajada de metralhadora, matando Catarina...Este bárbaro crime provocou profunda dor e revolta no País, em particular na região de Beja e na terra baleizoeira. O fascismo matava homens e mulheres por lutarem por Pão e Trabalho, pela Liberdade e pela Democracia.Uma das fortalezas alentejanas da resistência antifascista, Baleizão era onde o PCP, na clandestinidade, contava com forte influência e onde as mulheres comunistas tinham uma activa militância na luta revolucionária contra a ditadura salazarista, na luta pela Liberdade.Há gente que não gosta do PCP e procura negar que Catarina fosse militante do Partido. É necessário dar luta contra essas mentiras.Catarina Eufémia era não só militante, desde 1953, como era também membro do Comité Local de Baleizão do PCP e um dos seus membros mais activos».(António Gervásio - Dirigente do PCP na clandestinidade, nos anos 50, no Alentejo)«Catarina morreu como deve saber morrer um membro do Partido. Morreu à frente das massas, encabeçando a luta de classe, defendendo os interesses vitais dos trabalhadores. Enquanto viva, Catarina serviu, com a sua actividade, a classe trabalhadora. Morta, continuou a servi-la pelo seu exemplo, inspirando sucessivas gerações no espírito de combatividade e de abnegação.Catarina tornou-se uma lendária heroína popular, orgulho do glorioso proletariado rural alentejano, orgulho de todos os trabalhadores portugueses, orgulho do Partido.(...) O Partido Comunista Português, o Partido de Catarina Eufémia, é uma criação do povo trabalhador e existe para servi-lo. Nós, comunistas, onde quer que estejamos, nos locais de trabalho ou o Governo, não pouparemos esforços e daremos a vida se necessário, na defesa dos interesses, das aspirações, dos objectivos do povo trabalhador.»(Álvaro Cunhal - discurso em Baleizão, 19 de Maio de 1974)CATARINA

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